A RETUMBANTE HISTÓRIA DOS NOVOS MUTANTES!

Claudio Basilio
sobrequadrinhos
Published in
14 min readJan 4, 2021

Está bem, está bem, confesso: eu sou um fanboy velho. Bem velho. Entrei neste esquema besta de colecionar gibis em 1983, e na “aurora da minha vida” de nerd eu gostava pra caramba dos X-Men, porém…

Estou mentindo. Eu não gostava dos X-Men, não. Na verdade eu venerava e beijava o chão pisado pelos alunos do Professor X! E sempre que o meu curtíssimo dinheirinho de menino pobre permitia eu comprava qualquer revista em que eles aparecessem!

E aí… de repente — não mais que de repente — em algum lugar da década de oitenta me deparei uma inesperada expansão da saga dos mutantes da Marvel Comics. De repente… eu encontrei os Novos Mutantes e fiquei louco por eles! E agora eu os convido a relembrar comigo a origem desta jovem superequipe!

Uma escolinha de super-heróis

No final dos anos setenta o gibi The Uncanny X-Men estava numa crescente. O genial trabalho de Chris Claremont e John Byrne arrebanhava uma quantidade gigantesca de novos leitores para a revista e dentro dos corredores da Redação da Marvel se discutia qual era o conceito que de fato definia os mutantes. Seriam os X-Men uma escolinha de formação de super-heróis? Ou seriam um bando de renegados que juraram proteger um mundo que os odeia?

Cena de formatura de The Uncanny X-Men #7, edição produzida por Stan Lee e Jack Kirby nos anos sessenta. Desde o início os X-Men sempre se dividiram entre dois conceitos: uma escola de heróis ou um bando de renegados.

O então editor-chefe da Casa das Ideias Jim Shooter defendia com afinco a premissa da “escolinha” e por outro lado Claremont e Byrne advogavam em prol do conceito do “bando de renegados”. Shooter encheu o saco de Claremont e Byrne exigindo que o o princípio da “escolinha” fosse aplicado, até que Byrne botou na mesa a seguinte proposta: não seria legal se enquanto os X-Men estivessem em missão o Professor X tomasse conta de um grupo de jovens mutantes, que vestiriam o uniforme clássico da equipe e eventualmente poderiam participar de alguma aventura do time principal? Como bom turrão que era Shooter rejeitou esta ideia, mas ela rendeu um bom fruto, já que a partir desta discussão foi criada Kitty Pryde, uma das favoritas dos fãs.

Primeiro esboço de Kitty Pryde elaborado por John Byrne. A discussão sobre “escolinha versus renegados” redundou na criação de uma das personagens favoritas dos fãs dos X-Men.

A proposta de Byrne ficou “arquivada” em algum cantinho da memória de Shooter. E ai o Tempo passou, o Tempo voou, Byrne abandonou os mutantes e The Uncanny X-Men entrou nos anos oitenta como o gibi de maior vendagem do Mercado Americano de Quadrinhos. Era necessário aproveitar — e monetizar! — o bom momento dos pupilos de Xavier.

Com a sua proverbial “delicadeza” Shooter se aproximou de Claremont e de Louise Simonson (na época editora responsável pelos X-Men) e exigiu que fosse criado um titulo spin-off dos mutantes. Inicialmente Claremont e Simonson resistiram ao pedido de Shooter, porque eles acreditavam que The Uncanny X-Men deveria ser uma coisa “autocontida” e “especial”, porém Shooter deixou muito claro: se eles não quisessem criar este novo gibi outros o fariam! Era de conhecimento público que Claremont morria de ciúmes dos mutantes, e sem outra opção ele decidiu participar da nova empreitada da Marvel. E assim a ideia proposta por Byrne foi “desarquivada”, mas… era necessário refiná-la e expandi-la…

A versão mirim dos X-Men

Quando em 1963 Stan Lee e Jack Kirby bolaram a ideia sobre um gibi ambientado numa escola cujo corpo discente seria formado por adolescentes nascidos com superpoderes eles pensaram originalmente em batizá-lo como The Mutants (Os Mutantes), porém Martin Goodman (o proprietário da Marvel naquele período) achou o nome de difícil compreensão para o público. Depois de pensar um pouquinho Lee o renomeou para “X-Men” porque, afinal de contas, a turma que protagonizaria a revista tinha habilidades “ex-traordinárias”, né? A partir da lembrança deste fato Claremont e o corpo editorial da Marvel decidiram que o spin-off que eles estavam criando em 1982 seria chamada de The New Mutants (Os Novos Mutantes). Agora faltava definir os membros da nova equipe e quem desenharia o título, e então entrou em cena Bob McLeod.

