DESTINO

Brasil, 2020. Em plena Pandemia do novo Coronavírus um “líder” de nível nacional se expressa de uma forma infeliz dizendo que a morte é o destino de todos. Coloco aspas na palavra líder por sua postura fugir do aceitável para o cargo que ocupa, mas meu foco hoje não é a pessoa, e sim o discurso.

A palavra e o conceito de Destino geralmente estão atrelados ao nosso conformismo diante de determinada situação. A aceitação, a letargia e a passividade tomam as rédeas nos guiando a uma realidade de pura reatividade onde sobram justificativas para tudo o que deixamos de fazer, o que fizemos de certo ou de errado. Nos domínios do Destino não temos controle sobre nada em nossas vidas, só deixamos a correnteza do tempo nos levar. Não há compromisso com mudança alguma em nosso meio, não há esforço para a evolução pessoal.

“Era para ser assim”, “É o destino de todos”, “O que tiver que ser, será…”

Aqueles que constantemente utilizam de pensamentos e frases como estas e apenas esperam o que a vida trará se isentam da auto responsabilidade implícita em viver. A nossa vida toma o rumo que se dá a ela, sejamos nós então os agentes de definição da nossa vida o máximo que pudermos. Não podemos entregar este mesmo rumo ao sabor do vento ou ao bel prazer de terceiros.

Viver em negação não é viver. E seguir sem rumo é pior do que ficar estagnado.