Sobre tempos e os meninos do Flamengo

STICK TO SPORTZ
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2 min readFeb 10, 2019

Por @matheus_meyohas
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Foto: Matheus Meyohas

Eu tentei escrever esse texto umas quatro ou cinco vezes. Joguei no papel a confusão da minha cabeça e rasurei. Um erro atrás do outro. Mas sou daqueles que acreditam que quase sempre há tempo. Que ninguém pode estar fadado ao fracasso. Mas a verdade é que, no país dos absurdos, ter tempo é um privilégio.

E quanto tempo é preciso para se vencer o tempo? Tornar-se eterno, derrotando a poeira trazida por cada dia? A relação do futebol com a eternidade, por exemplo, é bem mais íntima. Em milésimos de segundos, em um instante iluminado, uma bola estufa a rede e um nome entra para o hall da história. Entre os que nunca serão esquecidos, os que nunca tiveram medo de sonhar.

É onde estão os Zicos, Didas e Adrianos. É onde agora estão Arthur, Áthila, Bernardo, Christian, Gedson, Jorge, Pablo, Rykelmo, Samuel e Vitor, que ganharam a eternidade antes mesmo de ganharem o gramado de um Maracanã lotado.

Tempo, tempo, tempo, se és mesmo compositor de destinos, nos ajude. Suavize a dor dessas famílias. Não deixe que essas vidas caiam no esquecimento. Não sirva como escudo para que os responsáveis não sejam identificados. Guie a recuperação de Jhonata, Kauan e Francisco. É o mínimo, mas é muito nesse tempo tão cruel com quem insiste em sonhar.

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