O fator invisível que faz o cliente voltar (ou nunca mais voltar).

Du Panozzo
Superplayer & Co
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5 min readAug 14, 2019

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Texto essencial pra quem gerencia um estabelecimento comercial.

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O áudio nos estabelecimentos comerciais (background music) é parte de um grande grupo de técnicas de marketing sensorial, que, além do som, contempla outros elementos que estimulam a visão (sinalização visual das lojas), o cheiro (fragrâncias de lojas) e até o tato, que talvez hoje seja o menos desenvolvido.

O ser humano é muito visual e é normal que as marcas deem mais atenção aos elementos que impactam o sentido da visão. Se a gente parar pra pensar, o trabalho convencional de branding é quase 100% focado em elementos visuais.

No entanto, a audição é um elemento tão poderoso quanto. Isto porque a visão é ativa, ou seja, nós temos a capacidade de escolher aquilo que queremos ou não olhar. A audição por outro lado é quase subliminar. Primeiramente, não é possível escolher não ouvir. Segundo, muitas vezes ouvimos e somos influenciado por algo até sem perceber.

Você nunca se pegou cantarolando uma música que estava tocando em algum lugar e que, na hora, nem havia percebido? Ou então, sentiu que alguma coisa estava incomodando em um restaurante e, só depois de um tempo, se deu conta que era a música que estava inadequada? Esse é o poder do áudio! Eles nos influencia sem percebermos.

e quando a música ambiente incomoda, é assim que uma loja pode ficar: vazia.

Por isto o som é uma ferramenta super importante para qualquer estabelecimento comercial.

Para que seja usado da forma correta é fundamental que o dono do negócio tenha clareza do seu objetivo. Por exemplo, algumas vezes um restaurante que é muito lotado precisa girar o mais rapidamente sua clientela — dizem que foi com este propósito que os (desconfortáveis) bancos de algumas redes de fast food foram projetados.

A música pode (de uma forma muito mais elegante que bancos desconfortáveis) induzir os clientes a determinado comportamento desejado.

Se queremos que eles fiquem no café, colocamos um jazz aveludado, que trás uma sensação de acolhimento e conforto. Se queremos que eles girem mais rápido colocamos um som mais agitado, com BPM mais rápido e sons mais agudos. Isto provocará no cliente uma leve sensação de urgência / pressa.

A música pode ser usada em um estabelecimento não apenas para induzir os clientes a determinados comportamentos, mas também influencia os próprios colaboradores.

Em uma rede de varejo, por exemplo, podemos colocar uma música mais agitada após o almoço para contrabalançar com a bobeira que temos após as refeições. Dessa forma, os vendedores ficam mais despertos para atender os clientes.

O Superplayer & Co tem uma longa história de curadoria comportamental.

A empresa começou a fazer esse trabalho em 2013, sendo um dos precursores em playlists por momentos (atividades e sentimentos) no mundo através do app de streaming de música Superplayer. Essa abordagem inovadoras foi o que levou ao sucesso da aplicação na época, que chegou rapidamente a 1 milhão de usuários por mês e que conta com mais de 4 milhões de downloads nas lojas de aplicativos.

Para ter consistência na curadoria das playlists, criaram o que chamam de “Padrão Editorial Superplayer”. Nele são usados mais de 13 parâmetros musicais para definir o conteúdo musical que compõe cada playlist. Explico:

Começa-se sempre definindo o objetivo comportamental da playlist e a persona (idade, gênero, comportamento, estilo de vida, etc). A partir daí vão se definindo atributos como gênero musical, BPM, tom principal das notas, tipo instrumental, tipo de vocal, língua, nacionalidade, ano, letra entre outros.

Por exemplo: uma playlist para relaxar deve ter um BPM mais lento e, talvez, priorizar instrumentos acústicos. Já uma playlist chamada “Tour de France”, deve ser necessariamente composta de músicas em francês e de nacionalidade francesa. Por fim, uma playlist animada pode preconizar BPMs mais rápidos, tons maiores, instrumentos eletrônicos e letras positivas.

Só depois de definir todos os atributos que se cria o título playlist. É fundamental que isto seja bem escolhido para evitar a dissonância cognitiva. Algumas vezes acontece de o nome “enganar” o usuário e ele não gostar da playlist, não porque o conteúdo musical seja ruim, mas porque ele estava esperando outra coisa.

Recentemente, a empresa lançou no mercado uma nova solução envolvendo música e áudio em estabelecimentos comerciais chamada Superplayer Maestro: um software que ajuda marcas a tirar o máximo do seu áudio, não apenas através da programação musical certa, mas permitindo ao lojista também agendar a inserção de mensagens entre a programação no horário desejado ou de forma recorrente entre as músicas.

Com o Superplayer Maestro ainda é possível fazer anúncios em tempo real (speech to text) e criar programações distintas de áudio por cada unidade ou grupo de unidades de uma rede de estabelecimentos, através de um painel na nuvem acessado pelo gestor de qualquer lugar.

O Superplayer & Co usa todos esses aprendizados que teve fazendo, mensurando o consumo e colhendo feedback de mais de 10.000 playlists ao longo de 5 anos atuando no mercado B2C agora em estabelecimentos comerciais.

No caso corporativo é necessário, além de pensar na questão comportamental, levar em consideração a identidade da marca do cliente para, assim como acontecia no serviço de streaming, evitar que as pessoas tenham uma dissonância cognitiva entre o que esperavam daquele estabelecimento e o que está tocando lá. Outro dia fui a um restaurante francês e estava tocando Red Hot Chili Peppers! Só resta levantar e ir embora…

Acredita-se que a audição será um dos sentidos que mais ganhará destaque nos próximos anos, como já deixamos claro nesse artigo aqui.

O futuro é do áudio.

Passamos as últimas décadas acostumados com interfaces digitais, em que as marcas expressavam seus atributos através de cores e formas. Com o avanço da inteligência cognitiva, o uso das interfaces conversacionais (em áudio) ganha protagonismo.

O Google estima que em 2020, 50% das buscas já serão realizadas em áudio. Em um mundo em que as interfaces deixarão de ser visuais e se tornarão conversacionais, as marcas precisam pensar em como se posicionar sonoramente. Aquelas cores e formas precisarão ser substituídas por tons de vozes, tom de comunicação e “sotaques”, os ícones virarão sons e assim por diante.

A Superplayer & Co está se posicionando para ajudar as marcas nesta transição para era do áudio!

Quer saber mais sobre o negócio e suas soluções? Entre em contato através do site! :)

Até mais!

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Du Panozzo
Superplayer & Co

leão com ascendente em aquário / produtor de conteúdo com ascendente em música / cheff de café da manhã