Um manifesto em favor da fé…
E porque — HOJE — eu não me interesso por NENHUMA religião
LEIA MAIS: O inferno do mundo “perfeito”
SPOILER: Este texto não é para HIPÓCRITAS. Além disso, se você está feliz e confortável em sua religião, faça um favor a você mesmo: Não continue na leitura. Este texto NÃO É PRA VOCÊ! Este texto não é para RELATIVISTAS, nem para COVARDES. Este texto exigirá de você CORAGEM, HONESTIDADE, CURIOSIDADE e FÉ! Se a sua Espiritualidade não depende de uma religião, ou de um Deus, você é muito bem-vindo(a) a este artigo.
Seja bem-vindo(a) para continuar, mas aceite que eu não serei responsável pelo que você irá descobrir. Tudo que estou lhe oferecendo é a MINHA VERDADE!
Em primeiro lugar, quero que você conheça minha história com a religião, antes de me julgar. Não estou aqui dizendo que a SUA religião não é boa. Só estou dizendo que, PARA MIM, NENHUMA RELIGIÃO é divina. Para mim, Renatho Siqueira, TODAS AS RELIGIÕES são mecanismos de manipulação comportamental que foram criadas para atender a uma demanda do Estado, em manter a sociedade sob controle, ou uma forma de manipular a massa, para conseguir que ela atue de acordo com os interesses dos "líderes religiosos". Tenho fé. Busco cultivar minha Espiritualidade. Mas ABOMINO as religiões!
Deus (se é que ele existe) não tem religião. Nunca esqueça disso!
Porque eu abandonei minha religião
Eu nasci numa família de Testemunhas de Jeová. Sim, isso mesmo!
E isso foi bom pra mim.
Eu aprendi a me comunicar com clareza, me ajudou a ter facilidade de falar em público, com desconhecidos. Me ensinou a estudar de forma estruturada, me trouxe o gosto pela leitura reflexiva e me ensinou a nobre arte da argumentação. Eu aprendi a argumentar, fazer ilustrações e me tornei um excelente comunicador. Além disso, é a religião judaico-cristã que MAIS USA E MAIS CONHECE A BÍBLIA, e por isso, eu participei dela por muitos anos.
Eu era feliz no Salão do Reino. Cresci dentro dele. Ainda lembro muitos cânticos de cabeça, e me emociono ao cantá-los — sim, ainda hoje — mesmo sabendo que essa emoção está ligada a conexões neuro-cognitivas que me fazem trazer de volta as emoções que tinha ao participar desses encontros religiosos, que era algo que me trazia muito prazer. Eu realmente SENTIA a presença de Jeová nas reuniões. Eu sentia a presença dele na minha vida. De verdade. Assim como me sentia péssimo quando fazia algo que, segundo nossos dogmas, ia contra nossa fé e nossos códigos.
Quando minha filha — Júlia — nasceu, eu cantava para ela, todas as noites, o cântico 164 — Filhos: Dádiva Preciosa de Deus
Mas, infelizmente (ou não) eu sempre fui muito questionador e problematizador. E essa característica, que eu aprendi dentro do próprio Salão do Reino, acabou por me afastar da religião onde nasci. Não vou entrar nos detalhes que me levaram a abandonar o Salão do Reino, mas posso dizer que, assim como em qualquer religião, existem HOMENS IMPERFEITOS, com interesses que muitas vezes não condizem com os interesses "de Deus", assim como pessoas que fazem perguntas demais, argumentam demais e se recusam a ser CRÉDULAS não são bem vindas, nem no Salão do Reino nem em nenhuma outra religião, e isso afasta as pessoas como eu da religião. A religião não funciona porque ela é uma criação DOS HOMENS, e enquanto ela for uma criação humana, nunca dará certo! Deus (caso ele exista) NÃO CRIOU NENHUMA RELIGIÃO! Lembre-se disso!
E depois disso? Como prosseguiu minha busca de "Deus"?
