Feminismo para quem?

Um texto sobre o feminismo de boutique e sua (in)utilidade opressora contra as mulheres.

Feminismo, assim como qualquer outro "ismo", pode ser algo muito amplo, e portanto, muito controverso.
Fonte: Cecília Ramos

Alguem tinha que desenhar, né amigos? (Desconsiderem os erros anatômicos)

SPOILER: Estou aqui falando sobre os "exemplos" de "feministas" que EU VEJO nas redes sociais e nas salas de aula das Univerisdades Públicas onde leciono, eventualmente. Estou falando das minhas PERCEPÇÕES. Se você é feminista, mas não se enquadra no que está escrito aqui, maravilha. Você merece minha admiração. Se quiser, também.

Prezada feminista: você está esgotando o movimento. As mulheres, que deveriam defender o que você diz, estão começando a abominar você e seu discurso. Não faça da sua ideologia uma religião. Ou faça, se quiser. Mas não tente converter as mulheres à força. Que tal OUVIR a Mallu antes de defendê-la?

A autora, no post original, diz que teve que algumas pessoas não entenderam o DESENHO (!!!). Isso é um claro reflexo da “qualidade” do nosso ensino “superior”.

Conforme a autora, está rolando uma nova forma de "protesto" entre as mulheres — predominantemente de classe alta e estudantes de escolas ou universidades públicas — de fazer pixações nos banheiros (como também em transportes públicos). Não vou nem mencionar o fato de que isso é CRIME QUALIFICADO PREVISTO EM LEI (Código Penal, artigo 163, parágrafo único, inciso III: contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista.) Ou seja: você não é militante. É só uma criminosa. PONTO FINAL.

Você esquece, feminista de boutique, que suas "intervenções" criminosas, seja com frases de efeitos ou com simbolos da "luta feminista", não fazem a menor diferença pra quem vai ter o trabalho extra de limpar no final. As “moças da limpeza”, geralmente mulheres pobres e negras que além de serem atingidas pelo machismo — real — ainda são ABUSADAS por você, pois sua manifestação criminosa lhes imputa a responsabilidade de limpar seus devaneios ideológicos, que vitimam mais estas mulheres do que o suposto "machimo" que vocês, de forma quase psicótica, atacam.

Aliás, vamos falar de machismo?

Sabe as mulheres que limpam as suas manifestações? Elas, negras e pobres, também enfrentam o racismo e a pobreza (que dão a elas um gostinho diferente do que é a misoginia) e a merda toda é que enquanto o feminismo deveria dar a essas mulheres mais voz e empoderamento, ele (o feminismo de boutique) continua abraçando fortemente as que sempre foram acolhidas pelo movimento: as mulheres privilegiadas que tem tempo e dinheiro para frequentar os corredores das universidades públicas, enquanto seus pais bancam sua "mimimilitância", porque se vocês tivessem que trabalhar arduamente, como a "tia da limpeza", vocês estariam estudando na Estácio. Isso só prova um dos meus argumentos: a universidade pública é um dos MAIORES MECANISMOS DE INJUSTIÇA SOCIAL do país! Mas isso é assunto pra outro texto.

Enquanto isso, você, feminista de boutique, comete bossalidades criminosas, como esfregar absorvente sujo na parede do banheiro, e esquece que depois de brincar de ser revolucionaria, uma MULHER vai ter que ficar horas esfregando pra limpar a sujeira que VOCÊ deixou. As feministas deveriam pensar em todas as mulheres, se não “feminismo pra quem?”

Frequentemente, percebo que as feministas querem igualdade, desde que para seletos grupos. Um dos grupos IGNORADOS, por exemplo, é das mulheres árabes. Acho ridículo quando vejo feministas, no Brasil, militando pelo direito de andar com os seios à mostra, enquanto existem mulheres árabes que são estupradas 30 vezes por dia, por diferentes homens.

As tais "salvadoras do patriarcado" adoram falar sobre "empoderamento das mulheres". Isso é fácil quando você não mora no oriente médio e com tanta violência sexual e falta de perspectiva, acaba por tirar a própria vida.

Recomendo a leitura do livro: "A face oculta de Eva".

