Casamento de Ana e Bruno

Tatiana Couto
Tatiana Couto - Celebrante de Casamento
6 min readMay 30, 2020

Aconteceu em 22 de Novembro de 2019, no Vale dos Sonhos.

Bruno Montt Fotografia

A Ana e o Bruno transformaram as estações de trem do Rio de Janeiro em um belíssimo palco das cenas de amor que viveram. É bem clichê e parece até história de comédia romântica e… sim, a história deles tem esse clima leve! É como um aconchego pra uma tarde de domingo, é história pra ser guardada, lembrada, contada e degustada.

A primeira vez que eles se viram foi durante o trote da faculdade da Ana e ele estava por lá, assistindo tudo. Alguém que estava fotografando o trote, registrou o momento em que ele observava as brincadeiras e essa foto viralizou entre os grupos de amigos. A Ana correu para mostrar para as suas irmãs a foto daquele rapaz loiro, que ela tanto simpatizou mas que achava que jamais notaria a sua presença. Roberta, a irmã mais velha, quando bateu os olhos naquela imagem, nem titubeou, deu o seu aval, afirmando que o rapaz era maravilhoso!

Mas engana-se quem pensa como a Ana, acreditando que ele não percebeu os lindos detalhes do seu sorriso e dos seus olhos, pois ele ficou, sim, admirado e pensou que nunca mais fosse encontrar novamente aquela menina linda do sorriso sapeca.

O que eles jamais imaginaram naquele momento era que eles estudariam Direito no mesmo prédio e que se encontrariam em todas as viagens de trem.

Uma conspiração do universo?

Eu não sei, mas prefiro não desdizer essa frase dos contos de fadas.

Entre embarques e desembarques, trajetos, esperas e demoras, a Ana conta que dava várias incertas e o Bruno não entendia o que ela estava querendo. Todavia, o Bruno me disse em tom bastante engraçado que ele é bem atento e que talvez ela não estivesse sabendo jogar. O fato é que, sabendo ou não o que estavam fazendo, eles foram ficando cada vez mais próximos até que se encontraram numa choppada e iniciaram uma longa e interminável conversa. Entre um chopp e outro as horas avançavam e nada acontecia, foi quando uma amiga percebeu que eles necessitavam de um empurrãozinho. A Mari, amiga deles dois, chamou o Bruno num canto e disse, em alto e bom tom: Bruno, beija logo! Não está vendo que a Ana gosta de você?

Ele que até então não havia compreendido nenhum dos sinais que a Ana lhe dava, ficou surpreso, jamais imaginara o interesse dela. Esclarecido o engano, ele deu o beijo mais louco que ela recebera em toda a sua vida. E quando eu digo louco, é porque é justamente assim que ela define o beijo deles. Sabe-se lá se foi por causa da expectativa ou das várias canecas chopp que rolaram, mas o fato é que o beijo foi anunciado assim. Então, eu afirmo: o referido é verdade e dou fé. Batizo o beijo de vocês como “beijo louco” e se alguém tiver algo a dizer sobre isso que fale agora ou cale-se para sempre.

Depois desta experiência bastante alucinógena, nem preciso dizer que eles se apaixonaram, tanto que foi o suficiente para que o Bruno encarasse o sogrão e as cunhadas, afinal, foram eles que criaram a Ana com todo amor e carinho. Feito isso, puderam anunciar o namoro sem ter que se esconder de mais ninguém. Estenderam aquele cartaz imaginário que diz: apaixonados um pelo outro.

O amor tornou-se o signo regente do dia a dia deles e esse bendito sentimento uniu duas famílias em um único desejo: tornar-se única.

“Família é prato difícil de preparar. São muito ingredientes. Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo. Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência”

De repente, soltaram os fogos de artifício e o Ano Novo com as duas famílias reunidas anunciava: são novos tempos. Sim, foram novos tempos e horizontes e eles não quiseram nem saber se o país estava em crise ou não. Decidiram que fariam concurso sim; prova da OAB, com certeza; noivado, fato; dinheiro pra viver, relaxa, vai dar tudo certo porque o amor só reconhece a vontade de vencer. Partindo deste lema, deu tudo certo e quando mencionei esse período na cerimônia, eles só souberam chorar, de alegria, orgulho e de gratidão. E pra encerrar agora, eu apenas gostaria de dizer:

Não sintam vergonha de chorar todas as vezes que lembrarem de tudo o que vocês já viveram. A vida com Amor é um prato que emociona e a gente chora mesmo. De alegria, de saudade ou de tristeza… Seja como for, a Vida com Amor é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma Vida fria é insuportável, impossível de engolir. Seja como for, com Amor ela fica bem melhor. Se puder saborear, melhor ainda, saboreie.

Todas os cliques são de @brunomonttfotografia

Eles assinaram o nosso certificado do amor, nada oficial, vale somente o que foi dito, vivido, sentido…
Musiquê Casamentos

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