Os seios petulantes dela

Nina Olivetto
EuLírico
Published in
2 min readSep 26, 2018
Acervo Nina — Nude Noir enviado por Sophie

Levemente empinados, petulantes e desafiadores. Como aquele nariz emoldurado por cabelos cacheados escuros, em corte Chanel invertido. Empinados e petulantes, eles me olhavam como se me conhecessem. De certa forma me chamavam. Desafiavam a minha compostura.

Aparentemente macios, sem marcas de sol e desnudos. Apenas um pedaço de perfeição que me indagava se deuses haveriam passado mais tempo ali, desenhando ou admirando-os de perto.

Pêra madura que ansiava mordidas leves. Frutas maduras precisam ser sugadas, pois lambuzam nossa imaginação. Levemente empinados, petulantes e desafiadores. Eu diria até orgulhosos e expostos como obra de Lautrec.

Cor de desejo em corpo miúdo, belo e livre. Não há coleira que prenda aquele leão a não ser o próprio desejo. A petulância daqueles lindos seios me traziam pensamentos de pele, de vontade e de encanto.

Sorriso infante de dentinhos levemente tortos e encantadores. Seres únicos me atraem por suas peculiaridades. Eles — carregados por ela, ser altivo e voraz — eram um maná que eu observava sem tocar. A boca aguava em seu movimento sutil. A linha da cintura clamava pelo que já tinha dono. Na escuridão do meu quarto, passei a língua levemente nas mãos imaginando os seios dela.

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