Farmácia Popular: programa que facilita o acesso à medicação

Ingrid Souza
SUS 30 anos
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3 min readNov 27, 2019
Hospital Universitário da Ulbra. Foto: Prefeitura municipal de Canoas

Farmácia Popular

O Programa Farmácia popular, criado em 2004 tem objetivo de oferecer à população medicamentos considerados essenciais, as farmácias credenciadas recebem os medicamentos, e a população os retira na que for mais próxima de sua residência.

O Professor em farmacologia da Ulbra, João Victor Laureano explica quais são os medicamentos mais procurados no SUS e os mais caros: “Os mais procurados são para hipertensão doenças crônicas, diabetes e os mais caros vão ser os antitumorais que são medicamentos com valores estratosféricos.”

Para a utilização do programa farmácia popular, o paciente precisa ser atendido por médico credenciado no SUS, e após os exames, ele recebe a receita com o nome do medicamento, que não pode ser o nome comercial, após deve consultar se o medicamento consta nos medicamentos ofertados.

Há também medicamentos oferecidos pelo SUS que não fazem parte da farmácia popular, são mais de 900 remédios são todos fornecidos, podendo haver variação de localidade para localidade.

Segundo João Victor, dependendo da necessidade de medicamento, caso não haja em sua cidade, é possível solicitar uma negativa da farmácia próxima a sua localidade e retirar em outra localização.

Defenda o SUS

Em maio deste ano, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que defende o fim da gratuidade universal do SUS e criticou o programa Mais Médicos. “É justo ou equânime uma pessoa que recebe 100 salários mínimos ter o atendimento 100% gratuito no SUS? Quem vai ter 100% de atendimento gratuito no SUS? Eu acho que essa discussão é extremamente importante para esse Congresso. Eu vou provocá-la, vou mandar a mensagem, sim, para a gente discutir equidade e esse ponto a gente vai pôr o dedo”, comentou o ministro após quase 1h30 de entrevista.

Ainda, sobre o programa Mais Médicos ele comentou: “Eu não vi nenhum cubano atendendo no Albert Einstein, na avenida Paulista, porque decerto se fizesse algo com alguém da elite paulista seria um absurdo, mas para o interior vale, como se houvesse vida do interior e da capital”, afirmou em crítica ao acordo. Para ele, o Mais Médicos tinha problemas estruturais absurdos “em nome de ter este médico é melhor do que não ter nada”.

Texto da coluna de Drauzio Varella para a Folha de S. Paulo

Três meses após a fala do ministro, o médico oncologista, cientista e escritor brasileiro, Drauzio Varella escreveu em coluna para a Folha de S. Paulo com o título: Sem o SUS, é a barbárie. O texto repercutiu nas redes sociais e diversos internautas apoiaram a defesa do SUS com a tag #DefendaoSUS, onde trouxeram depoimentos, benefícios do SUS e seus programas.

Infográfico sobre a abrangência do SUS
Imagens retiradas do Twitter

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Ingrid Souza
SUS 30 anos

Quando não cabe mais no peito (seja por tristeza ou por alegria) eu escrevo pra desabafar. Jornalista e falo de livros/séries no @seriandocomlivros