Um esclarecimento sobre o suicídio

Jéssica Christiane Schubert
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2 min readJun 8, 2017
Foto: Gabriella Tiscoski

O suicídio é mais comum em países considerados subdesenvolvidos. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), de 172 países, apenas 60 apresentam uma boa qualidade de vida, a maioria deles são países desenvolvidos, os outros 112, considerados subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, apresentam 71% dos casos de suicídios.

A estimativa é de que 800 mil pessoas morram por esta causa nos países em que a renda é média ou baixa, e apenas 28 países possuem estratégias de combate ao que é chamado de morte voluntária. Os continentes que mais apresentam estes casos são o Sudeste Asiático, com 17,1 suicídios por 100 mil habitantes, e a Europa, com 13,8 por 100 mil habitantes.

A depressão é a principal causa de suicídio, mas nos homens ela não é identificada com tanta facilidade por não terem o hábito de consultar um médico, o que faz deles os mais afetados pela taxa de suicídio no Brasil. Em 2012, as taxas atingidas por eles foram quase quatro vezes maiores que a das mulheres, 9,4 a cada 100 mil, enquanto as mulheres registraram uma taxa de 2,5 a cada 100 mil habitantes, porém, as mulheres possuem um número maior em tentativas de suicídio.

Existem alguns fatores que são gatilhos para o suicídio, como a perda recente de alguém, algum tipo de transtorno mental, conflitos de orientação sexual, uso de drogas e bullying.

Alguns sinais que podem ser percebidos são: piora súbita no desempenho escolar; perda do senso de perigo e acreditar que a sua existência não importa mais e que se ela não existisse tudo ficaria melhor.

Para ajudar quem está passando por isso, a primeira coisa a fazer é conversar com a pessoa, sem a julgar. É recomendável também que se tente identificar o estágio da doença desta pessoa (se são somente pensamentos ou se já são planejamentos).

Depois, ofereça com delicadeza alguma ajuda e sugira a procura de algum psiquiatra, pois pode ser algum transtorno que a pessoa tenha, diagnóstico que somente pode ser feito por um especialista.

Por último, dê muita atenção para o que a pessoa está querendo falar, pois, às vezes, somente tendo alguém para conversar já os faz sentir aliviados.

Na hora do auxílio, nunca coloque a pessoa em uma posição inferior, pois ela já está num estágio delicado. Por último, não se mostre chocado com a situação, não interrompa a conversa ou faça comentários invasivos.

Vale ressaltar também que a ansiedade pode evoluir para um quadro depressivo e isto é uma das maiores causas do suicídio.

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