Desempenho em software não é luxo!

Paulo Freitas
SynchroTEC
Published in
2 min readAug 29, 2016
Mercúrio — XMen

Vivemos em um mundo onde memória RAM é barato. Me lembro de já ter visto DHH dizendo que prefere comprar mais memória do que contratar bons programadores que possam escrever código com bom desempenho.

De fato, esse é um bom argumento.

Porém me faz pensar onde é que vamos parar. Quero dizer, nós temos ordens de magnitude mais memória disponível para os sistemas que escrevemos hoje do que há 10 anos atrás. Nem vou tão longe quanto a ida do homem à lua. E mesmo assim, como usuários, temos que cuidar para que haja memória suficiente para executar a mesma quantidade de programas de 10 anos atrás. Ou seja, a quantidade de memória disponível em nossos computadores aumentou, mas a quantidade de programas que é possível rodar permanece a mesma.

Claro que o Chrome faz muito mais do que o IE6.

Mas a questão é o quanto a nossa geração de programadores, nascida e educada em um ambiente farto de memória se preocupa com a eficiência do código que escreve?

Toda linguagem “moderna” abstrai a complexidade de alocar e desalocar memória. Ou seja, nem aprendemos mais como funciona, quanto custa cadaobjeto na memória. O GC vai cuidar de tudo.

O GC é ótimo, evita o velho leak, um termo que nem ouvimos mais. Porém, não pode nos tornar negligentes e relaxados.

Que aplicação Java roda com menos de 1GB de memória?

Enfim, precisamos utilizar bem a memória que temos. Deixar espaço para que o usuário faça mais com a memória a mais que ele compra. É barato, mas temos que dar valor.

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