Acessibilidade + UX

George Chaves
TaqtileBR
Published in
4 min readApr 14, 2016

Alô, alô, graças a Deus! É como diz o ditado, né?

Um mês atrás compareci a um Meetup cujo tema foi Acessibilidade. Peço perdão pelo vacilo de ainda não ter compartilhado a experiência com vocês… É que é bem difícil conciliar meu projeto pessoal de consultoria em UX para uns meninos (tipo um tal de Fabrício Teixeira e aquele John Maeda) com os freelas que faço pra a IDEO no meu tempo livre. Mas agora vai!

Alerto, antes de mais nada, que o objetivo desse texto não será trazer resposta a todas as perguntas relativas a assunto Acessibilidade + UX. Na real, vai ser o contrário disso! Reuni algumas notas tomadas durante o encontro com uns links que encontrei nesse programa chamado Internet e espero que tenha sido minimamente claro.

Eu tô te explicando pra te confundir, eu tô te confundindo pra te esclarecer

Esse manja

A experiência do encontro a respeito de Acessibilidade com uma galera de front e de UX foi bem produtiva. Os cicerones iniciaram a reunião dançante lançando uma pergunta infame:

“Pra você, qual é o mínimo de Acessibilidade necessária em um produto?”

Se tiver um pouco de tempo, pare e reflita a respeito. Lá na sala as respostas foram difusas, resultando em algo entre a navegação pelo uso da tecla Tab e o VoiceOver. Mas, sejamos sinceros, o quão importante é essa questão para você, Designer?

Bom, a meio-que-conclusão geral a que chegamos depois de algumas trocas de ideia, o resultado da conversa foi que em primeiro lugar a palavra-chave é empatia. Hey! Estamos falando de uma parcela significativa da população que tem direito, inclusive previsto em lei, ao que criamos. Se nós Designers pensamos tanto em tornar conteúdos tão claros, em fazer botões tão fáceis de entender, em menus tão intuitivos, por que não fazer isso tudo de forma mais acessível? Ora, se somos tão nobres em pensarmos sempre em contraste, em legibilidade, em tolerância ao erro, por que não usar também os tantos outros princípios do Design Universal?

Ha ha ha…

A preocupação com o tema felizmente não é recente, mas merece ser ainda mais explorada e a literatura é limitada. As gigantes até parecem se envolver e vez ou outra surge algo interessante, mas que cai rapidamente num vórtice de esquecimento. Talvez nossa classe precise fazer mais uso daquela tal empatia

Facebook acessível e chique
Olha o Uber!

Pra não ficar só na falação, resolvi fazer um compilado/resumão de alguns conselhos em Acessibilidade + UX que achei por :

http://thebiguglywebsite.com/
  • Crie personas inclusivas. Nada mais justo que incluí-los no processo desde o início, amém?;
Inês Brasil em formato Sims, por que não?
  • Não use a Cor como único meio de passar uma mensagem. Veja que existe muito mais que daltonismo por aí e em quantidade maior do que você imagina;
Quantas mensagens de erro a gente tem aqui? Clique e descubra
  • Contraste é importante. O W3C sugere que a relação de contraste entre o texto e o fundo deve ser de pelo menos 4.5 para 1. Se a sua fonte tem ao menos 24px ou 19px em negrito, o mínimo cai para 3 para 1;
Acho que essa é a única imagem na página que realmente pertence a mim
  • Forneça indicativos de quando o teclado estiver em foco. Existe também uma tendência em eliminar o ponteiro do teclado quando ele está ativo. Me falarem que: parem!;

:focus {outline: 0;}

  • Cuidado com formulários. A dica é que não sejam removidas as bordas dos campos e que os mesmos possuam labels sugestivas;
Foco visual padrão no Chrome e Firefox
Um campo aceitável, né?
Aí fica difícil…
  • Não faça as pessoas varrerem a tela à procura de algo. Esse conselho vem em nome dos que usam somente o teclado ou ferramentas de reconhecimento de voz para navegação, porque se um link não está visível também não está clicável. E se não está clicável, consequentemente está transparente para essas pessoas.
Tem um monte de link aí que você não tá vendo! E não é culpa do rostinho bonito

Bom, confesso que o próprio padawan em UX que vos escreve raramente consegue aplicar esses itens… É que normalmente a gente desenha pra quem está habituado a desenhar. Mas isso aqui é só o começo e o texto só quer "derramar uma luz" no tema. Vamos nos inspirar em quem faz coisa interessante por aí e mão na massa!

Desculpa, tô sem criatividade para as fotos

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