Depois disso estive na Igreja Universal, no Espiritismo, na macumba, no Budismo, na Igreja Católica, na Igreja Evangélica… Já rodei muito. Mas minha fé não cabe numa religião. Eu acho que o lugar onde me senti mais à vontade foi no Budismo. Não existe Deus, Diabo, punição… Existe VOCÊ e sua RESPONSABILIDADE sobre suas ações! Apenas isso. Justo e moral! Já tentei conhecer a Maçonaria (mas você tem que ser CONVIDADO e julgado merecedor. Parece que ainda não é meu caso), li sobre a Rosa Cruz e sobre a Logosofia, conversei com uma amiga sobre a Eubiose, estou lendo sobre o trabalho filosófico da Nova Acrópole… Eu continuo minha busca. Livre, sempre questionador e feliz assim. Não estou em busca de dogmas, regras e punições. Quero me sentir bem com minha espiritualidade e fazer o bem. Apenas isso. E isso me basta!
Mas aí eu comecei a estudar sobre a história da religião, e comecei minha jornada para fora da "caverna"…
A Bíblia diz, no livro de João 8:32 "vocês conhecerão a verdade, e a verdade os libertará". E isso me lembra muito a "Alegoria da Caverna", de Platão. E isso prova que existe uma ligação muito clara entre os saberes e as religiões.
Você já ouviu falar disso? Não? Então acho que sua vida vai mudar NESSE MOMENTO!
Vou resumir de forma MUITO SIMPLES: quando você sai da caverna, e volta para tentar demonstrar que aquelas sombras NÃO SÃO REAIS, mas apenas representações pífias da realidade, sem cor, sem definição, sem realismo, você corre SÉRIOS RISCOS. Você se torna “o inimigo”. Isso acontece porque nossa mente PRECISA ACREDITAR, e por isso OS FATOS NÃO SÃO SUFICIENTES PARA MUDAR NOSSAS MENTES, na maioria das vezes!
Fé, Espiritualidade, Crença, Religião… Existe diferença?
Normalmente, costumamos usar palavras como “fé”, “espiritualidade”, “crença” e “religião” como se fossem sinônimos e, em geral, não há nada de errado com isso. Mas pode ser (se você for honesto em suas crenças) que você se interesse em saber que, para aqueles que estudam a psicologia da religião, estas palavras têm significados COMPLETAMENTE DIFERENTES! Mais do que apenas uma distinção acadêmica, essas diferenças podem realmente ser bastante esclarecedoras e úteis para você, leitor.
Vejamos algumas das diferenças entre esses termos comuns.
Fé : A maioria de nós pensa em “fé” em termos sobrenaturais, como na “fé em Deus”. Isso é realmente mais do que os psicólogos da religião chamariam de “crença” (veja abaixo). A fé, a partir de uma perspectiva mais naturalista, psicológica, é meramente a unidade inata para procurar significado, propósito. Fé é uma manifestação genética. Assim como a busca pelo metafísico.
Desde a infância, toda pessoa humana tem um sentido inato de que “há algo mais do que eu” e uma tentativa de descobrir o que poderia ser. O bebê chama pela mãe, mesmo quando a mãe está fora de vista.
Da mesma forma, todas as pessoas, sejam eles crentes ou não, buscam o significado, propósito, aquele “algo mais” profundo que existe na vida, nos relacionamentos e nas coisas que nos acontecem. Reconhecemos este esforço básico como “fé”, algo que é uma parte universal do ser humano. Mesmo os ateus têm esse tipo de fé. Eu acho que este é um entendimento especialmente útil do termo por causa de sua universalidade. Muitas vezes ouvimos que “a fé é um dom”, mas quando vemos tantas pessoas que não acreditam em Deus, nos perguntamos se Deus simplesmente não “dotou” essas pessoas com o “dom da fé”? A resposta é que todos têm o dom da fé — esse impulso inato para buscar significado, propósito — mas algumas pessoas têm exercido este dom inato mais do que outros, permitindo que sua fé seja mais “visível” que nos demais.
Espiritualidade: Para os psicólogos da religião, o termo “espiritualidade” representa tanto as coisas sobre as quais uma pessoa focaliza sua fé (por exemplo, Deus, igreja, natureza etc.) quanto as coisas que ele ou ela faz para tentar fazer uma conexão com Essas coisas (oração, sacramentos, caminhadas). Em outras palavras, a espiritualidade representa os caminhos que a fé de uma pessoa (como definido acima) viaja à medida que busca significado e propósito. Nesses termos, a fé é um sentimento interno, uma sensação de que há “algo mais”. Em contraste, a espiritualidade representa o esforço para descobrir o que esse “algo mais” pode ser. Espiritualidade é o resultado que se alcança quando a fé foi “ativada”.
