Se eu quiser te falar de finanças públicas, o que te afasta?

Jordão Mota
tchiluanda
Published in
2 min readMay 15, 2019

Essa foi uma das primeiras perguntas que me veio à cabeça ao ser selecionado para um grupo do Tesouro Nacional cuja missão é mergulhar nos dados disponíveis da instituição e criar narrativas que facilitem a compreensão desses dados. Ou seja, além de dar mais transparência aos gastos do governo, a ideia é facilitar e estimular o envolvimento da sociedade nessa área.

Mas, ao desejarmos facilitar e estimular a participação social, fica claro que as contas públicas estão distantes da população. E por que isso ocorre? Acredito que muito desse afastamento se deve ao fato de o assunto ser complicado, difícil de entender. Uma avalanche de números e jargões que nos faz parecer um extraterrestre aterrissando em um mundo desconhecido.

“ET, finanças públicas, minha casa”

E, por mais que se diga que a população precisa se integrar e se conscientizar das políticas públicas, a maioria das informações divulgadas pelo governo parecem ser codificadas para que somente uma pequena categoria de especialistas compreendam. É o famoso “entendedores entenderão”, que mostra pouca simpatia com aqueles que estão fora do grupo.

Dessa forma, em vez de termos mais pessoas atuando assertivamente diante das finanças do governo, temos um debate superficial sobre o tema, com a participação e compreensão de poucos, impulsionado pela dificuldade da maioria em estabelecer uma relação amigável com esse “assunto chato”. Mas como alterar a dinâmica desse ciclo nada virtuoso?

Para acolher um E.T. nesse mundo das finanças públicas, é fundamental construir uma empatia com o visitante, para que ele possa sentir vontade de ficar.

Que tal começar por estabelecer contato em um idioma de fácil compreensão, sem jargões desnecessários, mas que permita uma escalada na jornada do conhecimento?

O Tchiluanda será o anfitrião dessa missão de boas-vindas. Embarque aqui.

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