Minha experiência com a mentoria da Taqtile
Uma aspirante a Taqtiler.
No ano passado apresentei, junto com uma amiga, a Yasmim, um projeto de soluções tecnológicas do KM23 (um grupo de jovens de Embu que busca levar alunos até a universidade) e nessa apresentação (em que construí um protótipo de um app) conheci o Yugo que me propôs, através de uma mentoria, conhecer um pouco mais sobre o design e a prototipação.
Aqui vai um pouco sobre como foi todo esse processo e o resultado final :D
Os primeiros passos
Os primeiros exercícios foram relacionados a tipografia e, de certo modo, uns dos mais difíceis pra mim (por trabalhar com diversas restrições de fontes e cores, além de toda essa experiência nova de chamadas de vídeos que eu não tinha nenhum contato até então). Paralelamente, tive alguns exercícios de pesquisa que envolviam buscar telas que possuíam determinadas características como lúdico/alegre e elegante/refinado e eu adorei procurar por elas.
A decisão do tema do protótipo
Antes de decidirmos qual seria o objetivo do protótipo, alguns conceitos foram sendo passados aos poucos, como o que era grid e sua importância, o processo de design conhecido como Double Diamond e o Método “5W1H” — além de entender melhor algumas definições como os conceitos de equilíbrio, simetria, regularidade, entre outros.
Passados alguns checkpoints, a decisão foi de criarmos um protótipo de um app para a Feira de Embu das Artes — uma feira de artesanato da cidade onde moro.
A primeira ideia era algo que envolvesse os estacionamentos da cidade (uma espécie de Waze para encontrar lugares para estacionar, além de avaliar os preços e as condições dos estacionamentos). A partir disso, precisava confirmar minhas hipóteses e ver se esse era uma problema de fato ou não.
Como método de pesquisa, além das buscar nas redes sociais, procurando avaliações sobre a feira, utilizei o método Screener para definir o público alvo da pesquisa de campo (na Feira) e definimos as perguntas que faria tanto para os turistas, quanto para os artesãos.
Os resultados obtidos foram cruciais para o desenvolvimento do protótipo, pois me fez perceber que talvez essa não fosse uma necessidade tão relevante para os turistas e começar a pensar em outras ideias.
Analisando as respostas obtidas ao longo de todo esse processo, cheguei na proposta de um e-commerce para os expositores da feira, afinal muitos diziam ter interesse em expandir suas vendas online, porém sem saber ao certo como fazer isso, além de turistas que se interessam pelos produtos, porém moram longe ou por algum outro motivo não vão com frequência até a cidade.
Busca de referências, padrões e Wireframes
Após definir qual seria o objetivo do protótipo, comecei a buscar as referências que já existiam no mercado e procurar quais eram os pontos que se repetiam dentre eles (o que fato ajudou muito durante o processo da criação das telas)
Os wireframes vieram em seguida e foram a base do protótipo. Construi-los foi uma experiência bem legal e depois ver aquilo “tomando forma” foi mais legal ainda.
Além de continuar buscando referencias, voltei para a feira de Embu, agora com a Paola (uma das minhas mentoras ❤) para mostrarmos aos expositores algumas referências de estilos (telas, tipografias e cores) que tinha selecionado e perguntar quais daqueles estilo representavam melhor a Feira de artes.
Styletiles e aula prática
Antes de começar a fazer as telas no Figma, tive um exercício de criação de style tiles e nele definimos as cores, fontes e texturas do protótipo e foi justamente na aula pratica (onde fui até a Taqtile) que aprendi alguns outros recursos que me ajudaram a entender como construir as telas com mais facilidade.
A aula prática foi, com certeza, uma das melhores partes do processo. Além de ter aprendido bastante coisas nesse dia, visitei a empresa por dentro, o que foi incrível, pois nunca tinha visto um espaço de trabalho tão autentico e aconchegante. Ah e claro, vi o pessoal e conheci o Taki :)
Construir as telas
Por fim, chegou o momento de fazer as telas de fato. Como o style tile já tinha sido construído, esse último processo foi mais fluído e provavelmente, a melhor parte. Algumas coisas tiveram que ser readaptadas e a principal dificuldade foi com relação as cores, mas fiquei bem contente com o resultado final.
Além das telas
Eu nunca tinha tido nenhum contato com profissionais de design antes, então mesmo gostando muito desse meio, tudo era muito abstrato para mim. O que fazem? O que comem? Como se comportam? Eu tinha muitas dúvidas e essa mentoria veio na hora certa, afinal esse é meu último ano na escola (lê-se ano de vestibular).
Tendo feito todo o meu ensino fundamental em escola pública e o médio em uma escola técnica (também pública) sei que poucas são as empresas que voltam seus olhares para tais alunos, justamente pelo estereótipo que se mantem desses jovens, mas acredito que quando ultrapassarem essa barreira e enxergarem os potencias de cada um ao invés de seu histórico ou classe, avançaremos enquanto país (e que bom que a Taqtile já tem pensado nisso).
