Quando a resposta vira post…

(E de antemão, lhe respondo: SIM, PENSAR "DÓI"!)

Em primeiro lugar, Jackson Faccioli, quero lhe agradecer pelo comentário elogioso e tão bem escrito. Dificilmente vemos, hoje em dia, alguém tomar tanto tempo para "só" para AGREDECER… Ultimamente, nossa sociedade — pricipalmente seus representantes mais jovens — se tornaram especialistas em escreverem "textão". Mas SEMPRE para reclamar. Nunca para agradecer.

Aliás, não apenas os mais jovens...

Recentemente, escrevi um texto sobre um tema bastante complexo que fui convidado a abordar numa entrevista na Rádio MEC, sobre o fenômeno dos "Especialistas de Internet". Este texto, intitulado "Especialistas, Idiotas e o Efeito Dunning-Kruger-Soulesz" é grande, tendo em vista a enorme profundidade do tema, que eu nem sequer arranhei. Mesmo assim, o texto se tornou denso e desafiador, considerando os hábitos de leitura do brasileiro médio ("Medíocre" — Dicionário Michaelis): menos de 3 livros completos por ANO!

O PRIMEIRO comentário do texto dizia o seguinte:

"Errr…. qual a finalidade do texto de 8 minutos? Não atinge aqueles que precisam pois estes não possuem capacidade (e tampouco vontade) de compreender o volume de informação apresentada. De outro lado, também não atinge quem dita capacidade, pois esses não precisam e tampouco são idiotas (com excessões, claro). Então, confesso que não entendi."

Essa manifestação veio de um homem, aparentemente de meia idade, aparentemente culto, com 25 anos APENAS de experiência profissional. Em minha resposta, detalhada de forma a ajudá-lo a compreender que existia um público que iria, SIM, ler o artigo (por mais que ele achasse que não), mas que este público não era nem os idiotas descritos no texto nem os "espertões" que supostamente não precisavam ler o que escrevi. Meu texto foi criado para pessoas que SABEM QUE NADA SABEM, e buscam saber de todas as fontes, sobre todas as coisas. Seres humanos que cumprem a missão de permanecerem curiosos e famintos de saber.

Infelizmente, parece que este senhor que fez este comentário em meu artigo sabia demais. Tanto que se dispôs a fazer apenas uma crítica desproposital sobre um trabalho autoral que ele julgou — do alto de sua enorme sabedoria — desnecessário.

A Realidade é SUBJETIVA.
Ela depende da nossa construção COGNITIVA.
O que vemos é diferente, em um ou mais aspectos, do que nosso semelhante pode estar vendo.
Precisamos praticar mais a arte de OLHAR a partir da perspectiva do OUTRO, buscando compreender suas escolhas, necessidades, angústias e questões. Lembre-se: não é porque você está “certo” que o outro precisa, NECESSARIAMENTE, estar “errado”. E vice e versa!

Críticas à Sociedade, à Educação e às "Ideologias"

Sou um crítico social DURO.

Meu principal objeto de crítica é a cultura e a Educação, seu principal meio de propagação.

Esse tem sido o papel da educação em nossa sociedade, na ESMAGADORA maioria dos casos!

Como você mesmo disse, somos seres complexos, altamente dependentes da aprovação alheia (necessidade endogenética) e cada vez estamos mais e mais imersos nessa doentia relação de competição velada que as redes sociais nos apresentam como se fosse a coisa mais natural do mundo fingir patologicamente ser quem ou o que você não é! Nos tornamos servos voluntários das redes sociais, capitaneadas pelo Facebook e sua hegemonia totalitarista dos "meios livres de comunicação", exercida através da compra sistemática de todas as ferramentas de comunicação que começam a incomodar seu "domínio". Estratégia de Marketing ou A Arte da Guerra?

Atualmente, estou cursando o Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação, da UniCarioca. E geralmente sou bastante crítico e cético em algumas disciplinas. No que diz respeito à Educação e à minha crítica a ela, percebo que os jovens, e até mesmo os mais experientes, estão PERDIDOS na sua trajetória acadêmica. "Que diabos estou fazendo na Universidade?" se perguntam, pelo menos, aqueles que ainda estão conscientes de toda a loucura e ausência de propósito dessa corrida louca atrás de pedaços de papel assinados por quem está vendendo aquilo que não pode entregar: Educação de qualidade! Para os demais… Bem, para estes não importa.

"A empresa não liga, a sociedade não liga… EU não ligo. Só quero um diploma pra cumprir o ritual de passagem e pronto."

Falta Vontade!

Falta Propósito!

Falta Tesão!

E nesse ritmo, continuamos educando para o monólogo, e não para o diálogo. Continuamos produzindo IMBECIS nas Universidades, que acreditam (ou fingem acreditar) cegamente que um pedaço de papel irá transformar suas vidas e lhe trazer oportunidades profissionais que antes eram inacessíveis. Aí, estes caras vão para as redes sociais e começam a "disputar" inconscientemente com seus pares, tentando — de forma infantil e abobalhada — se sobressair num mar de currículos, diplomas e fracassos disfarçados de "oportunidade para desenvolver meus próprio projetos"!

E tem aqueles que, por sua trajetória, seguem a vida acadêmica (seja por vocação, comodismo, medo ou falta de opções melhores… ou por todas as alternativas anteriores). E aí, o imbecil vai até o Doutorado: e em breve, será mais um doutor desempregado! E eles já são um exército, mesmo que o MEC esteja exercendo seu poder político e doutrinatório sobre as Universidades privadas e OBRIGANDO-AS, às custas da qualidade da Educação, a absorver a mão de obra ociosa destes que são portadores de diplomas, mas, em grande parte das vezes, de nenhuma experiência PRÁTICA!

