Dia 5 | Diário de Bordo #DPW2020

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10 min readAug 15, 2020

Acompanhe alguns destaques das aulas de hoje e aproveite o exercício prático para refletir sobre os temas do último dia.

No quinto dia, praticamos nossa empatia e nos preparamos para dar o próximo passo 👟

Começamos olhando pelo buraco de fechadura às vezes estreito e inacessível das empresas de tecnologia.

Alinhados com uma ideia recorrente nas aulas de hoje — de que a pessoa candidata deve ser colocada no centro do processo — demos espaço a sete empresas de diferentes setores apresentarem um pouco de seu propósito, cultura e prioridades, trazendo suas vagas abertas e dicas para candidato(a)s.

À tarde, mergulhamos ainda mais na questão da diversidade no desenvolvimento de soluções digitais, em uma conversa marcante com pessoas que em muitos momentos se sentiram excluídas socialmente.

Por fim, a masterclass da Monali falou dos encontros possíveis entre humanos e máquinas e tudo que vem mudando nas grandes empresas com a COVID.

O Heider, que viria conversar com a gente acompanhado da Marina, teve um imprevisto e convidou o Luiz Parussolo para o substituir.

Eles deram um belo panorama sobre os problemas que estão tentando resolver e a velocidade absurdamente rápida com que estão crescendo.

As vagas para o Picpay podem ser acessadas aqui: https://picpay.gupy.io/

O ifood tem um time de 2500 colaboradores, que ficarão remotos até pelo menos janeiro de 2021. Taís e Felipe trouxeram um pouco da cultura do ifood e contaram que as posições de Product Manager e Product Designer são as que mais tem vagas abertas.

As vagas estão disponíveis no site de carreiras do ifood.

“Uma habilidade que estamos olhando muito é pensamento estratégico, seja para liderança ou carreira junior.” — Felipe Lopes

“Para dar ainda mais transparência sobre nossa cultura e ações, criamos o site “abrindo a cozinha”, comunicando de maneira clara as principais decisões da empresa.” — Taís Nunes

“Todo dia é uma black friday pra gente.” — Taís Nunes

“Sei que o processo de transição de carreira é super dolorido e queria dizer que estou disponível no Linkedin para ajudar.” — Felipe Lopes

Lucas deu uma verdadeira aula sobre como a tecnologia pode colocar uma candidata no centro do processo e, ao mesmo tempo, solucionar desafios da área de recrutamento e seleção que liberam a pessoa recrutadora para fazer trabalhos mais criativos e complexos.

Pessoas e empresas podem se cadastrar na Revelo em busca do ‘match’.

“A tecnologia não está lá para substituir o humano, mas para empoderar o humano.”

“Pensa num profissional de recrutamento e seleção. Ele é responsável por preencher vagas difíceis, treinamento, cargos e salários, festa junina da empresa… Isso faz com que sobre pouco tempo para algo que é essencialmente humano, que é o filtro de cultura, fit comportamental dentro da empresa. Para eu permitir que ele exerça esse trabalho essencialmente humano, preciso tirar dele a carga operacional do processo de recrutamento.”

“A maior parte das oportunidades de trabalho no digital vêm de empresas que não eram digitais e estão se tornando digitais. Empresas tradicionais de varejo, do ramo de imóveis, carros, indústrias, turismo…“

“Eu provoco as pessoas a ter uma visão onde carreira e capacitação são coisas sempre juntas. Ter uma vida de constante aprendizado é o motor que leva você a crescer na carreira. Não é papo de vendedor, é papo de engenheiro: na ponta do lápis, quando você investe em educação, o ROI (retorno sobre investimento) é positivo.”

Nessa conversa, Daiany e Rômulo trouxeram informações sobre a dimensão do Magalu e a cultura que vêm criando nos times que trabalham com tecnologia, destrinchando sua área de Produto para mostrar os diferentes papéis e processos de desenvolvimento de pessoas que executam hoje.

Eles contaram em primeira mão que todas as posições do Luizalabs funcionaram em modelo de trabalho remoto, não só durante a pandemia mas também a partir de 2021.

Quem se quiser conhecer as vagas disponíveis na empresa pode acessar o portal Magalu Carreiras.

