O papel do design em uma startup de tecnologia.

Du Panozzo
Superplayer & Co
Published in
5 min readOct 17, 2019

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Pela visão do próprio designer :)

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É difícil entender o trabalho dos designers de uma maneira total, principalmente olhando de fora. Talvez por que as aplicações sejam muitas. E se a gente parar pra pensar, na verdade, o design se aplica a tudo que nos cerca.

Por essas e outras que a gente resolveu conversar com Gustavo, lead designer aqui no Superplayer & Co sobre o trabalho que ele vem desenvolvendo nos nossos produtos — mostrando pra todo mundo a importância dessa função em uma empresa que respira tecnologia.

Quais são os maiores desafios atualmente? O que ele já aprendeu trabalhando por aqui? Qual a diferença de trabalhar em um estúdio de design ou numa startup como a Superplayer & Co?

Do branding ao produto.

A trajetória do Gustavo na profissão não é muito comum.

Ele não foi um cara que trabalhou em diversos estúdios ou agências por aí, algo super corriqueiro na área. Em vez disso, ainda na faculdade, abriu um estúdio de design junto com o irmão, bem despretensiosamente, da garagem de casa. Os anos foram passando, os clientes chegando e o estúdio crescendo.

Acabaram — quase sem querer — se especializando em branding e criando marcas para todos os tipos de negócios, de escritórios de advocacia até grandes empresas de alimentação.

Quem trabalha nessa dinâmica sabe que ela proporciona conhecer vários modelos de empresa diferentes, de vários segmentos, em projetos que acontecem normalmente com prazos mais curtos.

Ele compartilhou com a gente que adorava essa pluralidade de pontos de vista, mas que os prazos curtos eram um pouco frustrantes: bem quando estava mais por dentro do negócio do cliente, o projeto terminava.

Aqui no Superplayer & Co o processo é um pouco diferente.

Como o designer trabalha em menos projetos diferentes ao mesmo tempo, mas com prazos mais longos, a dinâmica acaba sendo de melhoria contínua. Um produto desenvolvido por nós está em constante evolução e aprimoramento, e o design tem uma função primordial nessas melhorias.

Cria-se assim, uma relação bem diferente entre designer e projeto.

Desenhando a interação com a tecnologia.

O estúdio criado com o irmão ainda existe, e vai muito bem! Mas com a sensação de que precisava de novas experiências, o Gustavo deixou ele em boas mãos e foi em busca de outros desafios.

Em Barcelona acabou estudando os conceitos de Smart Cities, ou seja, as aplicações do design na construção de cidades inteligentes e otimizadas para o que as pessoas realmente precisam.

Alguns desses conceitos conversam com o trabalho que ele viria a fazer mais tarde na Superplayer & Co, no sentido de usar o design para otimizar a experiência do usuário: seja de uma cidade ou de um aplicativo.

E essa talvez seja a grande diferença entre trabalhar com design em um estúdio de branding e trabalhar numa empresa de tecnologia, por exemplo.

UX (user experience) é a área do design que se dedica à experiência que o usuário vai ter ao usar determinado produto ou serviço. Junto com UI (design de interfaces) esse é o papel mais importante de um designer dentro de uma empresa como a nossa.

Enquanto criar uma marca é algo mais abstrato, trabalhar com design de interfaces é concreto e acaba ditando exatamente como será a interação do usuário com o produto. É o seu design aplicado à prática, sendo tocado de fato.

Aqui no Superplayer & Co a gente se orgulha muito de ter produtos simples, que descomplicam a vida de quem os usa. E o time de design tem tudo a ver com isso.

Tanto que o Gustavo nos recomendou um livro que segue essa linha: Não Me Faça Pensar, do Seteve Krug. Um livro que segundo ele é bom e simples, assim como o design deve ser.

Liberdade geográfica e criativa.

Sim, somos adeptos do trabalho remoto.

Deixamos os colaboradores livres para trabalhar de onde bem entenderem e a sede sempre aberta para recebê-los. Gustavo mora em Porto Alegre e, quase sempre, está na nossa sede por lá. Porém, esse nosso papo foi feito via vídeo, com o Gustavo na sua própria casa.

Essa liberdade talvez seja o que permita um cara que nunca havia trabalhado para outras empresas — a não ser a sua própria — se sentir tão a vontade como ele está hoje por aqui.

Mas não é só no local de trabalho que existe liberdade: ela está também na aplicação do próprio trabalho de design nos nossos produtos.

Os nosso produtos e serviços, principalmente aqueles que ainda não foram lançados no mercado, carregam em si um mundo de possibilidades ainda não concretizadas.

Quais serão as principais funcionalidades? E as principais características? O que os diferenciará dos concorrentes? Todos os caminhos ainda estão abertos e o time de design acaba ajudando muito na definição desses caminhos.

Gustavo compartilhou com a gente que um dos maiores desafios acaba sendo justamente esse. É aquela velha história: com grandes poderes vem grandes responsabilidades, hehe.

É exatamente nessas definições de caminho que a cultura e os valores de todos dentro do projeto, e até dentro da empresa, precisam estar bem alinhados para que tudo ande bem. Gustavo disse no nosso papo que uma das coisas mais legais de estar no Superplayer & Co são as pessoas com quem ele trabalha diariamente.

Segundo ele mesmo, numa empresa otimizada e mais enxuta como a nossa, só existe espaço para pessoas talentosas e que realmente estão comprometidas com os desafios. E ele tem toda razão :)

Você é uma dessas pessoas? Gostaria de trabalhar com a gente? Então mande um e-mail para jointheband@superplayer.co e bora trocar uma ideia.

Por fim uma última dica: "Abstract" é uma série do Netflix que mostra as diversas áreas do design e como ele se aplica em cada uma delas. Na segunda temporada, lançada em 2019, tem um episódio só sobre o design aplicado a produtos de tecnologia. Recomendamos muito ;)

Se gostou do texto não esquece de deixar um like e compartilhar com aquele(a) amigo(a) designer! Até a próxima. Tchau!

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Du Panozzo
Superplayer & Co

leão com ascendente em aquário / produtor de conteúdo com ascendente em música / cheff de café da manhã