Crença: Crença significa declarações que eu faço, e que considero verdadeiras, como resultado da minha jornada espiritual. Quando, como resultado do meu esforço espiritual, eu decido que “isto é verdade” e “isto não é” estou articulando várias “crenças” que eu tenho por causa de experiências que tive ao tentar satisfazer meu sentido inato de fé (Isto é, o anseio humano inato pelo significado e propósito), engajando-se em várias práticas e buscas espirituais.
Religião: Religião refere-se ao conjunto de pessoas que compartilham crenças semelhantes e que trabalham em conjunto para fornecer apoio mútuo aos participantes, ir mais fundo nessas crenças e responsabilidade e dar suporte para que os membros possam vivenciar essas crenças, com todos os seus dogmas e códigos. As religiões codificam as crenças em textos sagrados e, por meio de rituais e práticas morais, procuram facilitar a conexão mais profunda possível com as crenças que a comunidade particular possui.
É claro que você deve se sentir livre para usar os termos que quiser na conversa com seus amigos e familiares sobre essas questões, mas essas distinções podem ser úteis em discussões com pessoas que se perguntam por que “fulano de tal não tem o dom de Fé” ou o que ela realmente significa quando alguém diz que eles são “espirituais, mas não religiosos”, ou qualquer outro tipo de afirmação onde estes termos podem ser usados pelas pessoas de forma mal definida e pouco compreendida.
Dessa forma, espero ter deixado claro que é PERFEITAMENTE POSSÍVEL que uma pessoa tenha fé, mesmo sendo ateu. Assim como é possível ser Espiritualizado, mesmo sem ter religião!
Vamos falar do SEU Deus?
A partir de agora, o texto começará uma DURA crítica à religião, através de fatos simples. Se você quer continuar confortável em sua crença e sua religião, sugiro que feche este artigo e vá viver sua “realidade”. Caso contrário, você será confrontado com uma escolha: continuar acreditando e sendo feliz, na ignorância, ou explorar o tema, em busca de compreensão, e se ver obrigado a confrontar suas crenças e os dogmas da sua religião!
A escolha é sua! Depois disso, não haverá retorno!
Você ainda está aqui? Então, acho que está pronto para uma maior compreensão… Vamos começar a perceber o que está errado…
Bom, você deve ter uma religião, né? Senão, acredito que nem estaria lendo esse artigo. E — CERTAMENTE — acredita que sua religião e seu Deus conduzem à redenção espiritual, certo?
A parte interessante é que você é uma pessoa de MUITA sorte, afinal de contas…
Mais de 10 MIL RELIGIÕES NO MUNDO! Mas, ainda assim, você tem a CERTEZA de que APENAS A SUA RELIGIÃO conduz à salvação! Nossa, que sorte você tem, não?
Além disso, existem MILHARES — senão MILHÕES — de Deuses e divindades sendo cultuados pelo mundo afora, e ao longo dos milhares de anos da humanidade, desde quando a história começou a se ocupar do registro desses detalhes da vida cotidiana da nossa espécie. Mas, novamente, você deve ter MUITA SORTE. Afinal, de todos estes MILHÕES de Deuses cultuados em toda a história da humanidade, APENAS O SEU ESTÁ CERTO, e apenas ele conduz à salvação! Cara, que pessoa de sorte você é!
“Todo mundo é ateu com a religião do outro!”
Você faz ideia da quantidade de religiões que existe ou existiu no mundo? NÃO! E você ainda acha que SÓ A SUA RELIGIÃO e só o seu Deus salvam? Acho que você precisa estudar um pouco mais de História!
Escolha… O problema é a Escolha…
- NEO, Matrix
E essa pluralidade de divindades, assim como a nossa necessidade de dominar sobre o outro, impondo-lhe nossas vontades, crenças e dogmas, faz com que coisas terríveis aconteçam. Afinal, se você tem CERTEZA que seu Deus é o ÚNICO que está certo, é o único que salva, é o único que diz a verdade, então sua missão sagrada é “salvar seu semelhante do pecado”, nem que você tenha que matá-lo para isso! Assim como a Igreja Católica fazia nas Cruzadas e na “Santa Inquisição”, onde pessoas eram torturadas e queimadas vivas para alcançarem a “redenção”!