“Priorizar e repriorizar constantemente faz parte do nosso papel. A cada ano, parece que a gente tá numa empresa diferente. Este ano, parece que a cada trimestre a gente se reinventou.” — Daiany Corrêa

“A dica que eu dou para a pessoa se preparar para um papo com a gente é trazer não só projetos e cases de sucesso, mas também cases de erro, falando o que você aprendeu com isso e como isso te levou a evoluir profissionalmente.” — Rômulo Galvão

O banco BV (antigo Banco Votorantim) vem dando exemplos de como ser uma fintech prezando pelo desenvolvimento das pessoas: foram considerados a 5ª melhor empresa para se trabalhar no Brasil pelo ranking Glassdoor em 2020.

Você pode acessar as vagas abertas no BV aqui.

“Era um mito a ideia de que o remoto não funciona, conseguimos desmistificar isso no BV. Lidar com todo mundo remoto foi mais fácil do que quando tínhamos uma combinação de remoto e presencial. ” — Laís Parada

“A gente cada vez mais está buscando perfis questionadores, pessoas que sejam corretas, abertas, parceiras. Pessoas que gostam de trabalhar em conjunto e de forma simples. E que sejam corajosas.” — Laís Parada

“Na questão da diversidade, primeiro trouxemos muitos talks sobre empatia e sensibilidade. Mas muito mais do que sensibilizar, a gente precisa mudar alguns processos. Estamos agora no passo de acelerar, com iniciativas de formação e desenvolvimento de carreira para diferentes grupos.” — Laís Parada

Vinicius, da CI&T, trouxe conselhos importantes para se preparar para uma entrevista e se desenvolver como profissional em qualquer área; e falou abertamente sobre diversidade e o impacto da tecnologia na sociedade.

As vagas disponíveis na CI&T estão aqui.

“Não tenha medo da mudança. Tenha valores em comum com sua empresa. Saiba trabalhar em grupo. Enxergue os problemas como ouro. Priorize o aprendizado contínuo.”

“Tudo o que fazemos é sobre resolver problemas. Estamos resolvendo problemas o tempo todo, inclusive quando erramos. precisamos entender o erro mais como algo que gera aprendizado do que uma coisa ruim.”

“Liderança não é papel, não é cargo. É fazer o que precisa ser feito. Eu não vejo valor em haver uma hierarquia para reportar informações.”

“Um erro que muitas pessoas cometem é esperar ter o papel para começar a fazer a diferença.“

“Diversidade é uma jornada, a gente aprende a cada interação que a gente tem.”

“Acredito muito que tecnologia será um viabilizador da transformação social que conseguimos ver.”

Beatriz e Kassya falaram em nome da Creditas sobre a cultura da empresa, como estão lidando com os desafios de contratação e quais são as principais vagas. Todas as oportunidades abertas estão no portal de vagas da Creditas.

“ As perguntas-chave que fazemos na hora de contratar, muito mais que as soluções e entregas da pessoa, são como ´que problema você enxergava naqueles clientes?´, ´quais foram as hipóteses levantadas para chegar naquela solução? Quais foram os testes para aquelas hipóteses serem validadas?” — Beatriz Juhrs

“É muito importante um candidato ser transparente sobre o que sabe ou não sabe, mas também o quanto vai atrás para aprender.” — Kassya Lourenço

Nesse painel, antes da conversa começamos com a Alma.

“Meu pai nasceu em 1947, na Filadélfia. Ele foi um de treze filhos, de pais negros. Em 1964, o pai dele morreu e todos os irmãos foram distribuídos no sistema de orfanatos. Ele nunca mais viu os irmãos. Um ano depois quando ele foi procurá-los, descobriu que eles não registravam as crianças negras que entravam no sistema. Quando eu penso sobre luta, racismo e música como ferramenta de antirracismo, que fala sobre o que a gente perde e o que a gente ganha, me lembro de uma música, lançada também em 1964, o ano em que foram assinadas as leis de direitos civis: Ain´t got no, da Nina Simone.” — Alma Thomas

Depois de cantar uma sequência de músicas inspiradoras, teve início a conversa sobre diversidade.

Ao se apresentar, Juliana Martins citou Conceição Evaristo:

“A nossa fala estilhaça a máscara do silêncio”.

Nessa conversa sem máscaras nem silêncios, nos aproximamos um pouco mais de pessoas que sentiram na pele as barreiras do mundo corporativo em relação à formação de times genuinamente diversos.

