Você não se afoga caindo em um rio, mas ficando submerso nele

Faz tempo que eu queria falar sobre esse filme, ainda mais porque essa frase aí acima não sai da minha cabeça, e olha que eu já li ela antes em um livro Paulo Coelho.

“Resgate” da Netflix, é o típico exemplo do subgênero “one army man” dos filmes de ação, onde um cara (ou uma mulher, não esquecemos dos fodões “Atômica” ou “A justiceira”, dá cabo SOZINHO, de uma galera gigantesca, matando e derrubando todo mundo para cumprir um objetivo, que pode ser desde se vingar de quem matou seu cachorrinho, ou proteger e resgatar alguém, como é o caso aqui.

Nele ‘O Thor’ é um mercenário australiano que é pago para resgatar um menino de um sequestro. O que importa aqui, é a ação, que é muito boa. Afinal roteiro do filme não é lá muito bem elaborado não, mas ele faz o simples, que é mostrar o trauma do protagonista, para fazer você se conectar minimamente com ele.

Sem dar spoiler, mas essa frase tem um contexto dentro da história, metafórico e físico também. O personagem tem que sair de uma situação difícil, um trauma, uma depressão, ao mesmo tempo em que precisa realizar sua missão.

E essa que é a questão, que me gerou a reflexão: cada um tem a sua batalha interna, o seu próprio rio. Eventualmente todos caímos na água. E este rio e a maneira como lidamos com ele, é diferente para cada um.

Às vezes você pode até saber nadar para não ficar submerso, mas a corredeira é muito forte e te impede de voltar. Às vezes o rio é até calmo, mas você não sabe nem nadar para sair dele. E às vezes, tudo que precisaria era de uma pequena mão para te puxar, uma simples ajuda.

Tudo bem, essa pode ser uma reflexão muito complexa para um filme de ação escapista cheio de porrada e bomba. Mas se você não viu, vai lá e dá play nesse esse final de semana ( paga nóis netflix).

No mínimo você vai ver o Thor chutando umas bundas.