Pix reforça segurança para evitar golpes

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3 min readOct 7, 2021
Ilustração de uma mulher, com um celular à mão, comemorando um Pix realizado com sucesso.

A chegada do Pix revolucionou as transações financeiras e mudou a forma como os brasileiros realizam pagamentos digitais. Porém, recentemente, o Banco Central teve de revisar algumas regras para garantir a segurança dos consumidores com a finalidade de evitar golpes das chamadas “Quadrilhas do Pix” e de sequestros-relâmpagos que usam este meio de pagamento para roubar dinheiro da conta dos clientes.

Entre as medidas que passaram a valer a partir de 4 de outubro, estão redução do limite para pagamentos noturnos, prazo maior para efetivar o aumento de limite de transações e para o cadastro de contas que poderão receber Pix de maior valor, entre outras.

Quadrilha do Pix

Dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, entre janeiro e julho de 2021, mostram aumento de quase 40% em casos de sequestros-relâmpago usando o Pix como ferramenta para os crimes. Portanto, as mudanças têm como meta diminuir as fraudes, proteger os clientes e os usuários de serviços de pagamentos e, principalmente, desincentivar a prática desses crimes pelas chamadas “Quadrilhas do Pix”.

As mudanças de segurança são um esforço conjunto do Banco Central, de autoridades policiais, de instituições financeiras e de pagamentos, e de participantes que ofertam o Pix como serviço de pagamentos.

É importante ressaltar que as transações digitais são seguras e foram criadas para facilitar o dia a dia dos brasileiros, além de fortalecer o sistema de Open Banking que vem aí. As alterações do sistema Pix são adequações diante de um cenário que não tinha sido previsto.

Tudo tem limite!

Operações entre pessoas físicas terão limite de R$ 1 mil no período entre 20h e 6h horas. A regra inclui transferências entre contas dentro de uma mesma instituição, Pix, TED, DOC, boletos e qualquer tipo de transferência que movimente contas, incluindo aquelas feitas com cartões de pagamento pré-pagos e de débito.

Por que esse limite? Estudo do Banco Central aponta que 90% das transações via Pix nesse horário (das 20h às 6h) tem montante igual ou menor a R$ 500. Desta forma, o novo limite terá pouco impacto na usabilidade do sistema de pagamentos. Apesar disso, os clientes poderão escolher e gerenciar seus limites no Pix, inclusive, escolhendo não fazer transferências por meio de Pix em determinados períodos, além de limites diferenciados durante o dia e à noite.

Limite com hora certa!

Outra importante alteração nas regras do Pix é que ele terá prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para que o aumento de limites de transações seja efetivado. Vale lembrar que o usuário pode solicitar esta mudança por meio digital.

Cadastro bom é cadastro limitado

Para evitar transferências via Pix para contas das quadrilhas, desde 4 de outubro, o cadastro de contas em que o cliente confia, ou seja, que podem receber atualizações acima dos limites limitados, também passaram a ter mínimo prazo de 24 horas para efetivação e liberação de transferência de valores altos. Além dessas contas, os limites seguem baixos para as demais transações. Também será estabelecido um mecanismo para impedir o cadastramento imediato em situação de risco.

Escudo contra fraudes

O combate às fraudes também será realizado em conjunto com as instituições participantes do Pix. Agora, elas são obrigadas a marcar no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) informações de contas com indícios de utilização em fraudes no Pix ou em outras transações de pagamento e serviços financeiros. O mecanismo, que antes era facultativo, passa a ser obrigatório, aumentando o escudo contra os crimes.

Como você pode notar, o Pix seguirá facilitando a vida de usuários e empresas, mas com um bom reforço na segurança. Assim, ninguém sai perdendo — a não ser os criminosos!

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