“Respeite minhas crenças” deveria no máximo querer dizer “deixe-me em paz para crer no que quiser!”. Mas na prática significa “submeta-se às minhas crenças”.
(Marcus Vinicius M.Escobar)
A religião, assim como ideologias radicais, matou mais pessoas na história da humanidade do que qualquer outra coisa! POR QUE? Porque se você não é “meu irmão na fé”, você é “instrumento do mal”, e portanto, deve ser eliminado para que o MEU MUNDO PERFEITO seja possível. E TODAS as religiões pensam assim. Mas fingem que não!
Quando você dá um nome, uma nação, uma cor ou um sexo para Deus, você está, AUTOMATICAMENTE, criando uma situação de exclusão, onde somente OS SEUS MODELOS culturais são possíveis! Pense nisso!
Se Deus está falando com todas as pessoas, de todas as religiões, em todas as nações, a impressão que tenho é que ele está falando coisas completamente diferentes para cada sociedade, cada religião e às vezes, para cada PESSOA! A impressão que temos, olhando para a história da religião, é que coisas muito diferentes e contraditórias estão sendo contadas “por Deus” para diferentes povos, nações e religiões. E é por isso que milhões de pessoas estão sendo mortas “em nome de Deus”!
Se olharmos atentamente, perceberemos que a “mensagem de Deus” parece ser poderosamente moldada pela cultura no qual as pessoas estão inseridas, em seus contextos sociais, políticos e culturais. Você nasceu com FÉ, mas sua Espiritualidade foi transformada em Crença, através de uma RELIGIÃO, que, PROVAVELMENTE, foi ensinada a você pelos seus pais ou parentes próximos. Você não foi “tocado por Deus” ou pelo “espírito santo”. Você foi para a Igreja ou religião que estava ali quando você chegou!
A RELIGIÃO obedece fronteiras. A Fé, não! (Assim como a verdade)
A negação é a mais previsível das reações humanas! E NESSE MOMENTO, você deve estar negando um monte de coisas que já viu. Fique à vontade para ir embora, se quiser. Eu avisei que este artigo não era para todo mundo!
O que é verdadeiro? O que é a VERDADE? Seu ponto de vista está certo? E onde entra a subjetividade?
Já percebeu como a religião é subjetiva? Ninguém sabe dar respostas precisas, se você tiver coragem e sabedoria para fazer as perguntas certas.
Se você fizer perguntas que exijam uma capacidade argumentativa digna de uma pessoa minimamente inteligente, invariavelmente, a resposta irá condizí-lo(a) para alguma resposta que envolve a seguinte afirmação: “esse é um mistério da Fé”! Subjetivo, não?
De onde veio a mulher de Caim? 😱
Qualquer conceito ligado a “certo” e “errado” não é uma métrica. Esses conceitos são apenas percepção pessoal e subjetiva, criados pelo seu histórico pessoal, pela sua cultura, pela sociedade onde você está inserido. Ao invés de discutir “certo” e “errado”, é muito melhor discutir o que é eficaz ou não. Eficácia e eficiência podem ser medidas. “Certo” e “Errado”, não.
Vamos falar sobre pontos de vista?
Vamos usar a Matemática para nos explicar como a subjetividade da religião tem feito mal ao mundo?
5+4 =9
6+3 =9
7+2=9
3² = 9
Várias formas de se chegar ao mesmo resultado. Todas são verdadeiras. E é “só Matemática”. Se Deus é o criador de TODAS as coisas, então ele TAMBÉM CRIOU A MATEMÁTICA, certo? Se ele foi capaz de criar a Matemática, que é precisa e UNIVERSAL, porque não fez o mesmo com a religião, que é algo MUITO MAIS IMPORTANTE? Afinal, a religião salvará sua “vida espiritual”, não é isso?
Se a mensagem de Deus fosse ÚNICA e tão importante para a nossa vida, tão vitalmente importante, porque ele não falou de forma clara e precisa conosco sobre a Espiritualidade, assim como fez com a Matemática?
