Design de Experiência nunca foi tão importante — e pode transformar sua carreira

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3 min readMay 29, 2020

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Profissionais com habilidade para pesquisar, prototipar, testar e facilitar processos criativos para melhorar a experiência de seus públicos serão mais valorizados.

Photo by Kelly Sikkema on Unsplash

(Por Leandro Herrera, publicado originalmente na Época Negócios)

Em meio à crise econômica gerada pela pandemia, uma das tristes notícias que mais chamou a atenção no contexto de negócios foi a demissão em massa no AirBnb. Em uma carta aberta, o co-fundador e CEO Brian Chelsky explica as razões que levaram ao desligamento, todos os benefícios que as pessoas desligadas teriam (incluindo 14 semanas de salário, ficar com o computador da empresa e pacote de ações) e detalha cada etapa do que irá acontecer ao longo da semana: de reuniões com os times até rituais de despedida daqueles que não farão mais parte da empresa. Foi considerado, com razão, um exemplo de líder empático. Eu vi neste processo um exemplo de design de experiência.

A cada dia que passa, vamos nos acostumando a um novo jeito de viver. Sabemos que é temporário e torcemos para que tudo passe logo mas, ao mesmo tempo, estamos experimentando outras formas de nos alimentar, exercitar, trabalhar, estudar e manter nossos relacionamentos. Em todos os aspectos, estamos nos abrindo e demandando novas experiências — e, como colaboradores, acionistas ou consumidores, estamos pressionando empresas a responderem a um novo nível de expectativa.

E é por isso que eu acredito que Design de Experiência será a habilidade mais valorizada nos próximos anos. Pelo segundo ano consecutivo, UX Design (abreviação de User Experience Design) aparece entre as 5 principais habilidades técnicas em alta demanda no mercado, de acordo com o LinkedIn. E, embora existam profissionais com o cargo de UX Designers, o conjunto de habilidades que possuem tem valor para profissionais de todas as áreas. Afinal, experiências fazem parte de todos os aspectos do negócio: da contratação ao desligamento, da produção à entrega, do consumo ao descarte.

Todos devemos ser designers

Não há “base tradicional” para designers de experiência — eles e elas vêm de uma variedade de origens e a capacidade de ter empatia, sintetizar e comunicar ideias, além de se interessar e compreender o comportamento humano são mais importantes do que a formação acadêmica-profissional. No AirBnB, por exemplo, a equipe de design tem ex-bailarinas, historiadores e matemáticos.

No dia a dia, criam mapas de empatia, jornadas do usuário, personas, testes de usabilidade, protótipos, entrevistas com usuários, facilitam processos de criação dentro da empresa. Quando diante de um novo desafio, sempre começam pelas pessoas: o que elas estão sentindo, pensando, dizendo ou fazendo? Como elas entendem esse problema? Qual a relevância desse produto para a vida delas? Qual seria a melhor experiência possível para que elas consigam esse objetivo? Como podemos mensurar a qualidade de sua experiência?

Em um contexto em que o mundo se torna mais imprevisível, em que as necessidades das pessoas mudam radicalmente em questão de semanas e as empresas precisam superar expectativas, mesmo em momentos em que elas mesmas estão em crise, colocar a experiência em primeiro lugar pode ser o grande diferencial competitivo nas organizações do presente e do futuro.

Esta não é uma tendência nova, apenas aceleramos algo que já acontece há anos: de acordo com um estudo da Mckinsey, as empresas que colocam o design no centro da estratégia crescem até duas vezes mais que seus pares.

A verdade é que design de experiência é importante demais para ser responsabilidade de algumas poucas pessoas dentro de uma empresa. Se queremos um futuro com mais empatia, precisamos de mais design de experiência no RH, no marketing, nas vendas, na logística, na fábrica e, principalmente, nas lideranças.

Você pode começar a aprender as habilidades de Design de Experiência hoje, agora, com diversos cursos online em formatos variados. E pode ter certeza: essas habilidades vão fazer muita diferença no seu futuro — inclusive (e talvez até mais) diante das crises que vivemos e ainda estamos por viver.

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