O Scratch é maior do que você pensa!

Stefany de Sá
Stefany Sá
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4 min readDec 27, 2019

Aqui vai um relato de experiência sobre o CBCA por Stefany de Sá e Bruna Vasconcelos.

O que era o evento? A primeira conferência de aprendizagem criativa realizada em Curitiba foi um ponto de encontro de gestores, educadores, pesquisadores, empreendedores e desenvolvedores interessados na adoção da aprendizagem criativa em escolas e espaços de educação não formal de todo Brasil e de alguns países vizinhos. O evento era dividido em eixos temáticos: aprendizagem criativa na prática, computação criativa, aprendizagem criativa para todos, universidade criativa, comunidade criativa fortalecimento e engajamento. Dentro de cada eixo temático desse havia a reprodução de atividades recorrentes durante os 3 dias de eventos, essas atividades estavam divididas em: mesas redondas, palestras, oficinas, apresentações relâmpago, mostras criativas e exposições.

Dentre os eixos temáticos do evento o que nos chamou atenção foi a computação criativa, temática que trabalhamos diariamente em clubes de programação e pensamento computacional, pensamos que essa seria uma oportunidade maravilhosa de ensinar e aprender coisas novas! Então quando abriram as chamadas de trabalho corremos e inscrevemos uma atividade realizada nos clubes de programação PernambuCoders no semestre de 2017.2 que foi um sucesso!

Não demorou muito para recebermos um e-mail referente a aprovação da nossa oficina “Personagens e Instrumentos Recicláveis — Dando Vida à Sucata por Meio do Scratch” dentre tantas outras no 1º CBAC #PartiuCuritiba

Durante os 3 dias de evento houveram muitas atividades fantásticas das mais diversas áreas do conhecimento. Um fato que nos chamou bastante atenção era que o evento era descentralizado a nível de conhecimento, ou seja tinham alunos e professores de vários níveis (muito jovens, muito experientes), então muito interessante pois foi uma troca muito rica e todo mundo tinha algo a aprender e a ensinar. Grande parte dos professores que estavam participando ministram disciplinas regulares da rede estadual do Paraná, professores criativos em busca de inovação para suas aulas, e que acreditam que a tecnologia é uma ferramenta que proporciona boas experiências para os alunos e que pode ser usada como aliada e não como vilã.

Caminhando entre os corredores e participando ativamente das atividades no evento pudemos perceber algumas coisas: A primeira delas é que de fato o movimento maker está com tudo mesmo! Encontramos bastante projetos mão-na-massa, união de robótica a massinhas de modelar e objetos reais programados no Scratch; Uma outra descoberta bastante motivadora e entusiasmante para nós foi que o Scratch é uma caixinha de surpresas muito poderosa! Como assim? Não era só linguagem de blocos, não era? Sim, ainda continua sendo linguagem de blocos, porém se visto com outros olhos é perceptível o leque de opções e de combinações que podem ser feitas com o Scratch! Um exemplo bem rico sobre isso é um termômetro desenvolvido em uma das oficinas; esse termômetro conta com leds que trocam de cores de acordo com a variação da temperatura, para fazer ele é necessário alguns elementos básicos da eletrônica, uma pequena interface visual, um Arduíno e o scratch. Scratch e IoT…Quem diria né!?

Oficina oferecida pelo Hackeduca.
Momento da confecção dos personagens

Falando um pouco da nossa oficina, queríamos desde o início que as pessoas se sentissem como se estivessem aqui no Recife Antigo, vivendo essa ilha que respira tecnologia! Então a nossa recepção foi ao som de Alceu Valença. Após a recepção dos participantes foi dada uma breve explicação sobre o passo a passo que seria seguido durante a oficina, logo após foi iniciado o momento de construção de grupos e dos personagens com sucata, para isso foram dispostos vários tipos de materiais para que os participantes usassem.

Personagens criados

Após a construção dos personagens era chegada a hora de construir uma narrativa, então os grupos construíram uma pequena narrativa. Em paralelo as atividade uma pessoa tratava a fotos que foram tiradas dos personagens com o auxílio do Inkscape (editor gráfico gratuito de vetores) para depois repassar cada imagem para seus respectivos grupos. Com os personagens e a narrativa prontos iniciou-se o momento de construção no Scratch, mas antes de pôr a mão na massa foi ensinado aos participantes como tratar as fotos dos personagens por meio do Inkscape e também foi dado uma breve revisão sobre alguns blocos importantes para essa construção.

Feedback

E como resultado desse passo a passo todo temos participantes felizes e satisfeitos.

Carmelo e Jaleesa

O último dia do congresso respirava Scratch 3.0, foi o dia de aprender sobre as novidades dessa nova versão! Para isso foi realizada uma oficina com Carmelo e Jaleesa, galera lá do MIT que trabalham diretamente no desenvolvimento e design do Scratch. Após sabermos as novidades do Scratch 3.0, foi aberto um momento para tirar dúvidas e Carmelo e Jaleesa nos deram uma dica muito valiosa “Usem o canal de feedbacks da ferramenta porque nós lemos e podemos quem sabe implementar!”, então já sabemos o canal realmente funciona e que nossas “preces” podem ser atendidas (yaaaaay!).

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