O que é Computação em Nuvem?
Talvez você já tenha ouvido o termo “Cloud Computing” o que, em português, significa “Computação em Nuvem”. Neste e-book, vamos usar os dois termos para nos referirmos ao mesmo conceito: nuvem e cloud.
Segundo o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST, em inglês), um instituto estadunidense (nome oficial: National Institute of Standards and Technology), Computação em Nuvem refere-se a um modelo que permite acesso conveniente à rede sob demanda a um pool compartilhado de recursos de computação configuráveis (por exemplo, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e serviços) que podem ser rapidamente provisionados e liberados com esforço mínimo de gerenciamento ou interação do prestador de serviço de nuvem.
O Instituto também define cinco características fundamentais para o estabelecimento de uma arquitetura de solução em nuvem. Essas características são importantes, pois são as diretrizes, tanto de empresas prestadoras de serviço de nuvem quanto de empresas que estão estabelecendo seu próprio centro de dados e criando sua nuvem privada (sim, há nuvem privada e pública! Vamos explicar no próximo capítulo!).
Assim, as cinco características de Computação em Nuvem são:
- Serviço self-service: habilidade de usufruir de recursos computacionais (por exemplo, memória, armazenamento e processamento) e outros serviços de maneira fácil e a serviço do cliente, no qual ele consome, provisiona e monitora seus recursos;
- Amplo acesso à rede: habilidade de utilizar uma ampla rede que pode ser acessada por diversos usuários em diversas regiões. Geralmente com conexão à internet para alcançá-las, deve-se levar em consideração a banda-larga da conexão e também a latência que o negócio (a empresa) está disposto a negociar ou não;
- Pool de recursos: um grande repositório de recursos é necessário para fazer a computação em nuvem entregar tudo o que ela se propõe a entregar; um agrupamento de recursos se faz necessário para disponibilizar de maneira eficiente recursos computacionais para diferentes necessidades que o usuário possa vir a ter, usando-os da melhor maneira possível;
- Rápida elasticidade: capacidade de redimensionar os recursos computacionais (CPU, memória e armazenamento) de forma manual ou automática de acordo com a demanda de acesso aos serviços disponibilizados na nuvem. É muito recomendada, por exemplo, em períodos de picos de acesso, como na Black Friday;
- Serviço medido: habilidade de se medir e monitorar o que está sendo consumido na nuvem. Esta medição ajuda na adequação destes recursos, sendo possível ajustá-los de acordo com a demanda.
Benefícios de utilizar cloud
O agrupamento de recursos, a escalabilidade e os serviços medidos são algumas das características da implementação da nuvem, e também alguns dos benefícios que esse modelo de consumo traz. Outros benefícios podem ser encontrados abaixo:
- Alta Disponibilidade: os recursos estão sempre disponíveis, uma vez que estes são redundantes e podem estar disponíveis em diferentes regiões (do mundo!);
- Agilidade: agilidade de provisionamento, implementação e modelo de consumo. Não há nada mais frustrante para equipes de desenvolvedores que querem implementar uma nova funcionalidade, produto ou aplicação e não ter os recursos de infraestrutura disponíveis (imagina reduzir o provisionamento de semanas para apenas algumas horas! Incrível, né!?);
- Distribuição geográfica: empresas que atendem mercados globais conseguem se beneficiar da distribuição geográfica e expandida que os provedores de nuvens oferecem;
- Recuperação de desastres: devido à redundância e à distribuição geográfica dos recursos, utilizar-se dos serviços de nuvem faz com que os dados e workloads em determinada região possa ser efetivamente restituído e salvo em outra região, diminuindo os riscos e auxiliando na continuidade do negócio;
- Modelo OpEx (Operational Expenses, em inglês, ou gastos operacionais, em português): ao invés da empresa comprar servidores e maquinário e colocá-los em um centro de dados (que também tem um custo de aluguel, energia, manutenção, luz, etc), o modelo de consumo de nuvem é menos complexo: a empresa não precisa ter um centro de dados físico e somente paga pelo que consome. O custo desse consumo é alocado na coluna de custos operacionais no balanço financeiro e não há depreciação dos ativos como no modelo de CapEx (Capital Expenses), em que o dinheiro de uma organização é investido em adquirir, manter e aprimorar ativos fixos de uma empresa, tais como: equipamentos, maquinários, fábricas, tecnologia, entre outros.
Esse texto faz parte do Guia da Computação em Nuvem: Conceito, Prática & Capacitação publicado no Medium, no Leanpub, e na Open Library. Para checar todos os capítulos, clique aqui e acesse a Introdução.
Próximo capítulo: Modelos de Implantação de Cloud