O que as competências de noivos e de jogadores de RPG têm em comum? [Alerta de spoiler] O engajamento é apenas o começo
[Tradução do artigo original de Zach Reznichek]
Pense sobre isso: por que as pessoas ficam “noivas” para se casar? Não é um período importante de observação para determinar se os noivos (que incluem noivas!) realmente vão funcionar como parceiros de longo prazo?
Além de um amante, há poucas coisas que realmente capturam nossa atenção como jogos. E, como um interesse amoroso, quanto mais interessante, misterioso, complicado e divertido é um jogo, mais ficamos ligados nele. Os jogos mais robustos da Terra são os de role-playing. Existem três tipos principais:
- RPG de Mesa (TTRPG)
- role-playing de ação ao vivo (também conhecido como LARPG ou Larping)
- RPG de Computador (CRPG)
Os três tipos de RPGs têm seu próprio contexto e interface. Embora o RPG de ação ao vivo exija que você se vista com o figurino completo e viva como o personagem, em um jogo onde todos os outros fazem o mesmo, quando você joga um RPG de computador, pode ficar em casa, de roupa de baixo, deixando o computador representar a sua aparência, voz e ação, como se fosse você. Em Larping, os humanos organizam o que acontece nos evento da história em grande escala, realizam os feitos para superar desafios, enquanto outros estão no mesmo ambiente para julgar os resultados e moderar o fluxo narrativo e as regras. Nos CRPGs, o computador é programado para fornecer a história e entregar desafios; calcular e resolver probabilidades; e moderar a narrativa e as regras do jogo.
Com os TTRPGs (que é onde está o foco do Teacher-Gamer Handbook), os jogadores deixam sua imaginação se misturar para estabelecer o contexto e ficam face a face em torno de uma mesa. Embora alguma tecnologia seja trazida para a mesa, as decisões de ação, a determinação das probabilidades e a moderação das regras são humanas. O sucesso de uma ação proposta é resolvido pela rolagem dos dados e o grau de fracasso ou sucesso é o que move a trama linear adiante.
O propósito das competências para se jogar RPG é uma percepção mais engajada: gerar inúmeras oportunidades contínuas para observar coisas em pelo menos 36 domínios principais do autodesenvolvimento.
Dizer apenas: “As crianças precisam de jogos de RPG!” não é inclusivo o suficiente. As pessoas precisam de role-playing games! No entanto, pelo menos as crianças precisam deles. E a maioria dos pais e adultos aos quais descrevo estes jogos querem participar da ação. A vantagem que a maioria das crianças tem é tempo extra — ou melhor ainda — elas podem ter tempo escolar para os RPGs. A razão pela qual as escolas precisam de RPGs é que, no tempo reservado para o aprendizado, podemos cultivar o maior número de oportunidades para a uma percepção mais engajada, combinando alfabetização acadêmica, competência socio-emocional e aquisição de habilidades para a vida, em autênticos jogos educativos.
Como educador e pesquisador independente, Zach trouxe “Introdução ao RPG: Dungeons and Dragons” de volta à Green School, mas desta vez na Ensino Fundamental 2 (séries 6 a 8). Os resultados foram ótimos para os alunos e como um complemento ao nosso currículo holístico. Os alunos trabalharam para encontrar a confiança sozinhos, sentindo-se mais fortes juntos e em equipe — compartilhando a responsabilidade por objetivos comuns. A dramatização desafiou os alunos a tomar iniciativa, considerar as perspectivas uns dos outros e colaborar em uma simulação de jogo em que seus personagens só sobreviveriam trabalhando juntos. Os alunos se divertiram muito: todos os 12 alunos compareceram nas cinco primeiras turmas e 100% deles relataram que ‘gostavam de aprender a jogar role-playing’. “- Glenn Chickering, diretor da Escola Secundária Green School Bali
Os objetivos e realizações listados abaixo, são baseados tanto na minha experiência profissional quanto nas reflexões corroboradas de jogadores e pais (clique para lear as suas próprias palavras).
