RFID — Radio-Frequency IDentification
Parte 4
Olá a todos!
Hoje teremos a quarta de uma série de postagens referentes a tecnologia de identificação por radiofrequência conhecida como RFID.
Todas as referências sobre esta pesquisa estarão disponíveis daqui a algumas postagem, quando a parte teórica for finalizada, então qualquer dúvida estou a disposição.
Capacitive coupling: Como o nome sugere, esta técnica utilza o conceito de capacitores e capacitância para acoplar tag e reader. Mas o que seria isto?
Na físca, um capacitor, ou condensador, é um objeto que consiste de dois condutores elétricos (conhecidos como placas ou armaduras) isolados entre si por um material não-condutor (conhecido como dielétrico). Quando em funcionamento cada placa acumulará um tipo de carga elétrica, ou seja, a placa-A acumulará carga positiva (Q⁺) enquanto a placa-B acumulará carga negativa (Q⁻). Desta diferença de potencial surge um campo elétrico entre as duas placas.
Assim, capacitores tem como principal função armazenar a carga e a energia potencial elétrica que se estabelece entre seus condutores na forma de um campo elétrico. O interessante é que esta carga permanece durante certo tempo mesmo que não haja alimentação elétrica.
Um exemplo de uso de capacitores fora do RFID é em circuitos eletrônicos: alguns componentes necessitam que haja alimentação em corrente contínua, enquanto que a fonte ligada a placa oferece corrente alternada. Capacitores podem ser usados para receber corrente alternada da fonte e fornecer corrente contínua aos componentes.
Já a capacitância é a habilidade de um corpo em armazenar energia elétrica. Também é um termo que se refere a quantidade de energia elétrica que um capacitor pode armazenar. Quanto maior a capacitância maior será a quantidade de energia que pode ser armazenada.
Voltando para o tema central deste artigo, lembra-se do termo “campo elétrico”? Ele é de extrema importância nos sistemas RFID de capacitive coupling, pois ele será o meio responsável por emparelhar tag e reader. Será através do campo elétrico entre tag e reader que tags passivas absorverão a energia necessária para seu funcionamento e será também através deste campo que ocorerrá a troca de informações entre tag e reader. A figura abaixo ilustra bem esta interação.
Devido à necessidade de se produzir um campo elétrico usando eletrodos, este método de acoplamento possui uma distância de atuação muito curta (cerca de 2 cm), assim, o sistema funciona melhor quando o objeto a ser lido, como um smart card, é inserido no leitor. Desta forma, além do cartão estar muito próximo do leitor, não há o risco do afastamente, e da consequinte quebra do emparelhamento, antes que a comunicação seja concluída.