Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial é uma startup. Outros defendem que é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, onde o cenário da incerteza e dos baixos custos é determinante para a possibilidade de um rápido crescimento daquele ambiente.
Já o Corporativo é entendido como um ambiente burocrático e estável, onde seus colaboradores se adequam a uma cultura já existente e suas oportunidades de crescimento devem estar coerentes com as estratégias da organização. É o chamado método tradicional de consolidação de carreira.
Atualmente, é muito comum ver jovens entre 18 e 34 anos (também conhecidos como millennials) desistindo de suas carreiras em grandes empresas e montando seu próprio negócio (startups). Esse cenário tem levado muitas corporações a repensarem seu modelo de negócio para se adequarem às novas gerações.
"Somos Beta"
Eu, como millennial, fiz o caminho contrário. Desde 2015 tenho uma startup e nunca pensei que pudesse me enquadrar dentro de uma grande empresa. Ao menos esse era o pensamento até ser admitida na Wiz. E por quê? Na Wiz eu conheci um ambiente corporativo com ideais de startup. O primeiro deles, e que mais chamou minha atenção, foi: “somos beta”, que é basicamente um termo de tecnologia usado para mostrar que estamos sempre em desenvolvimento, mesmo que isso envolva errar inúmeras vezes até atingir o ponto certo.
"Trabalho em equipe"
O segundo, e também muito importante, fala sobre o trabalho em equipe: “Várias cabeças pensam melhor que uma”. Apesar de existir uma hierarquia de responsabilidades, que é bem diferente da organização horizontal das startups, a Wiz é uma empresa que nunca ignorou meus pensamentos e opiniões, me dando mais confiança e vontade de tirar um projeto do papel. Aqui, tenho a possibilidade de participar ativamente da tomada de decisões e mais autonomia para lidar com as minhas responsabilidades.
Só esses dois conceitos já me fizeram estabelecer uma conexão intraempreendedora com a empresa. E a ideia de que posso aprender, errar, crescer e ainda estar em um ambiente estável e ao mesmo tempo desafiador, me fez entender que o corporativo pode sim estar ligado diretamente à inovação.
Propósito
Sempre que falo sobre corporações, me perguntam: "ok, você gosta do seu trabalho, mas ele te dá propósito?" Pra mim, a ideia de propósito é a de que você possa estabelecer uma relação pessoal com o produto/serviço que está oferecendo. Um exemplo disso é a medicina: a maioria dos médicos se importa com o salário que irá ganhar, mas o propósito de ajudar pessoas é o que os move diariamente. Aqui na Wiz eu trabalho como UX Designer, e trabalhei com design desde o início da faculdade. Antes de entender se eu tinha um propósito dentro da empresa, eu me perguntei se eu tinha um propósito com a minha profissão, e a ideia de fornecer soluções através do design sempre me deu muito ânimo. E assim, eu também entendi que poderia desenvolver minhas habilidades com as ferramentas de design e trabalhar para um objetivo em comum dentro da empresa.
Processo seletivo
E pra finalizar, vou voltar ao começo: o processo seletivo! Já participei de outros processos, mas todos eles seguiam o mesmo padrão: envio de currículo + entrevista presencial. Na Wiz, o processo também foi diferente. Logo de cara tive que responder 3 perguntas por vídeo e depois de ter sido selecionada tive uma imersão na empresa por meio de um hackathon. O desafio era criar um app de seguros e resolver problemas de acessibilidade e inovação, temas que tem tudo a ver com a transformação digital das startups atualmente.
E se você continua achando o espaço corporativo muito "burocrata", meu conselho é: perca um tempinho lendo sobre os valores, visão e missão da empresa. Converse com alguém que já está lá dentro. Nem toda burocracia é chata e você pode sim fazer a diferença lá dentro!
E se você for uma empresa e está tentando se reinventar, aprenda com as startups!
Por: Amanda Elyss, UX Designer na Wiz