Chris Claremont e Bob McLeod, os criadores dos Novos Mutantes.

McLeod iniciou a sua carreira nos quadrinhos em 1973 e atuava quase sempre apenas como arte-finalista, até que em 1981 ele desenhou duas edições de The Uncanny X-Men. A qualidade deste trabalho o fez cair nas graças de Simonson e Claremont, e então ele foi convidado para fazer parte do projeto, adquirindo o status de cocriador dos novos heróis.

Quando relembra o processo de criação da nova equipe mutante McLeod tende a ser contraditório: em algumas entrevistas ele afirmou que os nomes e poderes dos jovens heróis foram concebidos por Simonson e Claremont; e em outras mais recentes ele alega ser o responsável por uma das principais características da primeira versão dos Novos Mutantes, que é o fato da formação original do time ter mais mulheres do que homens. Contudo, ninguém pode negar que McLeod é o principal responsável pela concepção visual dos personagens. E ninguém também pode negar que ao lado de Claremont e Simonson cabe a McLeod o mérito pela diversidade étnica e cultural dos novos pupilos de Charles Xavier.

Mas… quem eram os Novos Mutantes? Segue abaixo a lista dos jovenzinhos que fundaram a equipe:

Míssil (Cannonball) — Um típico caipira americano do Kentucky, o jovem Sam Guthrie tinha a habilidade de se propulsionar no ar como um míssil pelo ar (daí vem o seu codinome!), se tornando invulnerável ao ativar esta habilidade.

Karma — nascida no Vietnã e a mais velha dos nos Novos Mutantes, Xian Coy Mahn possuía a habilidade de transferir a sua consciência para o corpo de qualquer pessoa e estreou em 1980, na revista Marvel Team-up #100.

Psiquê (Psyche) — Neta de Águia Negra (um antigo amigo de Charles Xavier) e nativa americana da etnia cheyenne, a impetuosa Danielle Moonstar tinha o dom de gerar ilusões tridimensionais a partir de memórias extraídas da mente de outras pessoas. Posteriormente ele modificou seu codinome para Miragem.

Mancha Solar (Sunspot) — brasileiro da gema e metido a galã, Roberto da Costa é filho de um inescrupuloso bilionário carioca com uma arqueóloga americana e conseguia converter energia solar ambiental em superforça, adquirindo a aparência similar a um borrão negro no processo.

Lupina (Wolfsbane) — tímida e cristã devota, a escocesa Rahne Sinclair consegue se transformar em lobo ou então assumir uma forma híbrida entre as duas espécies.

Formação original dos Novos Mutantes.

E assim foi definida a versão mirim dos X-Men. Tudo estava sendo preparado para a série ser lançada no segundo semestre de 1982, mas em cima da hora a Marvel decidiu que os Novos Mutantes deveriam estrear com pompa e circunstância em um álbum de luxo. Tal decisão fez McLeod quase… surtar!

Formato Europeu

Vejam só como são as coisas… no final dos anos setenta e começo dos oitenta editores e autores americanos começaram a visitar convenções de quadrinhos europeias e se encantaram com os luxuosos (pelo menos para o padrão estadunidense da época!) álbuns de quadrinhos publicados no mercado franco-belga. Ora, tanto a Marvel quanto a DC ficaram interessadas em lançar seus gibis no “formato europeu”, e a consolidação do Mercado Direto abriu uma oportunidade perfeita para este tipo de projeto editorial.

E então… em 1982 com “A Morte do Capitão Marvel” a Casa das Ideias botou na praça Marvel Graphic Novel, uma série de revistas em quadrinhos em formato muito similar aos álbuns do Asterix e Tintim. Contudo, surgiu um probleminha no meio do caminho: para atrair o grande público era necessário botar material chamativo na nova série e, cá entre nós: no início da década de oitenta qualquer coisa relacionada aos X-Men era chamativa pra caramba! Resumindo tudo: não foi difícil para Jim Shooter decidir que os Novos Mutantes estreariam em Marvel Graphic Novel!