Se Deus realmente estava tão preocupado em transmitir uma mensagem divina e tão fundamental para a nossa existência, porque não deixou suas normas definidas e protegidas da interferência de homens pecadores e desonestos, de forma que a religião fosse um acordo universal de convivência e respeito mútuos? Por que Deus confiaria sua mensagem, tão vitalmente importante a homens falhos, imperfeitos e corruptíveis?
A sua maneira de fazer as coisas não é a única; Respeite os outros e suas outras maneiras de fazer algumas coisas que você faz.
Com medo de sermos vistos como intolerantes, evitamos brigas e brincamos de relativistas, dizendo que “cada um tem a sua verdade”, mas diante de problemas concretos, os conflitos logo aparecem!
A imagem que ilustra essa parte do texto explica como a nossa perspectiva determina o que vemos como “verdade”. Nela, vemos que o que é verdadeiro para mim e o que é verdade para você não são realidades diferentes, mas uma oportunidade para nós termos uma conversa e entendermos os dois lados.
“Todo ponto de vista é a vista de um ponto”
A verdade seria o objeto em si, e não os reflexos na parede. Os reflexos seriam apenas parcelas da verdade, as NOSSAS VERDADES, e em momento algum se contradizem. Pelo contrário, se completam. É assim que a ciência funciona, por exemplo! Afinal, a Ciência também tem seus dogmas! Por sorte, eles estão sujeitos a investigação e novas possibilidades!
Devemos parar de querer sempre que alguém perca para que o outro ganhe. Parar de sempre imaginar que para um estar falando a “verdade” (ou aquilo que nos sentimos confortáveis em admitir como verdade), o outro tem que estar, necessariamente, dizendo mentiras. Ambos podem ganhar, ambos podem estar falando sobre as SUAS verdades! Achar um meio termo é preciso para que todos se respeitem e para que haja equilíbrio entre as diversas possibilidades que existem em nosso mundo e em nossa história ao longo das eras!
A verdade não é relativa (mas, o que é a verdade?). As opiniões sim. Algumas questões necessitam de análise e entendimento para se encontrar uma “verdade”. Como dizem: contra fatos não há argumentos. Logo, aquilo que é factual (mas, lembrando que fatos não são — e não devem ser — dogmas) não é relativo à muitas “verdades”. Embora haja opiniões diversas. Mas qual é o peso de verdade de uma opinião? Nenhuma. É só uma doxa e isso os gregos já falavam a muito tempo.
A “verdade” não É. Ela ESTÁ!
O que hoje se assume como verdadeiro, amanhã pode ser considerado bobagem. Vemos exemplos disso na ciência o tempo todo. Por exemplo, até o momento em que os doutores Alfred Blalock e Vivien Thomas fizeram a primeira cirurgia cardíaca dos “bebês azuis”, operar o coração era um DOGMA intransponível para a Ciência médica. Uma verdade incontestável! Porém, como a ciência está subordinada ao método científico, e graças à rebeldia e coragem destes dois cientistas, o mito foi derrubado e a ciência avançou, salvando milhões de vidas. (Ref: Filme — “Quase Deuses”)
Hoje, APENAS nos Estados Unidos, realiza-se cerca de 2 milhões de cirurgias cardíacas TODOS OS ANOS! Pense nisso antes de acreditar que DOGMAS devem ser respeitados!
Realidade é percepção: Individual, subjetiva e exclusiva.
Algo extremamente íntimo e intransferível. Mesmo dois gêmeos univitelinos podem ter duas percepções diferentes sobre o mesmo tema ou acontecimento, haja visto que estes acontecimentos em nossas vidas são filtrados e avaliados com base em nossas crenças, experiências e valores individuais. Sendo assim, mesmo duas pessoas “idênticas” terão experiências diferentes em diferentes momentos da vida.
Existe um mundo completo e complexo numa única gota dágua. Não é porque você não vê (percepção) que significa que não exista. O que sabemos é uma gota, o que ignoramos, um oceano. Nossas percepções (capacidade sensória humana) são EXTREMAMENTE LIMITADAS. Visão, audição, olfato, tato, paladar… Todos estes sentidos são limitadíssimos. Nosso cérebro consciente só consegue processar uma ínfima parte das nossas percepções. Percebe quanta coisa você não é capaz de apreender conscientemente?
Sendo assim, se todo mundo acha que a “sua realidade” representa a verdade, quem está mentindo?
Não existem explicações finais. Existem explicações MELHORES.
