Pesquisa RE:Trabalho 2018

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4 min readFeb 20, 2020

Uma investigação sobre o futuro do trabalho e o impacto da tecnologia nas pessoas e organizações do amanhã.

EDIT: veja aqui a versão mais atual da pesquisa, lançada em fev/2020.

A pesquisa Re:Trabalho 2018 é uma investigação inédita no Brasil que busca descobrir como o avanço da tecnologia em todas as camadas da sociedade está transformando a relação das pessoas com o trabalho, quais são as competências mais valorizadas nos profissionais do futuro e como as empresas estão mudando a forma de trabalhar para atrair e reter talentos.

Não existe aqui isso de ‘só pode ser analista se tiver curso superior’. Na área de tecnologia então… nem sei no que a pessoa se formou, não estou nem um pouco preocupada. A pessoa tem que ser boa, tem que ter pensamento ágil, conhecer o mundo.

(Head de RH de Grande Empresa de Tecnologia)

A transformação digital já é amplamente percebida no mundo do trabalho.

A maioria das empresas (86%) e dos profissionais (85%) consultados afirmaram que o impacto da inovação tecnológica já afetou total ou parcialmente seu trabalho nos últimos cinco anos. Mais da metade das empresas (56%) afirma que as mudanças já afetaram totalmente o negócio.

O sentimento geral é otimista.

Mais de 88% das pessoas se diz empolgada com a chegada da tecnologia no trabalho e mais de 86% está confiante de que essa transformação vai gerar cenários positivos para o seu trabalho. Nas empresas, 83% é entusiasta da mudança.

Muitos profissionais acham que estão capacitados, mas não estão.

Percebemos um contraste entre a expectativa otimista desses profissionais e seu conhecimento efetivo das ferramentas necessárias para encarar o desafio da transformação digital no trabalho.

Entre os profissionais que se declararam capacitados digitalmente, 12% não conhecia nenhuma das competências técnicas listadas e 30% disseram não possuir nenhuma delas. A mudança de mindset necessária para encararmos essa revolução no trabalho começa pelo reconhecimento de que a maioria de nós não está tão preparada assim.

O impacto vai chegar para todos.

Os perfis de quem foi impactado negativamente e quem não foi são similares em todos os recortes. É apenas uma questão de tempo até a onda de transformação alcançar todos os mercados e profissionais — quem acha que já está capacitado será pego de surpresa.

As empresas enfrentam desafios para se adaptar.

37% das empresas disseram que estão inseguras e têm dificuldade de administrar o processo de transição para o mundo que já chegou.

Mais da metade (54%) entende que desenvolver uma área digital é necessário para a sobrevivência da empresa e, apesar de 81% já investir em um algum processo de digitalização, 71% não têm budget pré-aprovado para os próximos 2 anos e 73% ainda não têm um projeto ou programa para atrair talentos digitais.

As empresas precisam direcionar o caminho.

O papel das empresas é importante na definição de quais são as competências mais relevantes e prioritárias para seus colaboradores se atualizarem.

Porém, enquanto no “C-level” a necessidade de transformação está mais clara e as lideranças dizem que incentivam a busca por comportamentos digitais (77%), nos níveis mais baixos (gerentes, analistas) esse impulso top-down não está sendo percebido: apenas 50% dos colaboradores percebem algum incentivo.

O digital vai além de competências técnicas, é um comportamento.

Os times de RH estão usando novas abordagens para atrair e contratar talentos adaptados ao fluxo digital do trabalho. As habilidades mais demandadas são “Criatividade e inovação”(73%) e “Trabalho em equipe / Gestão de conflito / Gestão de pessoas”(54%).

Entre os profissionais, a principal motivação para aprender uma nova competência técnica digital é tornar-se um “profissional multidisciplinar” (48%), à frente de outras motivações como, por exemplo, aumentar a remuneração (24%).

A educação formal não basta.

Poucos profissionais vêm optando pela educação formal (graduação e pós-graduação) na busca de desenvolver suas capacidades digitais. A maior parte lê livros (60%), faz curso de aprimoramento em sua área (57%) ou frequenta eventos e palestras (46%).

Aprendizado contínuo é essencial.

Tanto quem está há anos no mercado quanto quem está chegando agora precisa estar preparado para continuar aprendendo, qualquer que seja o cargo ou setor. A transformação digital exige uma atitude de “eterno novato” e cada vez mais os profissionais precisarão buscar cursos, livros, eventos e diversas outras oportunidades de atualização para conseguir lidar com o novo fluxo de informações que está moldando o futuro do do trabalho.

Baixe aqui o relatório completo.

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