Comunicadores sociais: como vivem? o que fazem? onde comem?

Sthefany Duhz
Sthefany Duhz
Published in
3 min readJan 11, 2024
Autoral por Sthefany Duhz / série A história por minha voz, ep #1

No início de setembro eu ouvi da professora Ana Carolina da UFG dizer em sua aula inaugural:

“A maior obra da comunicação é o ser humano”

Me impactou. Nós estamos inventando formas de nos comunicar desde os primeiros humanos neste planeta, seja qual formato for.

Autoral por Sthefany Duhz Autoral por Sthefany Duhz / série A história por minha voz, ep #1

Comunicadores ou comunicólogos social (gosto mais de comunicóloga para me sentir pesquisadora/cientista, sabe? sonho de criança) vivem nessa vida nada fácil como todes nós, brasileiras e brasileiros.

Perceberam que eu não disse jornalista? Sim, somos jornalistas, repórteres, publicitários, cineastas, criadores de conteúdo, mas não só.

A comunicação ela não tem fim. É viva e hipercomplexa. Comunicar nos transforma, nos afeta e nós afetamos uns aos outros.

Tá, Sthe, mas qual objeto da comunicação? Mídias? Sociedade? Mensagem?

A comunicação social é um universo. É tudo junto e misturado, minha gente. É um campo que bebe de várias fontes. Dialogamos com a psicologia, ciências sociais, antropologia, história.

Nós lidamos com a informação, com o desejo, as trocas simbólicas, a vida prática, o hoje, o ontem, com o hobby das pessoas…

Enquanto vocês estão ouvindo o álbum da cantora pop que você ama, ou assistindo a novela das 9 (amo!), nós estamos trabalhando com o seu hobby favorito.

A real é que é um trabalho permanente, tudo pode ser estudado, criado, comunicado, melhorado. O grande desafio é conseguir desligar.

Nós criamos narrativas e discursos.

A comunicação é também poder e, lá atrás, a Sthefany adolescente que sonhava em ser correspondente jornalista pensando em viajar o mundo, via o poder da comunicação como uma forma de fincar a bandeira do seu lugar no Terra. No mundo de extrovertidos, de gente poderosa, a tímida e sensível Sthefany precisava se empoderar (essa palavra nem existia na época) de alguma forma.

Passei muito tempo (e continuo) olhando para o papel social de comunicadores (o mais importante), vivermos com olhar crítico para as questões do nosso mundo. Mas, comunicação também é um negócio né.

Aliás, ouço muito que ninguém aguenta mais os marqueteiros digitais. Não esqueçam que são trabalhadores, viu. Entendo que criamos formas de (sobre)viver nessa vida. Mas, como disse a lendária Bell Hooks, precisamos pensar em uma teoria e prática da vida libertadora para além dos interesses financeiros.

Quanto mais converso com pessoas, ou mesmo observo as questões do mundo, consigo me colocar próximo de situações que outras vivem, ou mesmo identificar mais uma questão que todo mundo aí tá passando e ninguém está comentando (ou escuta apenas uma versão da história).

E um último ponto (pelo menos por agora) sobre me identificar como comunicóloga social é justamente esse lugar de identificação. Olhar o mundo com uma visão questionadora é também encontrar caminhos e vielas dos nossos, de gente como a gente, das nossas brasilidades/latinidades, sabe?

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Gratidão!

Com carinho,

Sthefany .

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Sthefany Duhz
Sthefany Duhz

Comunicóloga social com olhar sensível nos movimentos da vida ❇ Jornalista, mentora & criadora ❇ https://keepo.io/sthefanyduhz/