Deus é apenas uma construção humana, social… Uma necessidade que nós preenchemos com nossas culturas, desejos e anseios!
Pense na imagem que você tem de Deus.
Como ele é? Com quem se parece? Como você o descreveria, fisicamente? Existe uma “imagem” de Deus que você use para se concentrar?
Essas perguntas servem para provar um ponto: o seu Deus é construído com os fragmentos que você recebeu ao longo do tempo.
Posso dar um exemplo?
Qual é a imagem que você tem de Jesus Cristo?
Provavelmente, quando você pensa em Jesus, as imagens que vem à sua mente são parecidas com estas aqui:
Esse é o Jesus que você “conhece”, né?
Pois é… Esse Jesus TAMBÉM É UMA MENTIRA DAS RELIGIÕES judaico-cristãs!
Existem inúmeros estudos relacionados às razões da imagem de Jesus ter sido associada a esta aparência européia. Afinal, a Igreja Católica Apostólica Romana era EUROPÉIA, e não poderia dar destaque a um Deus que não tivesse semelhança ou identificação com seu povo! E lembre-se: naquela época a punição para quem não seguia as “sábias e sempre divinas e amorosas orientações” da Igreja era… A MORTE! Não era saudável desobedecer a Deus naquela época, nem para o Espírito (que ia para o Inferno) nem para o corpo (que ia para a fogueira)!
‘O homem está sempre disposto a negar tudo aquilo que não compreende.’ ~Blaise Pascal
Comentário pessoal: a primeira vez que vi esse rosto me assustei. Essa imagem é MUITO IGUAL ao meu pai!… Huuuummmm… 🙄 🤔
Novamente, com mais este exemplo, vemos o homem com suas culturas, imperfeições, corrupções e interesses políticos e religiosos, criando Deus, à sua imagem e semelhança, como diria Friedrich Nietzsche:
Nossa construção neuro-cognitiva torna necessária a existência de um Juiz, um Ordenador, um Relojoeiro, um Arquiteto Supremo…
— Clóvis de Barros Filho
Basicamente, é isso: nós, seres humanos, precisamos de algo ou alguém que nos dê a esperança de ordem, justiça, benevolência, beleza, paz… Nós precisamos disso. Nosso cérebro foi criado com essa necessidade. Sem ela, nossa sociedade poderia desmoronar (ou não…). Mas, por isso, criamos um “Deus”, que é “coincidentemente” semelhante aos nossos códigos morais, às nossas normas sociais e que atende com certa facilidade aos nossos anseios. Interessante, não?
Mata-se com Deus ou sem Deus…
- KARNAL
Quer ler um pouco sobre o assunto?
Estamos chegando (finalmente) ao final desse enorme tratado sobre a MINHA PERCEPÇÃO acerca da Fé, da Espiritualidade e da Religião.
Obviamente, eu li bastante para chegar a esse ponto. E pedir que você faça o mesmo seria muita ingenuidade da minha parte.
Portanto, gostaria de recomendar aqui as obras que considero fundamentais para que você comece a compreender que as religiões podem não ser, necessariamente, algo divino.
ALERTA: Pode ser que você tenha chegado “inabalado” até aqui, o que considero praticamente impossível. Se você chegou até aqui, umas dessas coisas aconteceu:
01) OU a sua percepção acerca da religião mudou indelevelmente
02) ou você está se perguntando se o que você leu pode ter algum fundo de verdade, mas vai procurar alguém na sua religião para te “provar” que tudo isso está errado e que eu sou um “representante do mal” que decidi te desencaminhar (como se sua espiritualidade me importasse…)
03) ou você REALMENTE está em dúvida, como eu estive um dia, e está se fazendo, intimamente, perguntas.
Nesse caso, acredito que os livros abaixo poderão “te ajudar” a perceber o quão “humano” é seu Deus!
Vamos ao títulos:
Eram os Deuses Astronautas? — Erick Von Daniken
Acessar o livro: “Eram os deuses astronautas?”, de Erick von Daniken
O autor, que dedicou a vida a pesquisas pelo mundo todo, defende neste livro a existência de outros seres inteligentes no universo e propõe que extraterrestres tenham trazido grandes conhecimentos à Terra, sendo por isso, considerados “Divindades”.
