Sobre o que aconteceu com meus brinquedos de infância
Quando o Fábio Ochôa me passou esse tema para o post, eu disse que essa seria fácil. Seria assim.
Minha mãe jogou fora.
FIM.
Bem, talvez não seja toda a verdade. Ela deve ter jogado depois que eu os quebrei ou quando nos mudávamos de endereço, o que na minha infância era comum.
Agora, é verdade que eu não tenho mais lembrança de como eles foram embora, e infelizmente não estão em uma caixa em um sótão, afinal não temos sótão.
Eu lembro que aos sete anos, um chapéu de cowboy de playmobil caiu debaixo do guarda-roupa do meu quarto, fui lá pegar e não o encontrava. Procurei, revirei olhei em tudo o que é canto e nada. Então desenvolvi uma teoria, o chapéu foi parar em outra dimensão.
Tempos depois nos mudamos de casa e lembro que fiquei esperando tirarem o guarda-roupa para ver se finalmente eu achava o chapéu, ou se a minha teoria estava certa.
A teoria estava certa. O chapéu havia viajado para outra dimensão. Deve ser a mesma para as quais vão os guarda-chuvas, as meias e canetas, e de onde vem os clipes de papel.
Eu adorava os meus brinquedos que eram essencialmente Falcons e playmobils, além de um pato de plástico que eu achava que era o Pato Donald.
De todos os meus brinquedos, que não sei mesmo como sumiram, esse boneco de pato é o que me dá mais saudade. Há fotos minhas bebê com ele. Nas minha aventuras com os Falcons ou os playmobils, o pato, que não era o Donald, e só percebi isso mais tarde, participava, e estava sempre com um papel principal.
Não me lembro exatamente de quando ele sumiu. Lembro que já adolescente procurei o boneco e não o achei. Procurei mais e nada. Gosto de pensar que ele está lá na outra dimensão com o chapéu de cowboy liderando os Falcons e os playmobils em suas aventuras pela justiça.