Capa de Marvel Graphic Novel #4, que trouxe a estreia dos Novos Mutantes.

Bob McLeod já havia começado a desenhar a edição de lançamento dos Novos Mutantes quando tomou conhecimento da decisão de Shooter e bem no meio da sua lua de mel (oh, dó!) foi obrigado a correr contra os prazos e restruturar a sua arte e narrativa, para que ela que ela coubesse no formato de cinquenta e duas páginas de Marvel Graphic Novel. E assim em setembro de 1982 Marvel Graphic Novel #4 mostrou pela primeira vez para o público americano os Novos Mutantes, em uma aventura onde após os X-Men serem dados como mortos em uma missão no espaço sideral o Professor X iniciou o recrutamento de novos estudantes para a sua escola. Só que as ações de Xavier colocaram ele e seus pupilos adolescentes em rota de colisão com Donald Pierce, um membro do Clube do Inferno que tinha interesse em mutantes imberbes para usos escusos. Ah, é claro: Pierce foi derrotado e a Escola Xavier para Jovens Superdotados ganhou uma turna de moleques ansiosos para aprenderem a usar suas habilidades mutantes.

Logo no começo de 1983 a série mensal The New Mutants estreou, com Claremont e McLeod a frente, mas o artista (que ficou desgostoso com seu trabalho em Marvel Graphic Novel #4) não segurou a a pressão de desenhar uma série mensal e abdicou do lápis da revista em prol de Sal Buscema, um veterano conhecido tanto pela competência quanto pela velocidade da sua produção. Mas, e os roteiros das aventuras dos novos pupilos de Charles Xavier? Como eles eram?

Capa de The New Mutants #1, série mensal dos novos alunos do Professor X que foi lançada em 1983.

Vejam bem… como roteirista Claremont poderia ser definido como “um autor de novelas da oito”. Com tudo de bom e ruim que tal definição traz! Ora, como tipico “noveleiro” Claremont injetava doses generosas de drama juvenil em suas tramas (o que talvez chateasse alguns leitores), entretanto ele tinha talento suficiente para equilibrar este aspecto com um senso quase perfeito de ação, o que tornava o resultado final das aventuras dos Novos Mutantes agradável para uma audiência diversificada. O resultado final: o gibi foi um sucesso!

Dentro do seu estilo Claremont foi levando as coisas de forma bem sucedida e acrescentou nas fileiras dos Novos Mutantes mais alguns integrantes:

Magma: nascida em Nova Roma (uma cidade perdida na Amazônia Brasileira cuja cultura era totalmente baseada na Roma Antiga), Amara Aquilla era dotada de poderes geotérmicos e sísmicos.

Magia (Magik): Illiana Rasputin é a irmã mais nova do x-man Colossus e além possuir o dom de executar teletransportes a longa distância ela é uma feiticeira altamente treinada, cujos conhecimentos arcanos foram adquiridos após anos de vivência em um reino extradimensional conhecido como Limbo.

Cifra (Cypher): amigo pessoal de Kitty Pryde, o jovem Doug Ramsey tinha a habilidade de traduzir e decifrar qualquer linguagem, fosse ela humana, alienígena ou mesmo gerada por máquinas elétricas ou eletrônicas.

Novos membros dos Novos Mutantes que foram criados por Chris Claremont na fase inicial do título.

Mas, sejamos francos: apesar de suas qualidades a revista dos Novos Mutantes era relativamente convencional. Porém as coisas mudariam com a chegada de Bill Sienkiewicz!

Avant-Garde

A partir da décima oitava edição Sienkiewicz assumiu integralmente a arte de The New Mutants, e uma pequena revolução se estabeleceu na revista. O jovem artista de ascendência polonesa entrou na indústria de americana de quadrinhos no final dos anos setenta e inicialmente seu estilo artístico era uma cópia bonita e sem personalidade do trabalho de Neal Adams, porém aos poucos ele foi se soltando e sua arte passou a ser mais abstrata e estilizada. E aí… quando Sienkiewicz ficou responsável pelos Novos Mutantes a loucura se estabeleceu de vez!

Capa de The New Mutants #18, que marca a estreia de Bill Sienkiewicz a frente da arte da revista.

