Pensamento e memória

Ensaio sobre a forma de pensarmos e nossas memórias.

Palhaço Diógenes
Sociedade dos Filósofos Bêbados
2 min readJun 7, 2017

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Falar ou agir diante de algo não é trivial, antes dos movimentos musculares há de se ter pensado em algo. Pensar em algo envolve empreender razão e juízo em um processo lógico.

Empreender razão e juízo é sentir o emaranhado de possibilidades atadas à incertezas e intuições.

Imagem: “Emaranhado” de Maíra Fukimoto.

Nosso pensamento que parecer ser automático está muito associado com o que possuímos de memória e de seus significados para nossa subjetividade.

Pensar é o mesmo que deslizar entre nossos mnemônicos de memória imersos em meio a sentimentos e emoções.

Ao deslizarmos por nossas memórias, passamos a lidar com seus significados e seus significantes. A palavra “árvore” pode não estar associada ao desenho de uma árvore em minha memória, mas sim a uma árvore que eu possa ter encontrado em algum momento de minha vida. Assim, o significante “arvore” não está para o significado “desenho de uma árvore”. A palavra amor pode estar associada à uma pessoa, cheiro, símbolo S2.

Em virtude de nossa memória ser composta de mnemônicos que são compostos pela dualidade significado e significante, que se conectam como ímã, disposto em norte e sul — significado, significante — tudo que experimentamos em vida passa a construir nossa memória.

Uma memória nunca é só uma fotografia, as vezes ela possui cheiro, lágrimas, choro …

Assim, todo pensamento próprio é diretamente associado ao nosso ser, vivido, experimentado, nossas lembranças, nossa experiência de vida, nossas ambições, nossa intuição, nosso saber.

Descartes afirma que se penso, logo existo. Mas, haveria forma de se pensar sem antes ter ao experimentado a vida?

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Palhaço Diógenes
Sociedade dos Filósofos Bêbados

Não quero ser introjetado em outrem, não me importo para que outros não me importem. Prefiro ser único: sujo, devasso, errante, eloquente, vil, ímpar, negado.