Afinal, o que é cultura Data Driven?

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Você provavelmente já ouviu ou leu em algum lugar que dados são o novo petróleo, mas o que exatamente isso significa no dia a dia de uma empresa, seja ela voltada para tecnologia ou não? É isso que abordaremos neste breve texto sobre ações orientadas a dados além de pontuar as principais vantagens e os principais desafios durante a disseminação dessa cultura tão abordada nos últimos anos.

Ser data driven nada mais é do que derivar ações e decisões fundamentadas em indicadores e dashboards construídos a partir de dados reais de um negócio, produto ou empresa. Ao substituir nossa intuição por ações embasadas por análises, conseguimos encontrar tendências de comportamento ou até mesmo antecipar cenários e prover de maior tempo hábil para lidar com seus desdobramentos.

Ao usar dados em nossas tomadas de decisão, agregamos benefícios importantes para nosso time e para nossa empresa, tais como redução de riscos operacionais e judiciais, aumento de performance, concessão de crédito mais assertiva dentre vários outros itens particulares à cada tipo de negócio.

Você já se viu em uma situação em que precisou criar um report, apresentação ou documento relatando os números pertinentes ao seu trabalho para encaminhar a sua liderança? Pois é, isso faz parte da tal cultura data driven. Fato é que executivos já tomam decisão com base em dados há um bom tempo. O pulo do gato aqui é entender como disseminar o uso de dados em nosso dia a dia de forma capilarizada dado que decisões são tomadas em todos os níveis dos mais diversos times sejam eles de negócio, TI, operações etc.

Um dos principais desafios dessa jornada está em armazenar, organizar, catalogar e consumir todos os dados disponíveis com periodicidade constante de forma confiável e automatizada. Do ponto de vista de tecnologia e ferramentas, voltando para a tão utilizada comparação de dados e petróleo, é necessário investir tanto em tecnologia de ponta quanto na capacitação de todos os responsáveis pelos processos de extrair, refinar, envazar e distribuição. O petróleo por si só não vale nada, assim como dados.

Na ponta deste mesmo processo, temos os usuários que irão consumir os dados disponibilizados e gerar valor a partir dele, criando análises e obtendo insights a partir dos indicadores previamente criados. É aqui onde mora o maior desafio da implementação da cultura data driven e já adianto: não existe uma receita de bolo.

Cada time, cada empresa e cada produto possui suas particularidades, diferentes níveis de maturidade em tecnologia e analytics, orçamentos e etc. Primeiramente, precisamos entender que o processo de disseminar o uso de dados é um processo de longo prazo que deve ter a devida atenção até que vire algo natural e rotineiro para o time.

A mesma importância que podemos conferir para os softwares e frameworks utilizados para disponibilização de métricas e indicadores, devemos atribuir a experiência do usuário consumindo estas informações. Em outras palavras, se um relatório foi lento, de difícil leitura e pouco amigável, a mudança de cultura encontrará ainda mais resistência para ser aceita.

Existem alguns pilares que podemos utilizar para nos guiar durante esse processo, sendo eles:

  1. Entenda o momento de cada time/processo: Cada time possui processos que compõe sua operação. Mudar tudo do dia para a noite pode gerar inseguranças e frustrações desnecessárias, levando a rejeição à mudança de cultura. Comece aos poucos sempre respeitando os processos e fluxos já existentes promovendo a melhoria iterativa e respeite a curva de aprendizado de seu time, isso facilitará a aceitação de novas soluções.
  2. Promova ações de adoção e capacitação: Existem diversos treinamentos, pagos e gratuitos, nos mais diversos formatos como cursos, bootcamps, rodas de conversa etc. Busque diversificar e promover ações de capacitação para seu time além de incentivar a adoção de ferramentas de analytics para que todos se sintam confortáveis para abraçar a nova cultura.
  3. Fomente a multidisciplinariedade: Times multidisciplinares tendem a encontrar soluções criativas e mais flexíveis para problemas do dia a dia. Parte da cultura orientada à dados vem do meio técnico e da tecnologia, mas não se esqueça que são seres humanos que irão utilizar, interpretar e analisar os dados e métricas gerados. Um exemplo prático é a construção de um dashboard: de nada adianta ele ter dezenas de indicadores complexos se for ilegível para seu público-alvo. Perfis de processos, projeto, design, comunicação e UX são muito bem vindos aqui!
  4. Comece pequeno, pense grande: Não tente abraçar o mundo e implementar soluções muito complexas de uma vez só. Tentar mapear e criar dezenas de indicadores ao mesmo tempo pode demorar algum tempo e acabar gerando frustração. Opte por trabalhar em sprints curtas que gerem algum valor a cada iteração.
  5. Mapeie e priorize processos e ganhos: Começar resolvendo as maiores dores do seu time e de seus pares pode facilitar (e muito!) a aceitação de uma nova cultura, novas ferramentas e novos processos. Leve isso em consideração na hora de priorizar por onde você começará a implementar mudanças. Lembre-se, você quer que usem as novas soluções propostas, nada melhor do que começar gerando valor e provando que esta nova cultura tem inúmeras vantagens.
  6. Crie uma lista de indicadores úteis e garanta sua confiabilidade: Durante qualquer processo de mudança, existe desconfiança. Antes de lançar um novo produto de dados, certifique-se que ele seja consistente e não apresentará falhas ou que tenha um processo de monitoramento e qualidade para que não caia em desuso por falta de confiança de seu público-alvo que voltará imediatamente aos processos antigos já estáveis.

Ao usar dados em nossas tomadas de decisão, agregamos benefícios importantes para nosso time e para nossa empresa, tais como: redução de riscos operacionais e judiciais, aumento de performance, e produtos de forma mais assertiva dentre vários outros itens particulares a cada cada tipo de negócio.

Por Giovanna Inocêncio: Time Credit Analytics

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