Planilhas de Treinamento: a tecnologia que auxilia o trabalho dos treinadores

Dg Comunicação Digital
SportTraining
Published in
4 min readDec 21, 2017

Os erros e acertos na periodização podem comprometer ou consagrar todo um trabalho de preparação de atletas, por isso o assunto precisa ser levado a sério

Periodizar. O termo é um grande conhecido dos profissionais de educação física, principalmente dos treinadores. Todavia é um tanto quanto negligenciado por boa parte deles. Na teoria, periodizar significa planejar o treino de um atleta ou aluno, desde os primeiros dias até o fim de uma temporada, por exemplo.

Na prática podemos dizer que significa conhecer detalhadamente aquele aluno, suas limitações e capacidades, mensurar até onde ele pode chegar e qual será o melhor caminho para isso. Objetivo esse que não pode ser alcançado sem que se tenha registros históricos de cada dia de treino e cálculos das diversas variáveis como velocidade, resistência, força, fadiga muscular, entre outros.

Para o Doutor em Treinamento Desportivo, Professor Antonio Carlos Gomes, atual Superintendente de Alto Rendimento da CBAt (Confederação Brasileira

de Atletismo) e autor de vários livros e estudos sobre o assunto, “um treinador que trabalha sem controle aumenta a possibilidade de errar na prescrição do treino.”

Gomes foi o idealizador e autor das 6 Planilhas de Controle de Treinamento e de Periodização que comercializa entre professores e treinadores de todo o Brasil. Os arquivos funcionam como guias práticos para que o profissional controle a carga de treinamento e direcione o processo de treino, bem como registre todas as atividades realizadas diariamente.

Gomes explica que existem diferentes planilhas que auxiliam o treinador na prescrição e controle dos treinos. São elas as planilhas de controle de carga externa e as que controlam o efeito do treino no organismo do praticante. “A junção dos dois tipos de planilhas facilita para o treinador/professor ter a real ideia do que está ocorrendo com a adaptação às cargas de treinamento de seus alunos”, resume.

Um dos mais importantes princípios que devem ser levados em consideração, segundo ele, é a individualidade biológica de cada atleta. Ou seja, cada organismo pode responder a uma carga de treinamento de forma distinta e isso é completamente normal, uma vez que os organismos são diferentes.

Tais mudanças ocorridas nos praticantes podem ser tanto positivas quanto negativas “e, sem dúvida, ao controlar a carga de treino e seus efeitos, o treinador consegue melhor individualizar o treino atingindo melhores resultados com seu aluno”, destaca.

Com atletas em estágios mais avançados os desafios são ainda maiores. Gomes explica que o feeling do treinador permite que ele tenha uma boa prática no início dos trabalhos, mas que com o passar do tempo a evolução do praticante, no que diz respeito aos níveis neuromusculares, se tornam menos claras. Ou seja, fica mais difícil mensurar os resultados do que num atleta recém iniciado na modalidade.

Gomes ressalta que a melhor forma de ter o controle nesse momento é administrar a carga de treinamento de forma mais precisa possível para diminuir as margens de erro. “O professor que tem boa sensibilidade do que está fazendo e que tem uma formação acadêmica mais apurada, já compreende que só é possível ter um trabalho de qualidade se ele tiver controle (histórico) de onde veio, como está, e para onde pretende levar o programa de treino de seus comandados”, argumenta Gomes.

Na prática

Carlos Eduardo Rosa da Silva é personal trainer pós-graduado em Biomecânica e preparador físico da equipe handebol adulta de São Caetano do Sul, em São Paulo. Ele adquiriu, no início desse ano, cinco planilhas do professor Antonio Carlos Gomes, entre elas a de Controle Aeróbio/ Anaeróbio, da Velocidade do Movimento, da Resistência da Velocidade, de Treinamento Individual e Treinamento Coletivo.

Essa última é a que Silva tem usado nos últimos meses com a equipe de Handebol, que disputa a Liga Nacional e está, atualmente, na 3ª colocação. “Estamos no início da temporada, fizemos apenas 1 jogo. Porém o primeiro resultado foi surpreendente, terminamos o jogo com 10 gols de vantagem para uma equipe que é considerada nossa adversária direta”, conta o preparador.

Para Silva as planilhas têm sido te extrema ajuda e fáceis de compreender. Bastou inserir os dados do calendário da equipe para que o sistema gerasse a periodização para a temporada. “Sempre que monto uma sessão de treinos faço baseada nas cargas calculadas pela planilha, facilitando que tipo de atividade devo priorizar na determinada data. Me ajuda muito na distribuição das cargas nos dias de treinamento e qual via energética priorizar nos determinados dias do microciclo”, conta.

As planilhas estão disponíveis no site oficial da Sport Training: goo.gl/4RU19Y e são encaminhadas via e-mail para todo o país.

--

--