Sobre a música

A música é, de certo modo, a arte suprema da alma

Itamar Firmino Lima
2 min readMay 19, 2014

A música, por sua vez, deveria ser a arte suprema em meio aos humanos, pois, dentre todos os achados, a música foi o achado mais precioso já encontrado; nada poderia se comprar a esse tesouro.

A música está dentro da natureza, a música é algo totalmente natural. A música, ela rege o Universo, as coisas, as formas, as vidas; quebra a barreira de todo o tipo de mal que há na humanidade, ela, simplesmente, quebra muros sólidos, plantados à base de concreto do preconceito; ela rompe a barreira da injustiça, da angustia, da tristeza; entra no mais íntimo da alma humana, e, com todo o seu furor, quebra a demasiada solidão.

“Dai-vos um copo por completo de música a alma do homem, e ela nunca mais irá ter sede.”

A música sempre esteve inserida na natureza, ela sempre esteve antes mesmo do homem existir. Ela sempre esteve em qualquer forma, em qualquer lugar; ela sempre esteve na alma do homem, que nem ele mesmo soube que a mesma existia. O homem viu que a música era boa, e dela fez o mais belo movimento do mundo, a orquestra mais bem feita por ele mesmo.

“A música fez o homem.”

Até no mais perpétuo abismo há música. Há música no mais fundo poço da solidão humana. Há música até no mais distante caminho da força de vontade.

Há algo que, ao acordar todas as manhãs, a natureza se levanta levemente com o canto mais belo já reproduzido aos ouvidos do homem.

Ela levanta-se com a mais simples e majestosa forma, mostrando que há meios onde tudo pode ter um porém. Ela ergue-se ao som do mais saudoso gesto de sua forma; e, ao dormir, curva-se ao resplendor com a mais sinuosa sinfonia de si mesma.

A alma dança, se glorifica, quando há música, quando há um movimento entre tudo; a alma se alegra, quando ela sabe que há algo que pode-a mover. O espírito toma a sua forma, faz do homem que ele quer, transcende todas as formas da natureza ao homem.

“A música é, de certo modo, a arte suprema da alma.”

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