Como é ser engenheiro de software em uma startup de música?

Du Panozzo
Superplayer & Co
Published in
6 min readOct 30, 2019

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Na visão do Ivens, nosso Senior Software Engineer :)

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Somos uma empresa que pensa e desenvolve soluções em áudio em cada segundo de trabalho — de playlists personalizadas a plataformas de streaming, passando por apps de estações de rádio a podcasts para marcas.

Essa é a alma do nosso negócio.

Mas para que essa alma ganhe vida, precisamos também pensar o tempo todo em tecnologia. Afinal, de nada adiantaria ter as melhores ideias do mundo se a gente não conseguisse colocá-las em prática, certo?

E esse é basicamente o papel do nosso time de tecnologia.

Para entender um pouco mais como é fazer parte de um trabalho como esse, a gente resolveu trocar uma ideia com o Ivens, nosso Senior Software Engineer.

O que afinal faz um engenheiro/desenvolvedor de software em uma startup como o Superplayer & Co.? Quais as habilidades mais necessárias para exercer esse trabalho? Os maiores desafios? E o que tem de mais legal nessa história? Bora descobrir.

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Quem é o Ivens e como veio parar aqui?

Bom, primeiro precisamos conhecer um pouco melhor o cara que vai nos passar toda essa visão: um cearense apaixonado por música, movido a desafios e que veio até Porto Alegre especialmente para trabalhar com a gente.

Ivens cuida da parte de iOS, ajustando de tempos em tempos os nosso códigos mais antigos e complexos, criando novas funcionalidades para eles, além de participar ativamente da criação de novos produtos.

Ele está envolvido principalmente com o app de streaming Superplayer e também com o Bradesco Music que, por terem propostas semelhantes, acabam compartilhando muitos componentes e estruturas.

Porém, hoje o que mais vem gostando de fazer é ajudar a construir o Mumo, nossa plataforma de estações de rádio, que logo logo vamos abordar mais por aqui.

Mas vamos começar do começo.

Ele nos contou que a sua ligação com a área não surgiu desde cedo, como acontece com muitos programadores, e sim veio de uma dificuldade encontrada mais a frente.

Cursando estatística na federal do Ceará, ele se deparou com uma cadeira de programação. Não entendeu nada. Não se deu bem com a matéria. A experiência foi tão negativa que acabou desistindo da cadeira e largou no meio.

Mas Ivens sempre curtiu games e estava sempre envolvido com computador.

Então aqui entra a parte de ser movido a desafios: ele não aceitou simplesmente que não conseguiria lidar com aquilo e fez a cadeira de novo, mas agora mais preparado.

Antes das aulas começarem ele estudou programação em casa, e dessa vez não só entendeu como também se apaixonou. Chegou na cadeira e mandou bem, tanto que o gosto pela programação agora pedia mais que uma cadeira. Assim, trocou estatística por computação e nunca mais largou.

Depois disso criou alguns projetos de apps com amigos e foi ganhando experiência em outros empregos.

Um salto no seu aprendizado, segundo o que nos contou, foi um curso desenvolvido pelo IFCE (Instituto Federal do Ceará) em parceria com a Apple, o Apple Developer Academy.

Ali ele não só aprendeu a desenvolver apps ainda melhores mas a desenvolver soluções para problemas reais.

A partir daí Ivens nunca mais seria só um cara que executa o que os outros pensaram, mas ele agora tinha a capacidade de entender de fato o problema e a ajudar a desenvolver a solução.

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Porto Alegre, times enxutos e uma boa interação com outras áreas.

Com mais experiência, ele conseguiu um trabalho na IBM. Sim, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo — o que tem seu lado bom e seu lado ruim.

Normalmente a sua participação nos projetos acabava se dando na fase final, onde praticamente tudo já havia sido decidido.

Ou seja, seu trabalho era muito mais executar do que de fato pensar nas soluções, algo que ele havia aprendido a fazer, que gostava de fazer — o que acabava sendo um pouco frustrante.