A evidência disso estaria nos achados arqueológicos, monumentos antigos, mapas e marcas intrigantes em solos rochosos, que Erich Von Däniken analisou em várias partes do planeta. Ele comparou, por exemplo, fenômenos semelhantes ocorridos na cultura Maia (México) e em Nazca (Peru) com o enigmas do Egito Antigo.
Além disso, o autor reflete como vários episódios bíblicos e de outros escritos sagrados estão relacionados entre si e como isso pode ter a ver com a presença de uma civilização muito mais avançada que a nossa, entre nossos ancestrais.
Além deste livro, existem outros do mesmo autor, onde outras perguntas inquietantes irão colocar sua relação com a religião e com “Deus” em sérias “dificuldades”.
Leia Mais:
- Sim, os deuses ERAM Astronautas
- O dia em que os deuses chegaram
- A odisséia dos deuses
- O retorno dos deuses
Deus: Como ele nasceu? — Reinaldo José Lopes
Acessar o livro: “Deus: como ele nasceu?”, de Reinaldo José Lopes
Deus não “caiu pronto do céu” (ou caiu, de acordo com Erick von Daniken). A imagem que os 3 bilhões de cristãos, judeus e muçulmanos têm do Criador é fruto de uma história complexa e tortuosa, traçada ao longo de milhares de anos. Uma história de ritos tribais, guerras, alianças, que só agora começa a ser desvendada, graças ao trabalho de arqueólogos, historiadores e até psicólogos e neurocientistas — sim, porque a mente humana, ao que tudo indica, já nasce pronta para acreditar em Deus, ou vários deuses. Este livro mostra como funciona essa predisposição, e mais importante: traça a verdadeira história por trás da transformação de Deus, desde os seus primeiros passos.
A religião do cérebro — Raul Marino Jr.
Acessar o livro: “A religião do cérebro”, de Raul Marino Jr.
A Religião do Cérebro é um livro revolucionário. Seu autor, o médico Raul Marino Jr., um dos maiores especialistas em neurocirurgia do país, discute um tema polêmico e que divide médicos e cientistas de um lado e teólogos e religiosos do outro: a existência de Deus. Marino Jr. não se limita a discutir o tema apenas no campo teórico. Ele vai além. Conduz você à uma fascinante viagem pelo cérebro humano e revela como determinadas regiões de sua anatomia funcionam como espécies de antenas que, por meio das crenças e religiões, captam as vibrações de Deus. Para o autor, a melhor maneira de se comprovar a existência de Deus é justamente por meio da razão. Portanto, a antiga crença de que a espiritualidade começa onde a ciência termina é um grave engano. Ambas se completam em um abraço grande e íntimo, proporcionando uma nova visão do mundo.
Cérebro & Crença — Michael Shermer
Nesta obra o autor fala sobre como nascem as crenças, o motivo pelo qual o homem necessita das crenças, e como o cérebro constrói justificativas para validá-las. Integrando neurociência e ciência sociais, procura mostrar, também, como estas justificativas são fabricadas.
Porque as pessoas acreditam em coisas estranhas — Michael Shermer
Acessar o livro: “Por que as pessoas acreditam em coisas estranhas?”, de Michael Shermer
Poucos podem falar com mais autoridade pessoal das crenças humanas do que Michael Shermer. Ele conta que se tornou cético depois de uma odisseia de dez anos pelo mundo da saúde alternativa e das terapias para melhorar a aptidão física. Em seu livro, Shermer aborda sob uma ótica estritamente científica temas como a negação do Holocausto, o criacionismo, as experiências de quase morte e a paranormalidade. Segundo ele, nada supera o método científico, que envolve a obtenção de dados para formular e testar as explicações dos fenômenos naturais, desenvolvido inicialmente nos séculos XVI e XVII.
Para Shermer, as pessoas acreditam em coisas estranhas porque faz parte da natureza humana procurar padrões, conexões de eventos, mesmo onde na verdade não existe nada. Seu livro serve como uma bússola ajudando a navegar pelo “frequentemente confuso desfile de afirmações e crenças que nos são apresentadas como histórias e padrões que fazem sentido”. Mas, acima de tudo, o autor demonstra que o cético não é um cínico nem um niilista. “O ceticismo é uma abordagem provisória das afirmações, é a aplicação da razão a todas as ideias”, diz. “O ceticismo é um método, não uma posição. Os céticos não entram numa investigação fechados à possibilidade de que o fenômeno seja real ou a afirmação seja verdadeira. Quando dizemos que somos céticos, queremos dizer que precisamos ver evidências concretas antes de acreditar.”