Usando técnicas artísticas diversas como fotorrealismo, pintura a óleo e mimeografia Sienkiewicz tornou The New Mutants um dos gibis mais ousados e avant-garde do Mercado Americano, e certamente o personagem Warlock é a síntese de tudo isso. Uma forma de vida alienígena bioeletrônica e senciente que encontrou abrigo na Escola Xavier, ao criar o visual único do personagem Sienkiewicz “radicalizou”, chegando a aplicar colagens de circuitos eletrônicos no mais novo integrante dos Novos Mutantes.

Warlock, o mais estranho dos Novos Mutantes, em arte elaborada pelo seu cocriador Bill Sienkiewicz.

Apesar de marcante a fase de Sienkiewicz a frente da arte dos Novos Mutantes durou apenas dois anos, mais especificamente entre 1984 e 1985, e as águas continuaram a rolar debaixo da ponte. Artistas como Arthur Adams, Steve Leialoha, Alan Davis, Jackson Guice e Bret Blevins e outros tocaram o barco e algumas mudanças importantes aguardavam os Novos Mutantes.

Troca de roteiristas

Em 1987 foi lançado Fallen Angels (Anjos Caídos), um spin-off dos Novos Mutantes em forma de minissérie em oito partes. Produzida por Mary Jo Duffy, Kerry Gammill, Marie Severin e Joe Staton, Fallen Angels discutia a questão dos adolescentes fugitivos de seus lares que buscavam abrigo nas grandes cidades, e até hoje permanece inédita no Brasil. Além disso outro evento importante atingiu em cheio os Novos Mutantes: o Professor X resolveu tirar férias prolongadas na Galáxia Shiar e coube a um redimido Magneto substituí-lo a frente da Escola Xavier, tornando-se o novo professor dos jovens pretendentes a super-heróis.

Capa de Fallen Angels #1, minissérie derivada dos Novos Mutantes inédita no Brasil.

A Mudança faz parte da Vida, não é mesmo? Devido ao excesso de trabalho em 1987 Chris Claremont abandonou The New Mutants, que a partir da quinquagésima quinta edição teve seus roteiros assumidos por Louise Simonson, que largara a função de editora para atuar como escritora em tempo integral. Além de jogar fora os uniformes clássicos aos poucos Simonson fez alterações na formação dos Novos Mutantes, excluindo alguns dos membros originais da equipe e incluindo novos integrantes, quase todos egressos de X-Factor, um gibi derivado dos X-Men que ela vinha escrevendo a algum tempo. Os novos personagem eram:

Garoto-Pássaro (Bird-Brain): o hibrido entre humano e animal conhecido apenas como Garoto-Pássaro atuou pouco tempo ao lado dos Novos Mutantes e foi criado por um cientista chamado Animador, que era financiado pela Direta, um grupo anti-mutante radical.

Punho de Fogo (Firefist): um ex-marujo da Marinha Americana, Russel “Rusty” Collins era dotado de habilidades pirocinéticas quase incontroláveis, até obter treinamento junto ao X-Factor. Curiosidade: uma versão gordinha e presepeira do personagem coestrelou o filme Deadpool 2!

Skids: oriunda dos Morlocks (um grupo de mutantes que se escondia nos subterrâneos de Nova York), Sally Blevins era capaz de gerar um campo de força ao redor do seu corpo que virtualmente a protegia de quase todos os tipos de ataque.

Gosamyr: uma alienígena de rara beleza que participou de poucas aventuras com os Novos Mutantes, Gosamyr possuía poderes de voo e invisibilidade, além de ter dons empáticos capazes de dominar ou influenciar as pessoas ao seu redor.

Dinamite (Boom Boom): surgida na malfadada Guerras Secretas II, Tabitha Smith era uma jovem mutante fugitiva de casa que tinha a habilidade de criar esferas energéticas de alto poder concussivo.

Rictor: Julio Esteban Richter era um rapaz de ascendência mexicana que conseguia gerar ondas sísmicas altamente destrutivas, e assim como Punho de Fogo, Skids e Dinamite ele foi inicialmente treinado no uso de seus poderes pelo X-Factor.

Novos integrantes dos Novos Mutantes inseridos na equipe por Louise Simonson.

E assim de pequenas mudanças em pequenas mudanças as coisas foram indo… e ficando mornas para o lado dos Novos Mutantes. Mas a chegada na Marvel de um certo um desenhista iria balançar tudo!

