Escalando seu time para Pipe

As escolhas do FST para Pipe

Chico Pimentel
Surf Metrics
5 min readDec 5, 2017

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© WSL / Masurel

A temporada está chegando ao fim. 2017 foi bastante atípico, oito surfistas diferentes já venceram ao menos um campeonato. Dentre todos estes, apenas dois surfistas tem as maiores chances de vencer o campeonato mundial este ano: Medina e John John.

A rivalidade na água entre os surfistas é sempre esperada pelo espectadores. No confronto direto Medina leva a melhor com 11 vitórias e apenas 4 derrotas para o havaiano. Mas, o confronto direto não ajuda o brasileiro neste evento, uma bateria entre os dois surfistas só aconteceria na final, cenário que garante o campeonato mundial para JJF.

A favor do brasileiro temos também um fato. Nos anos em que Medina surfou Pipe com a possibilidade de vencer o campeonato (2014 e 2015), ele alcançou a final do evento. A motivação sempre ajudou Medina e neste ano, com a possibilidade do título, ele vai surfar com todo o gás.

Os dois surfistas estão entre as escolhas da projeção, não poderia ser diferente. Eles são os melhores em Pipe. Nossos três melhores cálculos já montaram 30 times para este ano. Todos os resultados você pode acompanhar na nossa página de cálculos.

Tier A

John John Florence

  • Média nas baterias do evento: 13,95
  • Porcentagem de vitórias no evento: 66,67%
  • Média no fantasy do evento: 81,26

JJF tem a segunda melhor média nas baterias de Pipe, apenas Kelly está a sua frente. O surfista também é o terceiro que mais vence baterias. Nas últimas quatro aparições em Pipe, os resultados do surfista foram, respectivamente: 5º em 2016; 9º em 2015; 5º em 2014 e 2º em 2013. Resultados extremamente sólidos. Apesar de JJF nunca ter vencido Pipe, ele está entre os três melhores, junto com Medina e Kelly.

Porcentagem de vitórias de JJF em Pipe ao long dos anos

Gabriel Medina

  • Média nas baterias do evento: 13,59
  • Porcentagem de vitórias no evento: 68,42%
  • Média no fantasy do evento: 78,53

Medina tem a terceira melhor médias nas baterias de Pipe e a melhor porcentagem de vitórias, contando os eventos dos últimos 5 anos. Assim como JJF, Medina nunca venceu Pipe. Os seus últimos resultados foram: 13º em 2016; 2º em 2015; 2º em 2014 e 13º em 2013. O surfista variou bastante ao longo dos anos, alternando de 2º para 13º. Este ano Medina chega com uma fase impressionante. Se contarmos desde o evento de teste na "piscina de ondas de Kelly" já são 3 vitórias consecutivas em campeonatos. Será que Medina vence mais um?

Porcentagem de vitórias de Medina em Pipe ao longo dos anos

Tier B

Filipe Toledo

  • Média nas baterias do evento: 10,44
  • Porcentagem de vitórias no evento: 42,86%
  • Média no fantasy do evento: 48,74

Toledo, este ano, está na sétima posição do nosso ranking estatístico. Apesar dos resultados do surfista em Pipe não serem os mais favoráveis, o surfista é a escolha do Tier B que mais venceu baterias em 2017. Toledo avançou no rd3 de Pipe duas vezes desde 2013. Toledo, mais do que qualquer outro surfista, tem que provar suas habilidades em ondas tubulares. Nossa torcida é grande para o progresso do surfista neste tipo de condição.

Joel Parkinson

  • Média nas baterias do evento: 12,19
  • Porcentagem de vitórias no evento: 61,9%
  • Média no fantasy do evento: 72,4

Joel sempre obtém bons resultados em Pipe, desde 2012 Joel só ficou fora do rd4 uma vez. O surfista vence o rd3 com um ótima consistência. Ele constitui uma escolha segura para o evento. Seus últimos resultados em Pipe foram: 9º em 2016; 9º em 2015; 13º em 2014; 3º em 2013; 1º em 2012.

Um fato importante para se analisar é o padrão de queda do surfista. Ao longo dos anos sua carreira sofreu um bom desgaste. O histórico da média do surfista em Pipe exemplifica isto.

Média nas baterias de Pipe de Joel Parkinson

Sebastian Ziets

  • Média nas baterias do evento: 11,55
  • Porcentagem de vitórias no evento: 55%
  • Média no fantasy do evento: 60,49

Esta vem sendo uma das melhores temporada da carreira de Sebastian Ziets. O surfista vem mandando bem durante o ano e já entregou ótimos resultados em Pipe no passado. Suas últimas duas aparições em Pipe, entretanto, foram dois 13º.

Porcentagem de vitórias de Sebastian Ziets durante os anos

Mick Fanning

  • Média nas baterias do evento: 11,82
  • Porcentagem de vitórias no evento: 60%
  • Média no fantasy do evento: 70,58

Fanning não participou de Pipe no ano passado. O surfista só tem resultados bons em Pipe nos últimos cinco anos, se tirarmos a derrota no rd2 em 2012. Nas últimas três vezes que o surfista participou do evento conseguiu dois 3º e um 9º.

Um fato curioso este ano é que vem sendo difícil para Fanning avançar das quartas de final. Ele já alcançou as quartas de final 5 vezes em 2017, mas perdeu em todas.

Tier C

Italo Ferreira

  • Média nas baterias do evento: 9,92
  • Porcentagem de vitórias no evento: 40,91%
  • Média no fantasy do evento: 52,97

Italo nunca venceu o rd3 de Pipe e nunca perdeu no rd2. Dentre os surfistas do tier, entretanto, ele é o que mais venceu baterias em 2017. Sua porcentagem de vitórias é bastante alta, comparada com os surfistas desse grupo da tabela. Italo vem bastante relaxado para Pipe, após a classificação no QS.

Kelly Slater

  • Média nas baterias do evento: 14,2
  • Porcentagem de vitórias no evento: 64%
  • Média no fantasy do evento: 87,99

Slater é dominante em Pipe. Apesar dele estar se recuperando de uma contusão, em termos estatísticos, é o melhor surfista do tier C. Slater tem a melhor média nas ondas do evento e a terceira melhor porcentagem de vitórias, atrás apenas de JJF e Medina. A única vez, desde 2012, que ele esteve fora do rd4 foi em 2014, quando Slater perdeu para Alejo Muniz. Nos outros anos o surfista sempre terminou o evento ao menos em 5º. A temporada de Kelly não vem sendo a melhor dos últimos anos, mas no tier C é impossível não escolher o surfista.

A temporada está chegando ao fim e duas das nossas projeções estão entre os 1.000º melhores jogadores do Fantasy. Estamos bastante satisfeitos com o resultado e vamos com tudo para Pipe! Fica ligado nas nossas projeções.

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