A Educação como uma arte
Educar é muito mais que transmitir conhecimento, modelos de raciocínio, de comportamento e de boa conduta. Educar é contribuir para desenvolver as potencialidades de uma pessoa, para que sua personalidade, em todas as suas vertentes, se aprimore numa condição de unidade.
Educar é trabalhar o sentimento embutido da pessoa que se manifesta mais por meio racional, ou aprimorar o pensamento daqueles que falam mais pelo sentimento.
Educar é promover a função inferior, juntar os opostos, cooperar para a integração.
Educar é promover o encontro do indivíduo com ele mesmo, porque aqueles que não forem tocados por essa descoberta, não poderão também se encontrar com o próximo.
Encontrar-se consigo mesmo é se amar, confiar em seu próprio mundo, em suas forças, em suas inerências. Confiar que é capaz, saber que tem todas as respostas.
É preciso descobrir o ser que está diante de você para poder educá-lo. E para descobri-lo, implicitamente, é preciso aceitá-lo e é fundamental amá-lo.
Educação implica em iniciação, iniciar-se no conhecimento de si mesmo, no encontro com o seu Eu Maior. Para tanto, é necessário mobilizar para que a pessoa se olhe.
Cada pessoa tem um mundo grande, rico e proveitoso. Não se pode ignorá-lo ou simplesmente tomá-lo como massa informe para ser jogado o modelo humano.
A educação é uma arte e, como toda arte, é inerente ao ser humano porque arte não se aprende, vive-se, sente-se, cria-se, carrega-se em si mesmo.
Educar é iniciar o outro na descoberta e no encontro consigo mesmo.
Educa-se quando se ama. A arte de educar implica na arte de amar o educando, respeitando-o, sentindo-o, promovendo-o.
Educa-se despertando o outro para si mesmo e para o mundo.
Educa-se quando o educador educa a si próprio, respeita a si mesmo e se ama.
Educa-se quando se cresce junto com o outro, pois, então, a troca será feita constante e continuamente.