Aí está a minha bibliografia BÁSICA no que diz respeito à minha relação com a Fé, com a Espiritualidade e com a Religião. Sinta-se a vontade para ler, aprender, questionar e duvidar. E não me siga: eu também estou perdido! 😜
Finalmente, minhas considerações finais!
Honestamente? Eu DUVIDO que qualquer pessoal chegue até aqui, por dois motivos:
01) Se você tem religião, acredita em Deus e acha que “o demônio está a espreita, como leão que ruge, procurando a quem devorar”, certamente você parou de ler lá em cima, acreditando que eu sou uma ferramenta do demônio para te desviar dos “caminhos de Deus”
02) Se você estava apenas curioso, certamente deixou o artigo na metade, e não viu nenhum vídeo
03) Se você estava genuinamente interessado, possivelmente deve ter lido uma boa parte das coisas que escrevi, talvez tenha até visto alguns vídeos, mas como a leitura é profunda, reflexiva e exige tempo, seria pedir demais que você tivesse chegado até aqui
04) Se você é ateu, então está pouco se fodendo para Deus
05) Se você chegou ATÉ AQUI, provavelmente se chama Renatho Siqueira ou então de enquadra em um dois dois casos abaixo:
- Ou é a minha mulher, que me apoia em tudo que eu faço, por mais que esteja uma merda,
- Ou é um dos meus alunos, e fez de conta que leu tudo para não ser reprovado 😜
Porém, se você REALMENTE consumiu TODO o conteúdo desse artigo, certamente entendeu o ponto e deve estar com a cabeça FERVENDO. Principalmente se você tem uma religião, qualquer que seja ela!
Eu tenho uma relação com o sagrado que é MINHA. Não tenho nenhum problema com Deus, seja ele quem ou o que ele for. Meu problema é com a IGREJA. Meu problema é com a RELIGIÃO, que foi usada pelos homens para se transformar num mecanismo de controle social, através de dogmas, medo e repressão. Uma instituição que já matou mais que TODAS as guerras mundiais JUNTAS!
Eu ABOMINO a religião, mas estou sempre de braços abertos para a experiência do Divino, mesmo que ela seja, como diz Richard Dawkings, apenas um delírio criado pela minha herança endogenética e minha construção cerebral, que no afã de dar sentindo ao mundo material, e as coisas que não consegue explicar, por ignorância, cria um mundo imaterial, onde as regras da física, biologia e das ciências “do mundo” não valem nada.
É isso, basicamente. :)
E, para ajudar você a perceber o quanto sua existência não importa no Universo, fique com esse clipe simpático, divertido e cruelmente verdadeiro:
O sentido da vida!
FONTES:
E agora? O que você pretende fazer: ampliar seus conhecimentos a respeito da sua relação com “Deus”, entender melhor como a religião criou essa imagem de Deus que estamos acostumados, questionar suas “certezas”, ou simplesmente fazer de conta que não sabe de nada, voltar para a sua “caverna” e esquecer que um dia teve acesso à “pílula vermelha”?
Leia Mais:
- Como o ESTADO e a Igreja Católica Apostólica Romana alteraram a Bíblia
- Concílio de Niceia e sua influência nas religiões
- O Primeiro Concilio de Niceia: onde a farsa começou
- Concílio de Trento e sua relação com os Dogmas da Igreja
- Concilio de Trento e a Inquisição
- As influências políticas do Estado na religião Católica
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É fácil, e vai ajudar MUITO, tanto a mim quanto às pessoas que precisam ler sobre o tema que discutimos aqui! 😍
Novamente, OBRIGADO!
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🎯 Renatho Siqueira MBA™® 🎓
Mestrando em Novas Tecnologias Digitais na Educação, Consultor de Marketing e Comunicação em Meios Digitais, Professor de Pós Graduação e MBA
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“Marketing é satisfazer as necessidades do cliente.” — Kotler
“Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função isolada. É o negócio inteiro, cujo resultado final depende do ponto de vista do cliente.” — Drucker