#Overtime — Dia das Mulheres
Saem rosas, chocolates, parabéns, sorrisos e abraços. Entram protestos, lutas, consciência, enfrentamento e empoderamento.
O Dia Internacional da Mulher sempre foi um dia festivo. Mais recentemente, no entanto, passou a ser um dia para reivindicar a igualdade completa de direitos — como sempre foi a ideia da ONU, desde 1975, quando oficializou a data.
Mesmo assim, o cenário ainda não é positivo. A mulheres seguem sendo vítimas de violência doméstica, de assédio sexual, de preconceito dentro de casa, no trabalho e na rua. Avançamos muito e devemos comemorar estes avanços, mas também há muito o que melhorar nessa realidade.
Vai dar flor por quê? Respeita as mina!
Só que mesmo nessa realidade ainda misógina, nunca falou-se tanto de feminismo, empoderamento feminino e igualdade de gênero como hoje em dia. Isso é só uma ponta do iceberg, mas toda mudança precisa de um começo.
Seja para se informar e questionar, seja para elogiar ou criticar, as pessoas estão se interessando mais pelo assunto e o debate é cada vez mais disseminado, fazendo com que mulheres ganhem cada vez mais ferramentas para exporem suas vozes:
#meuamigosecreto #askhermore #mexeucomumamexeucomtodas #primeiroassédio #chegadefiufiu #vamosfazerumescândalo #vaitershortinhosim #vamosjuntas #HeForShe #AgoraÉQueSãoElas #NãoéNão
Hashtags sozinhas não mudam o mundo. Mas elas representam essa mudança e vêm com muita força quando o objetivo é conscientizar e disseminar mensagens. Por meio dessas hashtags, mulheres anônimas conectaram-se com celebridades, coletivos atingiram a mídia tradicional, milhares de histórias vieram à tona e movimentos que nasceram no digital, ganharam as ruas.
Exemplos não faltam: Marcha das Vadias, Women’s March e agora uma greve geral de mulheres em cerca de 40 países, o Movimento 8M, considerado o primeiro protesto em grande escala coordenado internacionalmente depois de anos.
Tá, mas qual é a importância?
Hoje é Dia Internacional das Mulheres de 2017 e claro que não queremos passar um pano nos fatos e índices que retratam a desastrosa realidade das mulheres aqui e no mundo, mas precisamos reconhecer a melhora.
Em 1972, a Labyris Books, primeira livraria de mulheres em Nova York, criou a camiseta “The Future is Female”. Em 2017, esta camiseta nunca foi tão atual. Hoje não é só sobre uma greve mundial capaz de fazer esse dia no ano que vem ser algo bem maior.
Hoje é sobre refletir, sobre mudar atitudes. Hoje é dia de todas as vozes femininas. Dia de lutar e respeitar, de dar ao outro a liberdade que se quer ter. É se empoderar com a certeza que somos mais fortes e inteligentes quando somos iguais — dentro ou fora de casa, no trabalho, na escola ou no transporte público.