A bola da vez: Prazer, Especialista em Transformação Digital!

Com a evolução das tecnologias digitais pelas fazendas de todo país, a demanda por um novo tipo de profissional surgiu. Há alguns anos, ninguém tinha ouvido falar de um Especialista em Transformação Digital, hoje peça fundamental para o melhor aproveitamento das ferramentas nas lavouras. Quando entrou na Syngenta Digital, em 2018, o então estudante de Engenharia Química Matheus Kalil não sabia que seu destino reservava quilômetros de estradas por semana para consultorias personalizadas com os clientes.

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“É um modelo que tem dado certo, tanto que a gente já começa a ver a transformação digital em vários outros locais no mercado. Porque é fundamental para agilizar bastante o processo com qualidade”, conta Kalil, que começou como estagiário do Suporte, atuando por trás do sistema do Cropwise Protector e resolvendo problemas notificados pelos produtores.

No início, ele não entendia muito de agricultura, “caiu de paraquedas” no setor, mas aos poucos, foi se interessando pelos desafios. “O agro é dinâmico e, no Brasil, é uma referência, não tem como questionar. O agro segura o Brasil, é uma baita atividade econômica e uma área com bastante futuro e crescimento”, avalia.

Destino Goiânia

Os esforços no estágio renderam a Kalil uma oportunidade de emprego: foi contratado como Especialista em Transformação Digital em Goiânia, para trabalhar na linha de frente com os clientes. Seria responsável por prospectar clientes, implementar a tecnologia nas fazendas e acompanhar seu uso para que as tomadas de decisão fossem cada vez mais rápidas e simples.

“Morei por quase um ano lá, atendendo clientes de soja, milho e algodão. É ser multiprofissional dentro de um só. Você lida com várias situações no campo e tem que ter jogo de cintura para cada uma delas”, conta.

Na venda da ferramenta, é ele quem mostra as vantagens e convence o produtor de que o digital é o que falta para tornar sua operação mais ágil e produtiva. Com clientes que já usam a ferramenta, o trabalho é extrair cada vez mais valor. “Eles já sabem usar e usam bem, mas querem mais, não querem parar por aí. É desafiador e envolve bastante pesquisa, quebrar bastante a cabeça, criar uma solução nova por dia”, relata Kalil, que completa: “Você nunca vai fazer a mesma coisa dois dias seguidos”.

Pé na estrada

Mais do que uma formação específica, o Especialista em Transformação Digital precisa ser dinâmico e dado ao relacionamento. Também tem que gostar de viajar e conhecer lugares de que nunca ouvir falar. “A gente fica bem rodado no Brasil, conhece várias cidades. É uma vida pouco parada. Não tem isso de ficar no escritório, só administrando e mandando mensagem para o cliente”, relata Kalil.

O escritório, aliás, só tem espaço na agenda uma vez por semana, normalmente nas segundas-feiras, reservadas para atividades mais burocráticas. “De terça a sexta, é na estrada, passando por fazendas, por clientes e fazendo várias reuniões”, conta o jovem, que se sente grato ao ver o produto sendo usado da forma como sugeriu. “Você consegue ver seu trabalho dando resultado na sua frente”, diz.

Profissional analítico

Depois de rodar muito o Centro-Oeste, Matheus Kalil foi para o Sudeste, sediado em Ribeirão Preto, onde atende a produtores de café e citrus. Para ele, o futuro do Especialista em Transformação Digital é promissor, com alta demanda, e “bastante analítico”.

“A gente vai virar quase um engenheiro de dados agronômico. Vejo essa parte de análise muito forte. Não basta ensinar como usar, tem que mostrar, conduzir a vários insights com os dados. Vejo isso no nosso futuro”, conclui Kalil, que provavelmente, neste momento, está na estrada, em direção a mais uma consultoria.