Dentes trincados

Em 1990 a partir de The New Mutants #86 o então iniciante Rob Liefeld assumiu a revista, e a despeito das criticas as suas “qualidades” artísticas ou até mesmo a sua ética profissional um fato não pode ser negado: ele era um cara empolgado! E a sua empolgação foi um fator importante para o futuro dos Novos Mutantes.

O então editor das revistas mutantes Bob Harras achava que os Novos Mutantes precisavam de um “sacode”, e a melhor forma de fazê-lo seria dar um novo tutor para equipe, que obrigatoriamente teria que ser muito diferente dos “cerebrais” Professor X e Magneto. Trabalhando separados Louise Simonson e Rob Liefeld chegaram na ideia de um líder militar implacável, que inicialmente foi batizado por Simonson com o nome de Comandante X. Liefeld preferia a alcunha de Cable, e de discussão editorial em discussão editorial o personagem ganhou componentes biônicos em seu corpo e, por fim, Liefeld ganhou a parada do nome!

Capa de The New Mutants #90, gibi que marca o momento em que Cable assume definitivamente a liderança dos Novos Mutantes.

Com um novo professor durão e com a arte de Liefeld abusando de caixas torácicas desproporcionais, pernas finas, dentes trincados e armas gigantescas os Novos Mutantes ganharam um novo alento junto aos fãs, e de lambuja surgiram personagens que posteriormente alcançariam lugar de relevo na mitologia dos X-Men, como Shatterstar, Feral, Dominó e ele… o sempre simpático Deadpool, o Mercenário Tagarela!

Capa de The New Mutants #100, que prenuncia o seu cancelamento e a sua substituição por X-Force, uma revista que contaria com mutantes durões e impiedosos.

Entretanto… no início dos anos noventa o público clamava por heróis durões que não tinham pudores em fuzilar ou rasgar seus adversários. Talvez um gibi sobre uma escolinha de heróis não fosse a melhor pedida para a Marvel naquele momento, e provavelmente por causa disso The News Mutants foi cancelada após a centésima edição, dando lugar para a revista X-Force, escrita por Fabian Nicieza e desenhada por Rob Liefeld.

E no fim de tudo…

De um jeito ou de outro os Novos Mutantes angariaram durante os anos oitenta uma enorme quantidade de fãs, e de tempos em tempos a Marvel relançou a equipe, que em sua mais recente encarnação lançada em 2019 é escrita pela dupla Ed Brisson e Jonathan Hickman e desenhada pelo artista brasileiro Rod Reis. E não podemos esquecer que mais jovens alunos do Professor X ganharam um filme, que após inúmeros “perrengues” foi finalmente lançado em 2020.

Capa de New Mutans #1, lançado em 2019 no Estados Unidos.

E então é isso… Aqui no Brasil as aventuras dos Novos Mutantes foram publicadas entre 1988 e 1994 nas revistas Capitão América, Incrível Hulk, Grandes Heróis Marvel e X-Men, da Editora Abril. As primeiras histórias da equipe foram republicadas pela Panini em 2016 na revista Coleção Histórica Marvel — X-Men #8 e em 2019 na nonagésima nona edição da coleção Os Heróis Mais Poderosos da Marvel, da Editora Salvat. Recentemente a quase sempre inevitável Panini disponibilizou boa parte da fase desenhada por Bill Sienkiewicz nos encadernados de capa dura Os Novos Mutantes — Entre a Luz e a Escuridão e Os Novos Mutantes — Legião. Ah, e antes que nos esqueçamos: parte expressiva das aventuras dos jovens heróis escritas por Louise Simonson podem ser encontradas nas coleções X-Men — Inferno e X-Men — A Queda dos Mutantes, também lançadas na última década pela Panini.

E, para finalizar de vez esta “pequena” (ah, vá!) declaração de amor aos moleques da Escola Xavier para Jovens Superdotados eu falo:

E TENHO DITO!

Para saber mais:

Marvel Fandom — New Mutants

Grand Comic Database — New Mutants

Screen Rant — New Mutants

Mile High Comics — Entrevista com Bob McLeod

SyFy — Entrevista com Bob McLeod

Byrne Robotics — Entrevista com John Byrne

Guia Dos Quadrinhos — Lista de Aparições dos Novos Mutantes no Brasil

--

--

Claudio Basilio
sobrequadrinhos

Apenas um rapaz latino-americano que gosta de falar de Quadrinhos e Cultura Pop. E de outros assuntos também!