HackingRio: o maior hackathon da América Latina veio para ficar

No ano passado, em uma entrevista para a edição especial de aniversário do Rio de Janeiro, Lindalia Junqueira anunciou que, no último fim de semana de julho, a cidade receberia o maior hackathon de todos os tempos no Brasil — até então, o maior tinha sido um da IBM com 500 desenvolvedores. O Hacking.Rio não foi só o maior do Brasil; ele acabou virando o maior da América Latina!. Seu gesto em muito lembrou o do presidente Kennedy, 50 anos antes, ao anunciar que os Estados Unidos seriam capazes de levar o homem à lua e trazê-lo de volta com segurança antes da virada da década de 1960. Guardadas as devidas proporções, a definição do ponto de chegada fez com que tudo começasse a se encaixar. Com emoção, com muita emoção, a profecia se concretizou e tivemos de fato um marco a mais para a nossa cidade.

Rio: capital da inovação e do empreendedorismo

Preciso explicar que por trás do Hacking.Rio, tem muita gente boa que ACREDITA FERVOROSAMENTE que o Rio tem uma vocação gigantesca para ser um pólo de desenvolvimento de tecnologia e inovação. Já temos aqui a maior quantidade de PHDs, alguns dos melhores centros de pesquisa e ensino superior e um movimento crescente de integração entre jovens, a academia e a iniciativa privada, buscando a construção de novos caminhos, de novas soluções. Por que não as maiores empresas de tecnologia?

HackingRio 2: a missão, a emoção

Tanto quanto a primeira edição, a segunda mexeu com a emoção de muita gente. No meu caso, estou até agora tentando processar uma combinação intensa de sensações. A mais forte, sem dúvida foi a felicidade, o orgulho por ver que mais uma vez chegamos lá. Por mais que a minha participação não tenha sido tão intensa quanto na primeira edição e eu saiba do nível de entrega da Lindalia e de outras pessoas, tenho a convicção de que o envolvimento de todos foi fundamental para a realização de mais esse feito. E me sinto parte dele, com muito orgulho, mais uma vez.

Estamos no caminho

A ideia de juntar o ecossistema e de mostrar o melhor do Rio para o mundo está assumindo proporções cada vez maiores. A adesão de empreendedores vindos de todas as partes do Brasil, o apoio de patrocinadores em todos os clusters e o lançamento do MIT REAP só fazem reafirmar a importância do evento e de toda a onda positiva que surge a partir dele.

Obrigada, patrocinadores!

No ano passado, o HackingRio se viabilizou em grande parte pelos patrocinadores do setor público. A boa notícia deste ano foi a participação em massa das empresas privadas. Minha expectativa para as próximas edições é de que o HackingRio entre na programação, no planejamento das empresas e que o evento não dependa de decisões de última hora.

Parabéns para todos os hackers!

Participei da banca final que avaliou os projetos ganhadores de cada cluster, para em seguida definir o GRANDE vencedor. Fiquei muito impressionada com a qualidade dos projetos.

O primeiro lugar, com todo mérito, foi o grupo Arcanjo, do cluster Saúde, que desenvolveu uma plataforma para agilizar o cadastro e a triagem dos pacientes pelos próprios responsáveis ou acompanhantes, ainda em seu trajeto até o hospital, via WhatsApp. Quem tem filho e já foi a um hospital em emergência sabe que aquele tempo — quase infindável — para preencher fichas é muito chato e estressante.

Na segunda posição, ficou o grupo Meu Lugar, do cluster Turismo e Economia Criativa, que desenvolveu um aplicativo de conexão entre pequenos estabelecimentos do interior do Rio e hóspedes. Muito legal!

Amei também a solução criada no cluster de Esportes, patrocinado este ano pelo Flamengo: uma plataforma para o professor de educação física criar uma base de dados (analytics) com a performance dos seus atletas. A própria plataforma anuncia/convoca para provas e seletivas. É a integração de ações que normalmente estariam dispersas e a criação de oportunidades para que mais gente alcance suas metas de alto desempenho no esporte.

MIT REAP

Outra iniciativa que merece destaque, aplausos e todos os esforços da nossa comunidade foi a candidatura do Rio ao MIT REAP (MIT Regional Entrepreneurship Acceleration Program). A proposta é transformar o Rio de Janeiro no “Vale do Silício da energia limpa”, desenvolvendo um ecossistema inédito de Energia e Sustentabilidade. #BoraFazer

Mensagem para a Lindalia — e todos que também acreditam…

Sempre que alguém me pergunta sobre o que me move a me dedicar tanto em melhorar o Rio de Janeiro, a desenvolver o nosso ecossistema, ouve que meu propósito é para criar um futuro melhor para a próxima geração, para o meu filho e milhões de crianças (e adultos) que precisam entender que as coisas só melhoram quando cada um vai lá e faz acontecer. Embarquei com a Lindalia Sofia Junqueira Reis no Juntos pelo Rio e, desde o ano passado, no maior evento de tecnologia do Brasil, com o maior hackathon da América Latina, o HackingRio !!! Lindalia, obrigada por ser essa força da natureza que tanto nos inspira! A todos que participaram do HackingRio, parabéns! E obrigada!