Open Banking veio para mudar a vida do consumidor e da economia

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5 min readSep 8, 2021

O assunto do momento é Open Banking. Já ouviu falar e não sabia para quem perguntar? Então veio ao lugar certo!

Uma imagem preta, com desenho de uma tela de computador, escrito “API”.

O que é Open Banking?

Open Banking (Sistema Financeiro Aberto) é um novo ecossistema no qual os clientes, “donos” de seus próprios dados financeiros, terão liberdade para solicitar e autorizar a transmissão de dados e serviços para outras instituições financeiras e de pagamentos, sem burocracia. Ou seja, o Open Banking tira das mãos dos grandes bancos o acesso exclusivo às informações financeiras do consumidor (seja pessoa física ou jurídica).

Como funciona?

Através de APIs abertas (interfaces de programação que concedem acesso a informações padronizadas entre canais), será criado um ecossistema de compartilhamento de produtos e serviços financeiros ao redor das instituições que aderirem ao modelo.

Assim, em apenas alguns cliques — no site ou no app do banco — o cliente poderá compartilhar dados cadastrais e transacionais, além de iniciar pagamentos, realizar empréstimos, ou mesmo contratar seguros com diferentes instituições. Não é coisa de outro mundo. Diversos serviços que você usa diariamente usam essa função API. Por exemplo, o sistema Windows ou o próprio Gmail funcionam com esta tecnologia.

É importante destacar que todo o processo de Open Banking será feito em um ambiente seguro, como já acontece em operações online, onde o consumidor tem controle das informações que decide compartilhar, fortalecido pelas leis e regras de proteção de dados vigentes. Isso significa que seus dados não vão ficar por aí sem destino.

O cliente apenas compartilhará dados e serviços com as instituições para as quais conceder o seu consentimento. Assim, ele deverá indicar finalidades e prazos determinados a cada compartilhamento, e deverá autorizar e confirmar essa operação. Assim, o cliente deverá escolher quais informações serão compartilhadas, e quais as instituições financeiras ou de pagamentos terão acesso a elas.

Minha vida nas mãos dos bancos?

Embora a ideia de abrir os dados financeiros possa causar certa estranheza ou até receio do usuário, vale ressaltar que cada usuário terá total poder sobre quais dados quer compartilhar e definir o pode ser feito com eles.

O principal objetivo do Open Banking é que o compartilhamento destas informações traga inúmeras vantagens para o usuário. Afinal, esse sistema vem para finalmente quebrar barreiras do setor financeiro.

Como assim? Simples: o Open Banking vai abrir espaço para a concorrência, permitindo que mais empresas — além dos bancos tradicionais — ofereçam serviços financeiros melhores e mais inclusivos.

Com leque maior de opções, cada usuário poderá comparar suas opções antes de decidir por um determinado produto ou serviço financeiro.

À primeira vista não fica claro, mas a realidade é que o sistema simplesmente dará incentivos para que as instituições tradicionais se atualizem conforme novas soluções forem surgindo para oferecer a você produtos mais modernos e adaptados à sua realidade. Desta forma, o cliente terá produtos desenhados especialmente para sua necessidade e com melhores condições. A chegada da personalização de produtos vem aí!

Pioneirismo brasileiro, sim senhor!

O Open Banking não é uma novidade apenas no Brasil. Vigente no Reino Unido, desde 2018, também está sendo implantado em países como EUA, Canadá, Japão e Rússia. No entanto, somos um dos primeiros países a avançar na implementação dessa modalidade.

Cada país adota o sistema conforme suas características e partilha dados até um certo nível. No Brasil, o Banco Central prevê o compartilhamento de:

● dados cadastrais (nome, CPF/CNPJ, telefone, endereço etc.);

● dados transacionais (conta corrente, conta de pagamentos, operações de crédito etc.);

● dados sobre produtos e serviços que o cliente usa (financiamentos, seguros investimentos etc).

Que vantagem o consumidor leva?

● Adeus burocracia: os clientes passam a ter mais liberdade e autonomia. Poderão mudar de banco com mais facilidade, conseguir empréstimos em outras instituições etc. Todas as informações passam diretamente — e de forma segura — para a nova instituição.

● Bye, bye taxas extras: as APIs abertas tornam o sistema mais integrado, tornando os processos mais rápidos e baratos.

● Mais opções: minimiza os obstáculos para acesso a novos serviços e produtos, culminando em um ambiente mais competitivo para o consumidor.

● Segurança: existe uma série de mecanismos para assegurar que o compartilhamento de dados e serviços seja seguro.

● Regulação: o sistema exige leis e regras sobre o uso de dados. No Brasil, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é o 1º passo para proteger as informações dos cidadãos. Além disso, a Resolução Conjunta BCB e CMN nº 1 estabelece conceitos e procedimentos fundamentais para o Open Banking!

Bom pra economia!

Os benefícios do Open Banking não se restringem aos consumidores. Esse ecossistema vai mexer com a economia ao propor mudanças na forma como o mercado financeiro funciona.

Os grandes bancos deixarão de deter exclusivamente as informações financeiras de clientes e empresas, favorecendo a atuação de fintechs e outras instituições inovadoras.

Outro movimento importante é a inclusão dos desbancarizados — pessoas sem vínculo com os bancos. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais de 60 milhões de pessoas podem se beneficiar com o Open Banking, fazendo girar no sistema financeiro algo em torno de R$665 bilhões anuais, segundo a Associação das Empresas de Recuperação de Crédito (ASERC).

Para quem foge das taxas bancárias e de atendimento ruim, o Open Banking é a porta de entrada para um novo mundo. Para a economia, é a inclusão de parcela importante da população economicamente ativa, a promoção da competitividade e o incentivo à inovação.

Excelente para os players do mercado

E como fica o cenário para fintechs, financeiras, cooperativas e outras empresas do setor financeiro?

A competição para ver quem oferece melhores serviços e mais personalizados para cada cliente será o principal benefício do Open Banking para todos os players do mercado. Afinal, agora todas poderão entrar no jogo e disputar a atenção dos consumidores com ofertas atrativas e que vão movimentar a economia num geral.

A ideia é que todos os players tragam novas soluções para o cliente e com a possibilidade de personalizar cada uma dessas ofertas, podendo se tornar cada vez mais parceiros dos usuários!

Os serviços tradicionais ainda vão existir, claro, mas com os dados do usuário em mãos, as instituições poderão adequar seus produtos à realidade de cada cliente, ajudando-o a ter o que precisa e se tornando essencial para cada um deles!

Por fim, podemos dizer que se trata de um jogo de ganha-ganha, onde todo mundo tem vantagens. Incrível, não?

Ah, e você sabia que a Stone tem uma documentação pública sobre o tema? Clique aqui para conhecer.

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