Meu primeiro Startup Weekend — São Paulo 2018 — Terceiro Lugar!
Meu interesse por startups é grande há tempo — tenho forte paixão por inovação e desenvolvimento de uma ideia que possa impactar o mundo e a vida das pessoas de forma positiva.
Tendo isto em vista, me inscrevi para participar do Startup Weekend de São Paulo, que ocorreu nos dias 20, 21 e 22 de abril. Esse é um dos principais eventos desse ecossistema, conhecido pela agilidade na validação das ideias e na criação do produto, em apenas 3 (intensos!) dias.
Me inscrevi como desenvolvedora — que é a área na qual atuo — e fui!
O evento ocorreu no InovaBra Habitat, em São Paulo. Um espaço bem bacana e harmonioso.
Logo no primeiro dia à noite(sexta-feira, 20) os interessados em apresentar algumas ideias levaram ao palco pitches de 30 segundos, que seriam posteriormente votados.
Eu aproveitei a oportunidade e também apresentei uma ideia. Aliás, recomendo que todos que vão ao evento façam isto. Por mais boba e simples que seja, isso pode abrir portas e a aquisição de experiência é garantida.
Apresentei minha ideia e, por um pouquinho, ela não foi selecionada para continuar. Assim, entrei em uma das 11 outras ideias que foram escolhidas pela votação do público.
Escolhi uma que procurava solucionar o problema relacionado ao excedente de comida em restaurantes.
Passamos parte da madrugada e o sábado inteiro (21) validando essa ideia. Fomos às ruas e perguntamos a donos e gerentes de padarias, restaurantes de self-service, rodízios e lanchonetes a respeito. E, no final, verificamos que a maioria não possuía essa dor que achávamos ser um agravante.
Percebemos algo diante disto: minha dor pode não ser a dor dos outros!
Não podemos começar a validar partindo da solução. O problema é o que marca o sucesso do negócio. Você precisa encontrar a dor do seu público-alvo, e eles passarão a usufruir da sua solução por ser algo que precisam.
Após descobrirmos que algo que acreditávamos que fosse mudar o mundo não surtiria o efeito esperado — e ficarmos um pouquinho desiludidos com isso, passamos a focar em outros problemas que o mesmo público-alvo também poderia passar.
A equipe começou, dessa forma, a pivotar a ideia. Hurry! Um membro apontou um ponto muito interessante, e começamos a validá-lo se realmente era um problema.
Fail fast!
Após várias ligações, mensagens e conversas descobrimos que finalmente havíamos achado um problema!
Com a ajuda de mentores, já às 18h do sábado — tínhamos ainda que preparar o MVP e apresentá-lo no dia seguinte para esse mesmo público-alvo — conseguimos encontrar um fluxo que solucionasse o problema que encontramos. Corremos para desenvolver um MVP à noite para ele ser validado no dia seguinte.
No decorrer do evento, várias talks construtivas ocorreram. Pessoas que já haviam passado pelas mesmas experiências que estávamos passando deram dicas valiosas que nos encorajaram e motivaram a seguir em frente, mesmo pelo cansaço e correria do processo.
No domingo (22), logo pela manhã, uma parte do grupo foi validar o MVP com o público e outra parte ficou responsável por desenvolver o pitch e outros protótipos necessários para a apresentação. Dados também foram coletados para reafirmar que estávamos tratando de algo que possuía mercado.
Tivemos um pré-pitch pela manhã e outro à tarde. Isso foi muito útil pois conseguimos obter feedbacks dos mentores sobre o que estávamos fazendo de errado e que caminhos deveríamos tomar para sintetizarmos todo o conteúdo necessário em 3 minutos.
Às 17h as apresentações se iniciaram. Havia chegado a hora!
Todas as equipes se apresentaram muito bem. E, uma das coisas mais interessantes, é que todas, ou quase todas, mudaram sua ideia inicial assim como nós. Esse talvez seja um dos pontos de maior aprendizado do evento.
Não se apegue à sua ideia, se apegue ao problema.
Não tenha medo de mudar.
A apresentação foi realizada! Ficamos em terceiro lugar!
Nossa equipe era composta por 9 pessoas, que possuíam os mais diversos pontos de vista, opiniões e culturas. Não foi fácil conciliar todas as ideias, visto que o agito de todos era intenso e tínhamos que dar o nosso máximo a todo momento. Foi um aprendizado muito grande e um crescimento forte na maturidade.
Foi uma experiência excepcional. Agradeço a todos pelo evento, e fico muito feliz pela mudança que ele traz na vida de cada um!
As coisas se tornam reais rápido. Por vezes, procrastinamos demais para fazer algo, validar uma ideia, ou simplesmente se perguntar se aquilo é um problema. Fizemos isso em poucos dias, desenvolvemos um produto em poucas horas e apresentamos tudo isso em minutos. O aprendizado: será para uma vida inteira.