A dor desse mundo é um cavalo baio
Pulsando num tom marrom-avermelhado
Veloz me atinge no peito, qual raio
Tem a crina negra, o pelo escovado Quando a lua morre, queijosa e amarela
E o orvalho cobre o suor como um véu
Me leva no lombo, não aceita sela
Subindo a Canastra direto pro céu Mantenho o sorriso, tacanho, ariano
Não tenho remédio, perdi a escansão
Galopa, meu baio, no rastro cigano
Meu destino eu vi flutuar num balão