Passei os últimos dez anos trabalhando com alunos e professores, especificamente na aquisição de habilidades para a vida no contexto da alfabetização, adquirindo habilidades acadêmicas em inglês. para concluir o ensino médio em ambientes públicos, particulares e em casa. Paralelamente aos principais focos da minha tese de mestrado, que se aplica à motivação e à aprendizagem autêntica, os jogos de role-playing avançam, desenvolvem e ampliam o senso de cada um dos 12 aspectos do conjunto de habilidades dos RPGs.
12 Aspectos do conjunto de competências para RPGs nas Escolas
- EMPATIA (equidade, conscientização dos espectadores e compreensão de si e dos outros)
- CRIATIVIDADE (experimentação, falha e improvisação)
- MINDFULNESS (autoconsciência, risco e perspectiva)
- ESTRATÉGIA (pensamento crítico, pensamento sistêmico e resolução de problemas)
- NARRATIVA (narrativa, formas literárias e estabelecimento de objetivos)
- COMUNICAÇÃO (colaboração, decoro e escuta ativa)
- INICIATIVA (adaptabilidade, motivos sensoriais e simulação)
- ALFABETIZAÇÃO (escrita, probabilidade e conhecimento)
- RECOLHA DE INFORMAÇÃO (desenvoltura, diplomacia e persuasão)
- SUSTENTABILIDADE (consciência da solução, pensamento contingente e planejamento)
- OBJETIVO (autenticidade, capacitação e auto-validação)
- HONRA (responsabilidade, ética e proteção do espírito)
Teste você mesmo: para aprender algo, qualquer coisa, o que tem que acontecer? Faça uma pausa, desvie o olhar da tela ou feche os olhos e pense no que é necessário para aprender alguma coisa.
Alguns diriam que está adquirindo conhecimento ou se tornando competente (em uma habilidade) por meio de experiências, ensino ou estudo. Ok, mas essa é uma resposta geral. Vamos nos concentrar no mecanismo.
Você pode dizer que precisa passar de não saber a saber ou precisa experimentar algo que muda seu conhecimento. Ok, então estamos vamos nos concentrar nisso.
A função mais importante da aprendizagem
Pense nisso: você não pode aprender algo a menos que perceba. E para perceber algo, você precisa se envolver com isso.
Isso nos leva de volta a nossa pergunta original sobre por que as pessoas se envolvem. Quer se trate de role-playing games ou duas pessoas pensando em “se amarrarem”… explorar e reservar um tempo para jogar, nos leva a perceber, que é como aprendemos algo novo. Ponto final.
Assim, concluo que a função mais importante da aprendizagem é perceber.
Confira a sua percepção. Verifique com você mesmo: você chamaria esse de um momento em que aprendeu alguma coisa? Agora, como professores, temos que cultivar essas oportunidades sempre que possível, em termos de currículo e objetivos de aprendizado do sistema educacional em que trabalhamos, para quem trabalhamos ou que está nos gerando.
Se você não é professor, considere agora quando observa (ou julga!) educadores, o que de fato você está julgando, porque esse é realmente o critério do que um professor é capaz. E nem todas as pessoas que se dizem professores são boas nisso. Algumas são pessoas muito legais, mas esse não é o critério básico para fazer seu filho aprender. E não vamos confundir “legal” e “atencioso”, também não vamos esmiuçar muito as palavras, porque, se você procurar a palavra “legal”, poderá se surpreender com sua origem.
Vamos deixar em um ponto de contemplação: que qualidades podemos notar sobre os professores, que realmente nos levaram a aprender algo e que mais respeitamos em nossas próprias vidas? Além disso, como eles nos fizeram perceber as coisas? Comente abaixo e deixe-nos saber como o aprendizado é uma aventura para você.
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Zachary Reznichek é um instrutor de habilidades para a vida e teacher-gamer, realizando cursos na América do Norte, Europa e Sul da Ásia. Agora, online, globalmente.
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