Vantagem do frame em relação ao business case

Thaina L D Moura
Suzano DigitalTech
Published in
3 min readJun 27, 2022
Photo by Thought Catalog on Unsplash

A criação de produtos digitais que solucionem problemas ou tragam novidades para a área de negócios tem sido cada vez mais utilizada pelas empresas em todo o mundo. Para conseguir a aprovação de um produto, porém, primeiro é necessário entender seu objetivo e retorno — e só então apresentá-lo e validá-lo.

A questão é: como apresentar um produto de forma que ele seja considerado indispensável? Para isso, é necessário estruturar cuidadosamente a apresentação, incluindo informações detalhadas sobre o produto.

Uma metodologia muito conhecida e utilizada por diversas empresas para a construção de projetos é o business case. Na Suzano DigitalTech, porém, aprofundamos esse método inserindo elementos adicionais. Com isso, chegamos ao frame.

De modo simplificado, podemos dizer que o desenvolvimento de um business case tem o objetivo de solucionar um problema ou trazer uma inovação. Isso se dá por meio de um detalhamento enquadrado no escopo pré-projeto e de uma verificação pós-projeto.

Sendo assim, a elaboração do business case, que neste texto será chamada de pré-projeto, compreende a análise das possíveis soluções, a verificação tanto dos benefícios e ganhos quanto dos riscos, o cálculo dos custos e a definição do prazo de conclusão.

Após a validação técnica do pré-projeto, ou seja, depois de a solução idealizada ter passado por uma prova de conceito, realiza-se o pós-projeto, com o objetivo de avaliar a aderência ao que foi planejado e preparar um método de ganho, que também será validado.

Uma boa forma de exemplificar as etapas de um business case é por meio de um fluxo de orientação, que proporciona uma visão abrangente do todo (Figura 1).

Figura 1 — Fluxo de orientação com as etapas de um business case.

Mas e o frame?

Apesar da simplicidade de seu diferencial, o frame proporciona um resultado muito mais efetivo. Sua vantagem está relacionada à entrega do produto dentro do prazo determinado.

Enquanto o business case se limita a encontrar soluções tecnicamente viáveis para os problemas, o frame vai além, trazendo um método de ganho e a realização de um protótipo teórico.

Por mais que pareçam apenas dois passos a mais na concepção do projeto, eles possibilitam o entendimento de informações que suportarão sua priorização e a aprovação de sua continuidade. Isso se dá pelo fato de que, após a elaboração do protótipo do produto, obtém-se a comprovação de que ele funciona. Ou seja, trata-se de um experimento dentro do estudo para mitigar possíveis erros e até mesmo apontar melhorias. Além disso, ao detalhar o método de ganho após a comprovação da viabilidade do projeto, o frame fornece uma demonstração mais coerente dos benefícios quantitativos do produto.

Diferentemente do business case, no fluxo do frame não há uma divisão pré e pós-projeto. No entanto, as etapas adicionais permitem uma dimensão de análise mais integral do produto (Figura 2).

Figura 2 — Fluxo de orientação com as etapas de um frame.

Portanto, a opção de adotar o frame no lugar do business case se deve à vantagem que ele proporciona: entregar uma visão mais abrangente e efetiva do produto, em decorrência da elaboração detalhada e precisa do projeto.

Nos próximos artigos, aprofundaremos o desenvolvimento de um frame completo, passando por cada um de seus passos.

--

--