O Mágico de OZ — Aquilo que procuramos está em nós mesmos.

Sunça
Sunça no Cinema
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3 min readNov 11, 2021

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Uma garota do interior cansada de sua rotina se transforma em uma heroína num mundo mágico repleto de descobertas e novos amigos.

Título Original: The Wizard Of Oz.

Direção: Clint Eastwood.
Roteiro: Nick Schenk, N. Richard Nash (baseado no romance Cry Macho, de N. Richard Nash).

Elenco: Clint Eastwood, Dwight Yoakam, Eduardo Minett, Natalia Traven, Fernanda Urrejola, Horacio Garcia Rojas, Alexandra Ruddy, Ana Rey e Paul Lincoln Alay.

País: EUA
Duração: 101 min
Estreia: 16/09/2021

“O Mágico de OZ” é um clássico. A imagem de cinco personagens visualmente diferentes caminhando pela estrada de tijolos amarelos é inesquecível. Assim como a maravilhosa canção “Somewhere Over The Rainbow”. Marcadas na memória também estão as frases: “Totó, acho que não estamos mais no Kansas” e “Não há lugar como o lar”. O longa é baseado no primeiro livro da série escrita por L. Frank Baum. Nele acompanhamos a história de Dorothy uma jovem do Kansas que através de um tornado é levada ao mágico mundo de OZ. No Kansas conhecemos sua família e seus afetos e desafetos. Esses personagens criam um paralelo com as novas amizades e inimizades criadas em OZ.

Na trama Dorothy (Judy Garland) acidentalmente mata a bruxa má do leste, o que deixa os moradores locais, os muchkins, muito felizes. Agrada também a bruxa boa do Norte, Glinda (Billie Burke). Quem não fica feliz é a irmã da falecida, a bruxa má do oeste (Margaret Hamilton), que resolve se vingar. Dorothy e Totó partem em uma jornada para conseguir a ajuda do Mágico de OZ. No percurso ela fica amiga do Espantalho (Ray Bolger) que não têm um cérebro, um leão (Bert Lahr) que não tem coragem e um Homem de Lata (Jack Haley) que não têm um coração. Todos eles resolvem acompanhar Dorothy e pedir ajuda ao mágico para resolver seus problemas.

É um roteiro eficiente que transforma uma garota do interior cansada de sua rotina em uma heroína num mundo mágico repleto de descobertas e novos amigos. Uma mudança pontuada pela fotografia e pelo diretor do longa. As cenas no Kansas são retratadas em tons sépia e as cenas em OZ em belas cores technicolor. A parte técnica do filme merece destaque. A fotografia com cores vibrantes, os cenários extremamente bem feitos e os efeitos visuais de qualidade nos deixam maravilhados e nos colocam dentro de OZ. São planos e sequências que parecem pinturas. O diretor Victor Fleming faz um ótimo trabalho nas coreografias e sequências musicais. Além de contar com interpretações ótimas, que criam personagens caricatos e divertidos. A maquiagem é incrível e nos deixa acreditar em espantalhos, homens de lata, leões e bruxas malvadas.

“O Mágico de OZ” é um filme infantil, que apresenta uma mensagem de afeto e bondade. Traz a ideia de “Não há lugar como nosso lar” e a temática de que aquilo que procuramos está em nós mesmos. São debates bem construídos e passíveis de várias interpretações. Ainda temos toda uma camada crítica. A relação abusiva entre a bruxa má e os munchkins e as atitudes autoritárias de OZ são bons exemplos. Dorothy sempre teve tudo o que precisava para derrotar a bruxa má, assim como seus amigos já tinham tudo aquilo que buscavam. “O Mágico de OZ” nos convida a perceber como é mágica nossa própria vida e como somos mais fortes e capazes do que imaginamos.

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Às vezes certo, às vezes errado, nunca com razão.