Quase um ano estagiando na Tera. Um aprendizado de mergulho
Eu estava num momento conturbado profissionalmente e inclusive se consigo dizer que uma carreira profissional existe foi algo que foi muito trabalhado durante minha jornada na Tera.
Estagiava em uma escola de educação financeira e estava caminhando para um universo novo demais para mim. Ao iniciar a licenciatura em Letras, imaginei que seria inserido em espaços de aprendizado convencionais. Escolas com portões, quadros com o educador na frente do processo, planejamentos pedagógicos e a figura do educador muito cultivada pela mídia e completamente distante do cenário real.
E desde que iniciei minha licenciatura em Letras estagiei e estive em espaços educativos não convencionais e pro meu bem. Trabalhei com educação em um Quilombo, tive a oportunidade de trabalhar no processo de alfabetização dentro Cracolândia, um ambiente totalmente despedido de olhares do estado e despedido de suprimentos para se educar, viver e garantir o futuro, o que entendemos dele. Depois embarquei em uma escola de educação financeira e percebi que meu currículo enquanto futuro educador estava se inclinando cada vez mais para fora do ambiente escolar.
Eu trabalhava em uma escola de financeira e minha função enquanto estagiário era passar a jovens aprendizes de idade próxima a minha sobre a importância de se tornar o profissional ideal par ao mercado e me sentia totalmente desviante do que eu contava em sala.
Pois, para muitos, ser um profissional excelente estava muito longe da realidade de um país diverso como o nosso; onde trabalhar desde cedo com o que se sonhou é um enorme privilégio.
Embarco então em direção a Faria Lima para minha primeira entrevista. Um nervosismo gigante. Um corpo negro em um prédio gigante no tão famoso Vale do Silício. E desde então tive diversos aprendizados. Ser estagiário na Tera me proporcionou virar a chave e entender que enquanto profissional da linguagem em formação poderia criar e contagiar para além de ser a figura taxativa das regras gramaticais em sala de aula.
E daí termos em inglês, métricas de negócio e conversas sobre produtos digitais acabaram se tornando parte da minha rotina. Energizei por quase um ano o papel de atendimento na Tera e via a importância do trabalho que realizamos. Pois, está íntimo a um ponto muito sensível em todos: os sonhos profissionais.
Lidar dia a dia com estudantes, ouvir suas questões e ajudá-los a entender sobre como estamos contribuindo a Economia Digital me tornou com certeza uma pessoa mais segura. Inclusive entendi que a culpa nunca mais é do estagiário. Que podemos errar e que erremos a tempo de conseguir prototipação as falhas e torná-las solução.
Não romantizo o fato de que em uma empresa pode-se viver 7 anos em 1. Mas vejo que na Tera vivi uma experiência de muitas oportunidades e uma startup cresce de uma maneira tão rápida que ao olharmos para trás vemos que desenvolvemo nossas habilidades num pêndulo. Momentos sênios, momentos júnior, momentos escuta, momentos nofront. E a Tera me deu isso de presente.
Pude realizar projetos que conectaram o meu sonho de mover a educação dentro da economia digital. Entendendo que o atendimento, o Customer Success e papéis ligados ao contato direto com o estudante possuem uma responsabilidade que vai pra além do que aprendemos nas cartelas de atendimento: “ Encantar o cliente”. Pois na Tera aprendi que estamos juntos com nossos estudantes do início ao final da jornada. Na recolocação, ou troca radical de mindset. Pois, soltamos as ferramentas convencionais de trabalho das mãos e o ideal do profissional perfeito e sucedido dá lugar um profissional disposto a aprender e que com está desenvolvendo cada vez mais uma velocidade de aprendizado e inteligência coletiva.
Até logo Tera.
Vamos nos encontrar de novo e de novo. Com certeza.