Feministas pregam a liberdade da mulher. Incrivelmente, esse princípio parece esquecido para as esposas compradas. Afinal, para quê lutar pela liberdade da mulher árabe? Ela só pode cozinhar (e morrer de calor por ser forçada a usar burca), limpar, ser estuprada para ser uma fábrica de bebês e rezar. Rotina libertadora, hein? Por que feministas se calam diante dessa rotina quando foram as primeiras a condenarem a violência sexual nos anos 60 e 70? E pioneiras na abordagem da misoginia dentro das religiões? Será que têm cota de indignação? Ou ela é seletiva?

Posso citar inúmeros exemplos da seletividade feminista. Podemos começar pela hora que chega a conta do motel…

Mais elas estão lá, e nós estamos aqui. Não há nada que possamos fazer!

Não venham dizer que não há nada a fazer. Organizações como a Hatune Foundation já libertaram CENTENAS de mulheres enquanto vocês faziam textão sobre qualquer outro assunto que não seja sobre o sofrimento das mulheres árabes.

Lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive fora do feminismo.

Não há desculpa que permita que uma ideologia oprima um ser humano. Não importa o quanto você estudou sobre o feminismo. Nenhuma linha do que você estudou serve como fulcro para você querer obrigar outras mulheres a concordar com suas ideias. Acho que um post incrível que vi no Facebook, escrito por uma mulher, reflete bem este ponto de vista:

Excelente ponto de vista da Brunna Paese, que tem excelentes textos aqui no Medium

Quando o feminismo começou a ser tratado como religião, ofendendo, criticando, apontando o dedo e agredindo homens e mulheres que não concordam com as ideologias feministas, automaticamente, o feminismo perdeu sua razão de ser. Estas mulheres estão prestando um desserviço ao movimento feminista e prejudicando as mulheres. Tem gente que não quer acreditar nas mesmas coisas que você, moça. E isso não faz desas pessoas piores. Afinal, nem todo mundo quer ser crente!

Vamos mais fundo?

Então, vamos falar de salários? Não vou me alongar, mas gostaria de perguntar QUEM AQUI conhece alguma mulher, hoje, que trabalhe numa empresa com o mesmo cargo, tempo de experiência, formação e background profissional que ganhe menos que um homem na MESMA empresa e no MESMO cargo. Vou ficar aqui sentado, aguardando.

Enquanto eu espero, deitado, peço que vocês leiam o artigo "A diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil". Eu espero.

Leu? Então agora, deixe de ser ignorante e entenda que, economicamente falando, essa falácia não se sustenta. Ponto.

Além disso, você conhece — BEM — as raízes do que você tenta replicar, muitas vezes à força e com violência, para outras mulheres? Já ouviu falar da "Escola de Frankfurt"? Sabe a que objetivos e agendas ocultas você está defendendo? Sugiro um vídeo:

Se você defende o direito ao aborto, como método contraceptivo liberado e legalizado em qualquer situação, acho que deveria, realmente, estudar um pouco mais. Pode começar por aqui: Porque você não sabe NADA sobre o aborto!

E não me venha falar de IGUALDADE. O feminismo NÃO É sobre igualdade. O feminismo é sobre SUBJUGAR o homem. Se o feminismo fosse sobre igualdade, este texto não existiria. Nem esse vídeo:

Isso DEVERIA SER a imagem do feminismo. MAS NÃO É!

Eu não pertenço a nenhum "ismo". Qualquer "ismo" é estúpido. Faça o melhor que você puder pelo seu semelhante, não importa a cor, sexo, religião ou condição social, e você já estará num caminho de luz e desenvolvimento. Não precisa de uma bandeira pra isso. Basta ter um coração e boa índole.

Gostaria de agradecer a incrível Cecília Ramos pelo post, que reflete de forma única uma parte do que eu penso a respeito da maneira como as “feministas de universidade pública” agem, exclusivamente, nas redes sociais e nos seus discursos inflamados nas rodinhas feministas

--

--

🎯 Renatho Siqueira MBA™®🎓
("…Opinião…")! : Renatho Siqueira

Estuda, então. Mas estuda, em primeiro lugar, aquilo que te habilite melhor a auxiliar os outros! http://t.me/renatho