SÍMBOLOS

Matheus Patricio
Studio M
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2 min readJun 29, 2020

O Estado do Mississipi nos EUA, parece que vai finalmente retirar o símbolo dos confederados da sua bandeira. Ele era o único que ainda mantinha o emblema em suas cores.

Mas por que isso? E depois de todo esse tempo?

Então, essa imagem ai é muito mais do que uma bandeira, ou capa de CD do Lynyrd Skynyrd.

Há alguns dias atrás eu falei sobre como alguns símbolos históricos inicialmente inofensivos podem ser deturpados e usados como mensagem de algo bem pior. Este até poderia ser o caso, mas não é.

Usada pelos estados do sul na Guerra Civil Norte-Americana, a bandeira era símbolo do nacionalismo no qual se baseava o movimento, que em resumo tinha por objetivo a manutenção da escravidão que acontecia naqueles estados.

Ou seja, desde o início já era bem claro que a confederação buscava no uso da bandeira um símbolo da supremacia branca e de uma sociedade dominada pela escravidão.

Nem preciso dizer o óbvio, de que hoje em dia a bandeira é amplamente utilizada por grupos de ódio, comparável inclusive à suástica nazista.

Assim, com a mudança gradual da sociedade sulista americana. Inclusive com o crescimento da população negra e latina naqueles estados, fica insustentável exibir símbolos do tipo em ambientes públicos.

Claro que sempre vão existir aqueles Rednecks malucos dizendo “é um símbolo da nossa herança e cultura, não tem nada a ver com nazismo”. Cara, desculpa falar, mas se essa sua história cultura e herança, que você tem tanto orgulho, são pautadas em ódio racial e intolerância. Tá mais do que na hora de rever isso ai.

#políticainternacional #direitointernacional #historia #eua

Algumas referências:

https://www.infoescola.com/historia/guerra-civil-americana/

https://edition.cnn.com/2020/06/28/politics/mississippi-flag-confederate-emblem/index.html

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/06/28/mississipi-se-prepara-para-retirar-simbolo-confederado-de-sua-bandeira.ghtml

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Matheus Patricio
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Advogado, me especializando em Direito Internacional. Escrevendo sobre aquilo que eu gosto, não importando o tema.