Branding em três parágrafos
e algumas linhas soltas
Oi, meu nome é Gabriel.
Eu fiz meu mestrado em branding na Universidade de Londres. Mas isso é só uma pontinha de quem eu sou. Eu também estudei na UnB antes disso. E no Galois, mas não gostei muito de lá. Eu fui vice-presidente da Empresa Júnior de Publicidade, trabalhei com redução de danos com usuários de drogas na rodoviária e ainda não perdoei a sociedade por não ter me forçado a provar caranguejo até muito pouco tempo — ô coisa boa. Nasci em Brasília, mas me considero meio mineiro. Digo que minha cor preferida é o amarelo mas meu guarda-roupas é 90% azul. Ah, eu falo muito sozinho, mas só quando estou andando. Se estiver sentado, sou menos esquisito.
‘E eu com isso?’ é a pergunta que todo mundo que ler esse texto e não for minha mãe deve estar se fazendo a essa altura. Bom, se eu tiver feito bem meu trabalho, desse primeiro parágrafo você já conseguiu ter uma ideia razoável de quem eu sou. Já sabe na sua cabeça se iria com a minha cara ou não. Já consegue imaginar gostos que nós poderíamos ter em comum ou até como começar uma conversa para chamar minha atenção. Desse contato mínimo que tivemos, você já tem uma imagem sobre mim na sua cabeça. Bem-vindo ao Branding.
Branding é a impressão que uma marca quer causar nos seus consumidores. Todos os elementos que o compõem (design, arquitetura, cheiro característico, identidade textual, aparência dos vendedores, fotos no Instagram e mais uma infinidade de possibilidades) existem para construir ou reforçar essa impressão. E se a personalidade da marca que criamos for interessante, atraente ou instigante o suficiente para o seu público-alvo, o resultado é o que Kevin Roberts, CEO Mundial da Saatchi & Saatchi, chama de Lovemarks: um caso de amor entre consumidor e marca.
Você pode até não ter se apaixonado só de ler algumas linhas sobre mim.
Mas pode ser também que você tenha simpatizado comigo.
De repente eu até consegui te fazer ler esse texto até o final.
E isso já é muito mais do que muita marca por aí consegue.
