Seres complexos

Ensaio sobre a introspecção

Palhaço Diógenes
Sociedade dos Filósofos Bêbados
2 min readMay 21, 2017

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A sede que rasga a boca e drena o sugo da alma não pode ser saciada apenas com um copo de água.

A angústia que gela a nuca, e inunda os pés de suor com calafrios não pode ser resolvida apenas com uma única e simples escolha. Afinal, a vida é repleta delas.

O desprezo que aprisiona, que isola o ser em si mesmo não pode ser eliminado com um simples “Oi”. O mundo é muito pessoal, particular para discutir caráter, afeto ou emoção.

O medo que fere o pensar, e nos esconde de nós mesmo não some com uma sirene que ilumina a noite de um aflito. A liberdade que nos faz ser livres para pensar não pode ser subtraída com sensações.

O desespero que sufoca, que tira o ar ao nos afogar na cultura mundana, não é eliminado do ser ao se portar como outrem. Possuímos muitos valores que valem mais que qualquer linguajar ou vestimenta.

Somos uma draga de sentimentos que consome e afeta a nós mesmos, que tira pouco a pouco o sentido de querermos Ser, que nos aprisiona em pensamentos próprios, no limbo das paredes de nossa caverna.

Não há por que ser exterior, se tudo o que vivo é interior. Introspectivo. Por isso me calo!

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Obrigado.

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Palhaço Diógenes
Sociedade dos Filósofos Bêbados

Não quero ser introjetado em outrem, não me importo para que outros não me importem. Prefiro ser único: sujo, devasso, errante, eloquente, vil, ímpar, negado.