A pequena enorme diferença entre ajudar e (apenas) agradar.

Andre Foresti
TroubleMakers
Published in
2 min readAug 2, 2019

Lendo o livro do Guy Kawasaki me deparei com essa frase. Postei no meu instagram, onde sempre compartilho muitos conteúdos, e recebi muitas mensagens inbox dizendo a mesma coisa: isso é muito você.
Na verdade, tanto acredito nisso que tirei do livro e trouxe pras minhas redes.
Mas por outro lado, saber que algumas pessoas te reconhecem nisso é bem interessante.

É um assunto que sempre me causa duplas emoções e sensações.
Acredito muito nesse comportamento: em ser honesto, dizer a verdade, expor os problemas, mexer mesmo na ferida que vá movimentar as coisas.

Ajudar é isso.

Porém, nem todo mundo gosta ou tá pronto pra receber aquilo e daí você lida com pessoas que ficam chateadas, desmotivadas ou, pior, bravas. A velha frase: não mate o mensageiro.

Confesso que andava com preguiça de fazer o que sempre fiz. Pois dá muito trabalho. Passar pano e ser legalzinho é o caminho mais curto.
Outro dia numa universidade, resolvi dar uma palestra de igual pra igual, encarando galera bem mais nova como colegas de profissão. Papo reto.
Os 20% que esperavam mais um showzinho, padrão influencer pra agradar mulecada, dormiram.
60% olhavam sem piscar, um pouco de medo e ao mesmo tempo curiosidade pelo que estava acontecendo. E os outros 20%, ahhh os outros 20: “cara, você abriu minha cabeça e agora eu vou fazer isso, isso, isso.”

E daí tudo vale a pena.
Gratidão é legal, mas é uma recompensa menor do que o fato de ver alguém melhorar. E pequenas palavras, por mais duras que sejam, podem impactar muito a vida de alguém.

Claro, uma coisa eu aprendi no caminho: o JEITO DE FALAR. Dá pra falar de coisa séria de uma forma mais acolhedora, inspirada, convidativa e até positiva. Tento muito me desenvolver nisso.
Aliás, um paralelo: nos processos e projetos da Troublemakers, em vários momentos temos que expor ao cliente realidades duras e evitar que ele fique abraçado no status quo e crença limitante.
Muitas vezes dói pra eles. Mas encarar essas coisas difíceis é o que nos faz andar. O tal “encontre o desconforto”, né?

Fiquei feliz pelo impulso de ter postado essa foto.
A vida é uma escola e ao ajudar os outros, volta sempre para você.
Um simples post resgatou em mim uma coisa que sempre me deu muito prazer. To mais animado que nunca para ajudar, mesmo sem agradar.

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