Nenhuma inovação tecnológica, criação ou algo que impacta o mundo vem do padrão. Mas mesmo assim era exigido de mim que eu seguisse um padrão, a maneira de pensar das outras pessoas. Mas sendo uma pessoa autista minha maneira de pensar é diferente, não dá para exigir o padrão.” — Joyce Rocha

“Eu só comecei a estudar música porque eu vi uma outra mulher que parecia comigo tocando. Representatividade pode te levar para o caminho da sua vida. Se você não se vê, não vai fazer.” — Alma Thomas

“Eu sempre me senti diferente. A questão é que em alguns lugares eu senti que minha diferença foi aceita e em outros lugares essa diferença não foi aceita. Trabalhar no Comitê Paralímpico me empoderou, eu saí daquele bolha de inclusão para levar um pouco dessa bolha para outros lugares no mercado onde eu poderia estar.” — Joyce Rocha

“Eu vivi a maior parte da minha vida em terceira pessoa, para conseguir sobreviver.” — Luana Pimentel

“Se a gente não vê cor, a gente não vê a história da pessoa. Ignorar nossos traços não ajuda o debate sobre diversidade.” — Alma Thomas

“Eu continuo o tempo todo no processo de me entender. Vejo isso em muitas pessoas trans, a maioria não deixa de quebrar barreiras a partir do momento que se identifica como pessoa trans. Barreiras de gênero, de papéis de gênero, de estereótipos do próprio gênero que ela se identifica no momento.” — Luana Pimentel

“A própria configuração dos idioma carrega vieses, como o da associação de homens a atividades produtivas e mulheres a outros tipos de atividades, por exemplo. Se a linguagem influencia minha forma de pensar e interpretar o mundo, também vai influenciar a maneira como eu me comunico e, consequentemente, a forma como eu escrevo meus algoritmos.” — Robson Santos

“Todos somos diferentes. Dar visibilidade às marcações de diferenças das pessoas não é separar as pessoas, as marcações servem para que as diferenças sejam olhadas, reconhecidas e acolhidas” — Aline Santos

“A frase ´descansa militante´ tem que ser mais aceita na sociedade, porque cansa nossa beleza fazer isso o tempo inteiro.” — Luana Pimentel

Para encerrar a jornada, Monali trouxe de maneira clara e objetiva as razões que fazem do trabalho humano a parte mais valiosa das empresas, especialmente no futuro do trabalho.

“Não importa quantos avanços tecnológicos façamos, sempre vai ter uma necessidade pelo humano. Uma tecnologia não pode ser criativa. Você não consegue reinar um robô para ser empático.”

“A tecnologia realmente te permite fazer mais conexões. A quantidade aumentou, mas como assegurar que essas conexões sejam autênticas?”

“Os talentos humanos são o aspecto mais importante de uma empresa. Mais do que a tecnologia. Porque na prática são as pessoas que criam a tecnologia, no dia a dia, elas que dão a vantagem competitiva para um negócio.”

“Empatia é a habilidade de dizer: eu não tenho certeza, eu nunca passei por isso, eu não sei o que você está passando. Então baseado no que você está me dizendo, eu tento imaginar o impacto disso em você. E pergunto: o que eu posso fazer para você? Qual é a melhor maneira de dar o apoio você precisa para passar por isso?”

“Na hora de rever sua carreira, pense: o que me impulsiona? O que me motiva? Independente do mercado, salário, cargo.. quais são as coisas que eu curto e sei fazer e quais são aquelas das quais eu quero me afastar?”

“Antes de você contratar candidatos novos pensando em diversidade pense: quais são as diversidades que você tem hoje na sua empresa? Quais recursos eles têm? Eles sentiram que receberam as oportunidades para avançar na carreira deles? Qual é a percepção deles a respeito das lideranças? Quais são os pontos cegos das lideranças?”

“Você pode ajudar uma pessoa a se desenvolver como liderança, mudar sua mentalidade, mas para isso é preciso construir confiança primeiro. Se o líder não confia que você está agindo no seu melhor interesse, não vai estar aberto a ouvir e mudar, porque você está pedindo para essa pessoa ser vulnerável.”

“O próximo passo está sempre muito perto de você”, lembrou Gustavo Ziller, na terça.

Para ajudar você a processar as informações dos últimos dias dar seu próximo passo, trouxemos o exercício prático “Canvas de Planejamento de Carreira”, na biblioteca do quinto dia no LXS.

Boa decolagem!

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