A Escola continua — cada vez mais — educando para a INFORMAÇÃO; não para o CONHECIMENTO!

Sobre o temor acerca da pasteurização do pensar e da sociedade do monólogo

Seus temores são reais.

Hoje em dia, graças — em parte — à dinâmica das redes sociais, sua velocidade, volatilidade e pouca atenção à qualidade dos conteúdos, alguns de nossos jovens (e até mesmo muitos não tão jovens), para não dizer a maioria, se voltaram contra a dialética. Eles perderam a capacidade de discutir sem tornar PREFERÊNCIAS PESSOAIS EM OFENSAS PESSOAIS!

Essa geração, que vive trancada em suas bolhas pessoais de preferências baseadas em NADA além da sua própria ignorância, é uma geração composta de muita gente INFELIZ! E essa infelicidade é contaminante. Graças às redes sociais, as coisas — boas e ruins — podem ser propagadas com muita facilidade. E como temos uma ENORME quantidade de MERDAS sendo propagada pelas redes, que supera em MUITO o número de coisas úteis, o resultado é previsível e temerário! Por não permitirmos que nossos filhos passassem pelas privações e carência que passamos, criamos uma geração mimada, egoísta, narcisista e desistente. Não ensinamos a estes jovens o que significa lutar pelos seus objetivos. Não ensinamos a eles resiliência. Não permitimos que eles aprendessem com a dor. E agora, vamos pagar CARO por esse erro grosseiro.

Ninguém quer pesquisar nada. Ninguém quer se envolver em nada. Ninguém quer ler um livro por mês.

Criamos uma geração de leitores de resenhas.

Uma geração de alunos que reclama quando os professores dão "material demais pra Estudar". Sim: eles são ocupados demais. Afinal, se perderem tempo estudando Misses, Bauman, Foucault, Friedman, Rothbard, Kotler, Ariely, Hoppe, Bastiat, entre outros, como vão estar presentes nas redes sociais quando alguém chamar um negro de "preto", ou um homossexual de "viado", ou quando um evento de empreendedorismo, particular, por acaso ou não, decidir que não haverão palestrantes mulheres?

Patrulhamento Ideológico: "Quem salvará o mundo destes párias politicamente incorretos se eu estiver perdendo meu tempo estudando?"

Sim: PENSAR DÓI!

E para finalizar esse agradecimento, que era uma síntese e virou um livro, respondo à sua pergunta: SIM, pensar — num mundo tomado pela histeria do politicamente correto — dói!

Vez por outra, me deparo com falácias histéricas envolvendo raça, gênero, sexualidade e outras palhaçadas sociais transformadas habilmente em dicotomias sociais artificiais pelo discurso sedutor dos Justiceiros Sociais e da sua Agenda Marxista Cultural. O objetivo não é RESOLVER as questões sociais, mas, como eles costumam dizer nas salas de aula de Mestrado e Doutorado de todo o país: PROBLEMATIZAR! São especialistas em encontrar problemas que não necessariamente existem, mas INCAPAZES de buscar e sugerir soluções que envolvam LIBERDADE, RESPONSABILIDADE E MÉRITO.

E se você, LOUCO, resolve PENSAR por si mesmo e desafiar a agenda, você corre sério perigo.

Assista a estes dois vídeos e reflita sobre o que eu disse:

Esses vídeos são o que está acontecendo HOJE, na vida REAL, nas redes sociais, bares, restaurantes, Universidades… Ou seja: nosso mundo está entrando na era mais VIOLENTA e ODIOSA de CENSURA ao pensamento livre e à liberdade de expressão: A DITADURA DO POLITICAMENTE CORRETO!

Vivemos a ilusão da Liberdade, mas a cada dia, a cada mês e a cada ano, estamos perdendo nossa liberdade. E será muito duro e muito violento ter que lutar para reaver a Liberdade da qual estamos, por ação ou inação, abrindo mão!

Si vis pacen, para belum

Em breve, se nada for feito, se não começarmos a tomar as rédeas da liberdade e LUTARMOS POR ELA, teremos salas de aula como esta:

Parece bastante exagerado, não? Mas estamos PERIGOSAMENTE PERTO disso!

Estamos vivendo uma época ferrenha e violenta de PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO, que na prática é CENSURA. Se você fala algo na SUA rede social que ofende os Justiceiros do Politicamente Correto, você pode sofrer um ataque MAV (Militantes em Ambientes Virtuais) em sua conta, e de repente, ter sua vida digital DESTRUÍDA, num ataque violento de uma turba digital enfurecida. As redes sociais são a prova de que falhamos MISERAVELMENTE como sociedade!

Enfim, é isso.

Ou a gente faz alguma coisa e luta pela nossa liberdade, ou a gente conta para nossos filhos e nossos netos como fomos covardes e acomodados e deixamos que eles dêem o sangue DELES para recuperar o que não tivemos a hombridade, dignidade e coragem de manter!

Grande abraço!

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Renatho Siqueira

Consultor de Marketing e Comunicação em Meios Digitais, Professor de Pós Graduação e MBA

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“Marketing é satisfazer as necessidades do cliente.” — Kotler

“Marketing é tão básico que não pode ser considerado uma função isolada. É o negócio inteiro, cujo resultado final depende do ponto de vista do cliente.” — Drucker

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🎯 Renatho Siqueira MBA™®🎓
("…Opinião…")! : Renatho Siqueira

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