#Especial800 | O que o SP Norte pensa sobre 8 coisas
por Bruno Viterbo
Também publicado no site do SP Norte, em fevereiro de 2018
Um apoio. A rede social mais acessada do mundo tem algoritmos que ninguém sabe decifrar — nem nós. Matérias mais interessantes do SP Norte têm, várias vezes, menos curtidas que informativos como a operação cata-bagulho, por exemplo. Com isso, não podemos colocar todas as fichas no “Face”. Se, por um lado, grandes veículos de mídia estão até abandonando a rede social, como a Folha de S. Paulo recentemente, por outro, o próprio Facebook tem investido em notícias locais — como nós, e você, como também produtor de informação. Só que esses investimentos ainda são locais, nos Estados Unidos.
Indispensável. A maior parte do tráfego em nosso site parte de pesquisas do maior buscador do mundo. Como nosso site possui as tecnologias que o Google pede, como ser responsivo e com páginas que abrem mais rápido em smartphones, o buscador é, no momento, nossa alavanca, que faz com que os leitores, quando buscam vários termos relacionados à Zona Norte, cheguem até nós.
Internet
Fundamental. O veículo de comunicação que não estiver, de alguma maneira, na web, vai naufragar. O acesso facilitado à rede, bem como novas tecnologias, estão mudando os hábitos de leitores e consumidores. No entanto, ainda não é lucrativo — nem para nós, nem para nenhum outro veículo, seja pequeno, médio ou grande, que ainda buscam saídas para pagar as contas por meio de acessos e cliques.
Notícias pagas
Uma saída (para os grandes). Você já deve ter acessado alguns sites e, de repente, aparecem mensagens como “você alcançou o limite de dez reportagens por mês”. Diante disso, o leitor tem que fazer um cadastro (por vezes gratuito) ou fazer uma assinatura que, geralmente, começa a preços módicos. É o paywall, algo como “muro de pagamento”, em tradução literal. Essa é uma saída que grandes jornais em todo o mundo têm tomado — alguns com sucesso, como americano The New York Times. É algo cultural: o brasileiro, crente de que a internet é “terra de ninguém”, um “território livre”, acredita que apenas pelo fato de estar na web não precisa pagar. Porém, esquece que quem produz aquilo (texto, vídeo, foto) também é um trabalhador e tem que receber salário. No caso do SP Norte, que sempre foi um jornal semanal impresso, com distribuição gratuita, essa não é, definitivamente, uma saída.
Jornal impresso
Hoje, fundamental. Em todo o país, é o impresso que ainda paga as contas, mesmo com o crescimento da web — que não dá lucro e, muitas vezes, tem prejuízo pelos motivos já falados antes. Se terá um fim? Provavelmente, mas ninguém sabe dizer quando. Há algumas apostas: o The New York Timesacredita que este fim será em dez anos. Nós acreditamos que os jornais locais e regionais, ou aqueles distribuídos gratuitamente, terão maior durabilidade que os grandes, que são comprados ou assinados.
Jornalismo local
Cada vez mais crescente. Em um mundo com tantas opiniões, alternativas e opções, a tendência de coisas específicas é cada vez maior, em todas as áreas. No jornalismo, é a mesma coisa: os leitores querem coisas que os aproximem de suas realidades, gostos e interesses. O noticiário local cumpre papel fundamental para a convivência entre os próximos, longe dos generalismos da grande mídia, e próxima dos problemas e soluções locais. A multiplicidade de vozes e de veículos também é outro fator aproximador de nossa gente.
Uso para cocô de cachorro (e outras funções)
Qualquer jornal é formado por várias substâncias, que fazem a coloração das tintas impressas no papel. Por esse motivo, dependendo do contato que seu pet tiver com o papel, pode ser nocivo à saúde dele. Não recomendamos este tipo de uso, mesmo depois de lido. Além disso, como afirmado antes, o SP Norte possui distribuição gratuita, sendo sua venda proibida e ilegal. O uso é liberado para outros fins, após a leitura, como proteção para transporte de objetos pontiagudos ou quebradiços, para gaiolas, dobraduras e criações artísticas.
Zona Norte
É preciso sair da bolha. É muito fofo dizer que a região possui “clima de interior” ou outras alcunhas do tipo. Porém, são reducionistas. Não à toa, a região é muitas vezes menosprezada por moradores de outros locais, mesmo oferecendo opções tão boas quanto vistas em bairros mais visitados. Além disso, a conotação interiorana acaba por enfraquecer a região politicamente: são raros os nossos representantes, de um lugar que possui mais habitantes que vários países espalhados pelo mundo — e com problemas complexos, como toda a capital.