Ele começou trabalhando remoto, de Fortaleza mesmo, até que foi chamado para vir pro sul pela primeira vez.

Ivens veio para Porto Alegre tocar um trabalho da IBM em parceria com o Sicredi e, diferente dos casos anteriores, agora ele estava lá desde o início do projeto, se sentindo então bem mais confortável, livre pra ajudar na criação. Mas não foi a única coisa que ele gostou nessa história.

Com o passar do tempo percebeu que, por fazer parte de um time mais enxuto, tinha também muito mais contato com outras áreas, equipe de design, desenvolvedores Android, etc. A comunicação fluia melhor entre as diferentes equipes e isso era algo que gostava: liberdade criativa + bom fluxo de comunicação.

O projeto terminou, ele voltou para Fortaleza e a cada dia que passava ficava mais claro como o trabalho em Porto Alegre tinha sido legal. Foi nesse momento que surgiu o convite de fazer parte do nosso time.

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O trabalho no Superplayer & Co.

Por que ele topou vir?

Primeiro, por que a experiência com a cidade tinha sido positiva. Um outro fator, segundo ele, foi que a startup é enxuta. Isso faz com que os times possam conversar entre si, que as ideias possam fluir livremente entre as áreas.

Isso faz também com que todos precisem pensar criativamente.

Em uma startup enxuta e otimizada como o Superplayer & Co. ninguém pode se “dar ao luxo” de ser apenas um executor. É preciso que todo mundo pense sempre no problema e na solução que aquele novo produto vai proporcionar.

Assim, ele poderia mais do que nunca colocar em prática tudo que aprendeu — e gostou muito de fazer — lá na Apple Developer Academy.

E por último, pesou o fato de trabalhar com música. Não diretamente, é claro, afinal ele ainda é um desenvolvedor e trabalha com tecnologia. Porém, a função final dessa tecnologia acaba sendo levar música às pessoas.

Por isso, toda a equipe carrega essa paixão por música em comum.

Isso fica claro nos momentos de descanso, quando alguém sempre pega o violão pra tirar aquele som, ou nos papos sobre novos lançamentos e dicas musicais. Quem ama música sabe como só estar envolvido em um ambiente assim pode fazer toda a diferença.

Projetos, desafios e liberdade.

Se até agora citamos os motivos que o fizeram querer trabalhar aqui, quais são então hoje os motivos que o fazem querer continuar aqui? Resumindo em uma palavra: liberdade.

Muitas startups fazem uso da palavra liberdade para atrair colaboradores, mas acaba sendo uma liberdade meio fake, mascarada com videogames, escorregadores, mesas de sinuca e cerveja durante o expediente. Ivens nos contou que o que mais valoriza aqui é a liberdade real.

Liberdade de poder colaborar realmente num projeto, mesmo que fuja da sua área principal de atuação, conversando e circulando também entre outros times.

Liberdade de poder tentar uma coisa nova e errar, sem precisar ficar com medo de ser punido por isso — diferente de muitas empresas de tecnologia que aplicam o conceito de “errar rápido” só no discurso.

E por fim, liberdade de poder descansar. Ele sabe que se fez o que precisava, entregou um bom trabalho e um bom resultado, pode tranquilamente tirar um tempo pra si. Segundo ele, aqui é diferente por que “se sabe que o funcionário não é uma máquina”.

Isso sim é liberdade. :)

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Também procura isso em um ambiente de trabalho? Gostaria de fazer parte da nossa equipe?

Então mande um e-mail para jointheband@superplayer.co e bora trocar uma ideia. Se gostou do texto não esquece de deixar um like e compartilhar com aquele(a) amigo(a) apaixonado por programação e tecnologia! Até a próxima. Tchau!

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Du Panozzo
Superplayer & Co

leão com ascendente em aquário / produtor de conteúdo com ascendente em música / cheff de café da manhã