Contratações óbvias: como o viés de contratação poderia ter impedido minha chegada na Kenoby.

Fernanda Gomes
Team Kenoby
Published in
4 min readOct 7, 2021

Seguindo pelas práticas comuns de recrutamento e seleção, provavelmente eu não estaria contando a minha história hoje.

Em 2009, aos 22 anos, iniciei minha trajetória profissional no mercado financeiro e certamente não sabia muito bem qual caminho gostaria de seguir. Após 5 anos na área de facilities, passando por 2 posições diferentes, tive a oportunidade de participar de um processo seletivo para a área de Compliance. Vi naquele momento a oportunidade de me tornar funcionária do banco no qual eu prestava serviços e aprender mais sobre uma área que até então não conhecia.

Ao iniciar esta etapa na área de Compliance, desenvolvi minha capacidade analítica, me tornei destaque nos times que passei, fui premiada algumas vezes e estava vivendo meu melhor momento profissional: em uma empresa que eu amava, performando acima do esperado, financeiramente bem mas dentro de mim falava mais alto a vontade de ter mais contato com as pessoas e de atender clientes. Não sabia exatamente como, mas mesmo no melhor momento da minha carreira sentia uma parte de mim com um vazio.

Comecei a buscar vagas internamente na área comercial e fui questionada muitas vezes se tinha certeza do que estava fazendo. Participei de alguns processos de seleção e passei para a vaga de analista administrativo na área de investimentos. Aceitei o desafio, porque pensava: “se eu era excelente em compliance, logo seria excelente em qualquer lugar!”. Foram anos bem difíceis, pois com o passar dos dias percebi que não, não somos bons em todas as posições. Somos bons naquilo que temos potencial para ser. Mesmo com toda a alegria de estar mais perto do meu objetivo, de fato não estava atuando na linha de frente, trabalhava apenas com números e planilhas, não atendia clientes.

Passei de high performance para uma profissional mediana. Por mais que eu me esforçasse, não conseguia ser excelente.

Pouco tempo depois, em 2018 com a venda do banco, fui integrada em outra área e desta vez como analista de planejamento comercial. Estava um pouco mais perto do meu objetivo, mas meus dias eram tomados novamente por números, planilhas, dados e por mais que eu goste de analisá-los não tenho habilidade para construí-los.

Reconhecer nossas habilidades é de fato um passo bem importante para saber onde e como chegar.

Mais uma vez pensando que poderia ser excelente fui mediana e em 2019, demitida. A primeira vez que fui demitida de uma empresa e sinceramente, não sei explicar o que senti, mas vi ali a oportunidade de reescrever esta história.

Após um ano e meio fora do mercado de trabalho, participando de poucas ou quase nenhuma entrevista, enviando em média 200 currículos por mês, me deparei com uma vaga “pessoa executiva de vendas”. Era a minha chance de estar onde sempre desejei!

Me candidatei e passei pelas etapas de fit cultural, mapeamento de perfil comportamental, teste de português e vendas, porém na última etapa antes da entrevista, havia um teste de raciocínio lógico e não passei.

Bom, aqui começa minha história de amor com a Kenoby, pois após 4 dias do feedback negativo, entraram em contato comigo perguntando se eu tinha interesse em refazer o teste de raciocínio lógico, afinal não tinha passado por muito pouco! Aceitei, estudei, refiz o teste e passei.

Segui para entrevista na mesma semana e depois para última etapa: roleplay! “E agora, o que é um roleplay?”, nunca tinha ouvido falar sobre isso, mas pesquisei, perguntei para pessoas que trabalham na área, simulei o roleplay e me senti pronta pra encarar o desafio.

Ao finalizar o roleplay, apesar de não ter sido questionada, falei abertamente que não tinha experiência em vendas. Após muita expectativa, no mesmo dia recebi a notícia de que sim, eu tinha passado! Começava ali finalmente minha carreira na área comercial.

Apesar de passar por um período de 30 dias de onboarding, me questionava constantemente se seria capaz de vender algo, por outro lado recebi muito nestes 30 dias.

O primeiro cliente que atendi na vida, foi meu primeiro contrato assinado!

Hoje, após 7 meses na Kenoby, apresento resultados consistentes, cheguei a ser o 3º melhor resultado de conversão e de fechamento de trimestre, consigo auxiliar colegas, sou elogiada pelos meus clientes e líderes mas muito mais do que isso: sou apaixonada pelo que faço, me identifico com a cultura da empresa e o sucesso financeiro é apenas consequência, aliás estou melhor do que em todos os anos anteriores.

Considerando minha trajetória profissional e formação acadêmica, por exemplo, provavelmente eu não seria contratada para a vaga que estou hoje.

A Kenoby enxergou além do meu currículo e que eu sou a pessoa certa, considerando o quanto combino com eles, quais competências eu tenho para desempenhar minha função e principalmente o potencial que eu tinha e tenho para ser vendedora! Sem viés de contratação, consideraram as experiências de vida além do meu currículo, saíram do óbvio.

Sou grata pela Kenoby ter um processo de seleção sem viés, que ao evidenciar meu potencial para vendas, identificou minhas habilidades e me proporcionou chegar até aqui!

Hoje, quando atendo meus clientes, tenho a certeza de que não estou vendendo apenas um software de recrutamento e seleção, cada contrato assinado é a certeza de que mais pessoas poderão viver e contar histórias como a minha.

--

--